MEIO AMBIENTE E ECOLOGIA!

Aurea Maria de Freitas Carvalho, ex-Associada Titular, Cadeira n.º 4 – Patrono Arthur Alves Barbosa, falecida

Meio Ambiente e Ecologia! Duas palavras que se costuma pronunciar muito ultimamente, pois nos deixam com a sensação de modernos e entendidos sobre aquilo que nos faz bem.

Entretanto no nosso dia a dia parecemos esquecer o que representam.

Acordamos e dirigimo-nos ao trabalho esquecendo-nos que no dia anterior deixamos de mandar regular o carro que está fazendo um “barulhinho” que pode transformar-se num barulho bem incômodo para os outros.

E as companhias de ônibus? A maioria, pelo menos, põe nas linhas, carros que não estão em condições, soltando aquela fumaça negra que nos prejudica os pulmões e que, com seu peso, fazem estremecer as construções prejudicando, talvez, os alicerces.

Se por acaso temos a sorte de possuir um terreno maior que tenha nem que seja uma faixa de ZPE (Zona de Proteção Especial) queremos logo trocar a classificação do terreno sem nos lembrarmos que o nosso vizinho tem o mesmo direito e vai com certeza pleitear a mesma coisa futuramente e assim vamos acabando com uma grande parte dos terrenos daquela classificação.

E que falar dos terrenos que ainda pertencem, em grande parte, à Mata Atlântica e que estão abandonados, sem vigilância e à mercê de quem queira ocupá-los como é o caso do Parque Ecológico, existente na Rua Ypiranga, fonte de ar ainda puro, de plantas e de animais de médio porte e de alguns de cuja existência nem suspeitamos, tão minúsculos eles são, mas que contribuem para o equilíbrio da ecologia.

Algumas famílias os ocupam por uma causa justa, como casa e acomodações para pessoas menos favorecidas pela sorte mas, para isso vemos uma solução viável e perfeitamente humana que pode ser posta em prática pela prefeitura pois existem terrenos menos bem localizados e por isso mais acessíveis que ela pode por à disposição dessas famílias como vem fazendo com os desabrigados pelos temporais.

Outros procuram o Parque para fins menos nobres como caçar indiscriminadamente, prejudicando a fauna e também a flora com trilhas e clareiras abertas de qualquer maneira.

Há também viciados em drogas que usam o parque para entregar-se a esses vícios, e pequenos ladrões que usam-no para esconder seus furtos.

Acabo de ler no jornal Tribuna de Petrópolis de 18 de junho, que lá foi encontrado o corpo de um homem assassinado a facadas! Haverá necessidade de comentários?

Abandonar, pois, aquela porção que ainda nos resta de Mata Atlântica e pode ser aproveitada de vários modos, nos empobrece a nossos próprios olhos.

Falando nos benefícios que podem ser trazidos pelo Parque enumeremo-los:

1- Para Petrópolis como um todo, melhora o meio ambiente.

2 – Para as pessoas idosas pois terão, nas partes que foram ocupadas pelos antigos proprietários e nos caminhos que serão abertos com consciência, lugar para pequenas caminhadas, para leitura e meditação, e para as crianças local para brinquedos ao ar livre e jogos amenos.

3 – Para estudiosos da flora e da fauna nativa, espécimes para estudo.

4 – Para muitas pessoas gerará a possibilidade de empregos pois haverá necessidade de guardas, empregados de limpeza etc.

Acreditamos, pois, que todos ganharemos com isso.