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Novo 13 de Maio (O)

O novo 13 de Maio Maria de Fátima Moraes Argon – Associada Titular, Cadeira n.º 28 – Patrono Lourenço Luiz Lacombe  “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (G1 5,1) Alceu Amoroso Lima defendia a ideia de que somente com a plena recuperação da liberdade de pensamento e de ação é que se poderia restabelecer a vida democrática real do Brasil. Dessa forma, participou ativamente da campanha em prol da anistia política, escrevendo artigos desde 1964 até 28 de agosto de 1979, esta última, data da promulgação da Lei nº 6.683 conhecida, popularmente, como a Lei da Anistia. Em 17 de junho de 1971, Dr. Alceu publicou no Jornal do Brasil o artigo sob o título “O novo 13 de maio” – escrito por ocasião da transladação dos restos mortais da Princesa Imperial D. Isabel para o mausoléu da Catedral de São Pedro de Alcântara, em Petrópolis –, no qual clamava mais uma vez pela anistia: Será que teremos que apelar para alguma nova Isabel a fim de ser repetido, a quase um século de distância, o que no fim do século XX poderá corresponder, em nossa História, ao da Princesa no dia 13 de maio de 1888? Esse novo gesto, todo mundo sabe qual seja: é a Anistia Geral. Para o autor, a Princesa Regente D. Isabel […] teve mesmo o alto bom senso de realizar, na prática, aquele sonho, que seu pai sempre alimentou sem nunca ter tido a varonilidade de o transformar em realidade política e social: a abolição […]. O seu gesto poupou ao Brasil uma guerra de secessão ou uma revolução sangrenta  e continua: Os sancho panças de hoje, sensatos e realistas, nem pensam nisso. Como os do tempo da Redentora julgavam impossível o que ela ia fazer. E depois de feito, a vituperaram por ter ‘arruinado a agricultura’ e com ela o Brasil… Quando teremos uma nova Isabel que compreenda ser com grandes gestos que se constrói a História? E que a Anistia de hoje poderá ser amanhã um novo 13 de maio? Podemos encontrar alguns pontos de contato entre Alceu Amoroso Lima e D. Isabel. Ambos, como católicos, usavam cada um a seu modo a religiosidade como chave de ação para contestarem o sistema em que viviam. D. Isabel, ao tratar das ações visando à restauração da Monarquia, em 1892, em carta escrita a João Alfredo Correia de Oliveira, ex-presidente do Gabinete […] Read More

ANTHERO PALMA, A FAMÍLIA E A POESIA

ANTHERO PALMA, A FAMÍLIA E A POESIA José Afonso Barenco de Guedes Vaz, Associado Titular, Cadeira n.º 11 – Patrono Henrique Carneiro Teixeira Leão Filho   Não pude conhecê-lo uma vez que deixou essas paragens em 24 de agosto de 1951. Todavia, passei a tomar conhecimento de sua excepcional figura através de Maria Carolina Azevedo Avellar Palma, sua esposa, e dos filhos Décio Elísio, Maria Helena e Maria de Lourdes, esta última que passou a residir com a família na cidade de Niterói. A mãe, carinhosamente tratada por d. Chuchinha e a filha, na intimidade chamada por Fita. Com meus pais, a família Avellar Palma sempre a fazer alusão à figura de Anthero, pai e esposo amado. Residiram por longos anos no bairro do Valparaiso à Rua Marcílio Dias. Entretanto, com o passar do tempo partiram deste mundo deixando um grande vazio para uma plêiade de amigos que frequentavam sua casa. A vida e obra de Anthero Palma, contudo, jamais deixaram de ser lembradas, vez que se tratava de exímio poeta e jornalista, além de chefe de família exemplar. A propósito, vale ressaltar o nome de uma das grandes figuras que faz rememorar poetas que viveram nesta terra, o professor, poeta e escritor Paulo César dos Santos, membro da Academia Petropolitana de Letras, além de outras instituições, ao publicar, em 2016, a obra “Poetas Petropolitanos – Uma Saudade”, na qual figura, justamente, Anthero Palma. Mineiro, nascido em Rio Pomba em 26 de março de 1878, mudou-se para Petrópolis em virtude de integrar os quadros dos Correios e Telégrafos, passando aqui, por conseguinte, exercer suas atividades. Nesta cidade, foi agraciado com uma rua, Travessa Anthero Palma, situada nas imediações da Avenida Pibanha. O ilustre professor Paulo César dos Santos faz recordá-lo, também, como colaborador com a imprensa local utilizando-se dos pseudônimos de João Mentira e Asaphinse. Por outro lado, evoca que Anthero foi um dos fundadores da Associação Petropolitana de Ciências e Letras, atual Academia Petropolitana de Letras, tendo sido o primeiro ocupante da cadeira nº 24, patronímica de Bernardo Guimarães. Em 1919 fez publicar a obra “Reminiscências de minha terra”, justamente com a finalidade de rememorar tempos de meninice em sua terra natal. Digna – diga-se de passagem – de ser ressaltado o texto levado a cabo por parte do mesmo, além de tantos outros, “Dramas da Vida”, que fez dirigir à filha querida Maria Helena, que integra a Revista […] Read More

NOTÁVEL FIGURA

NOTÁVEL FIGURA José Afonso Barenco de Guedes Vaz, Associado Titular, Cadeira n.º 11 – Patrono Henrique Carneiro Teixeira Leão Filho   De início gostaria de me reportar à sessão promovida pela Diretoria do Instituto Histórico de Petrópolis na noite de 18 de abril do corrente ano, presidida pela confreira Ana Cristina Borges López Monteiro Francisco. Ao mesmo tempo, após ouvir manifestação de incentivo por parte da confreira Maria das Graças Duvanel Rodrigues, dirigida aos associados presentes, relacionada exatamente à figura do exemplar associado Gustavo Ernesto Bauer, já que no seu entendimento deveria ser mais uma vez recordado pela instituição em face da extraordinária colaboração prestada ao I.H.P, propus-me a atendê-la, de imediato, e o faço através destas modestas linhas saudando a todos os confrades e confreiras, em especial a pessoa da ilustre presidente e demais integrantes da diretoria. Antes mesmo de buscar discorrer sobre a vida e obra do ora homenageado, permito-me voltar ao tempo, décadas dos anos de mil novecentos e sessenta e setenta, ou mais precisamente à rua General Rondon nº 400. Naquela rua encontrava-se sediada a Oficina Regional de Petrópolis, unidade integrante do então Departamento Nacional de Estradas de Rodagem – DNER incubida da realização não só de pequenos reparos a serem levados a cabo na rodovia Washington Luiz, sob a responsabilidade de feitores integrantes da citada Oficina, como também, o desenvolvimento de atividades da maior importância, a cargo de servidores especializados, especialmente, profissionais torneiros mecânicos, eletricistas, etc. Os primeiros, percorriam de forma periódica a rodovia no sentido de preservar sua conservação. Nesses tempos encontravam-se em plena atividade o Engº Natal Crosato, e como não poderia deixar, Gustavo Ernesto Bauer na condição de dirigente da Oficina Regional, que à época era especializada, como já frisado, na fabricação de peças, as mais sofisticadas de modo a serem utilizadas em veículos leves e pesados pertencentes à autarquia.A execução dos serviços praticamente de caráter artesanal, sob os olhares e observação de Gustavo Bauer, em especial aqueles relacionados com a fabricação de peças cujos componentes elétricos sempre a prevalecerem. Naquela unidade do DNER, ainda que gozando pouca idade, lembro-me perfeitamente do Sr. Bauer, como era chamado pelos servidores que trabalhavam sob sua orientação.Vim a conhecê-lo pelas mãos de meu pai, também integrante dos quadros do DNER.As paradas que meu pai fazia, quase que diariamente, quando se dirigia ao Rio de Janeiro, onde trabalhava, conduzia a momentos em que trocavam bons papos e […] Read More

SERVO DA IGREJA (UM)

UM SERVO DA IGREJA José Afonso Barenco de Guedes Vaz, Associado Titular, Cadeira n.º 11 – Patrono Henrique Carneiro Teixeira Leão Filho   Relembrar a excepcional figura do Monsenhor Paulo Elias Daher Chedier é o mesmo que voltar no tempo com o olhar fixado na Catedral de São Pedro de Alcântara bem assim na Capela da Igreja do Colégio Santa Isabel. Na primeira, não foram poucas as missas que assistimos por ele celebradas, vez que em 1967 foi nomeado por D. Manoel Pedro da Cunha Cintra, Pároco desta Igreja onde permaneceu por 19 anos. Os sermões proferidos pelo religioso nos encantavam e certamente aos fiéis que o ouviam pela maneira clara e doce com que se fazia expressar, respaldado nos ensinamentos do Cristo. Também, na Capela da Igreja do Colégio Santa Isabel, sempre presente o venerando sacerdote celebrando missas semanais. Por isso mesmo, a Catedral de Petrópolis e bem assim a Capela do Colégio Santa Isabel para onde acorriam fiéis com objetivo de ouvirem seus sermões, fundamentados no evangelho, na fé, no amor ao próximo e na esperança. Pacífico, prudente e paciente, virtudes admiradas por todos que assistiam suas missas, um servo da Igreja a qual se dedicou inteiramente no transcurso de toda sua vida. Monsenhor Paulo, como todos os chamavam, nasceu em Salvador, estado da Bahia em 25 de julho de 1931, tendo falecido em Petrópolis a 30 de março de 2019. Ordenara-se sacerdote em Roma a 5 de março de 1955 e nesta cidade fez-se acolhido com muito carinho, admiração e respeito pelo povo de nossa terra. O religioso atuou também, durante mais de 30 anos, perante o ensino superior como professor da Universidade Católica de Petrópolis. Na secretaria da Catedral de São Pedro de Alcântara coordenou, por longos anos, um setor que acolhia pessoas em busca de certidões de batismo ou aquelas que pretendiam obter da Igreja a documentação hábil para a efetivação do casamento. Nessa mesma unidade faço questão de relembrar os nomes de duas auxiliares que colaboraram com o então Padre Paulo, Anna Yvette Monnerat e Djanira Almeida, ambas falecidas, todavia dignas dos mais nobres elogios. Conheci a ambas – prestativas e cumpridoras de suas tarefas – criaturas que me relataram exemplares momentos da prática do amor fraterno por parte do religioso. Assim, aduzia d. Ivette, já centenária porém lúcida: “…às vezes assoberbado de encargos, nunca deixou de receber quem o procurasse seja por que […] Read More

COMEMOREMOS PETRÓPOLIS

COMEMOREMOS PETRÓPOLIS José Afonso Barenco de Guedes Vaz, Associado Titular, Cadeira n.º 11 – Patrono Henrique Carneiro Teixeira Leão Filho   Esta abençoada terra, berço de tantas figuras de destaque em diversos cenários do país, está comemorando mais um aniversário, eis que no próximo dia 16 de março completará 180 anos de sua fundação. Em razão de sua tradição resultar justamente do Império que aqui se instalou, é lembrada e procurada à visitação por milhares de turistas, sejam brasileiros ou estrangeiros, que chegam à nossa terra com a finalidade de conhecerem os principais pontos relacionados com a história de Petrópolis, além de aproveitarem para respirar o ar puro da serra e apreciarem as belezas naturais, dádivas do Pai Maior. Assim, dentre a grande quantidade deles, o do mais alto significado a destacar, o Museu Imperial residência da Família Imperial, que faz abrigar incomensurável acervo, verdadeiras preciosidades relacionadas com o passado, como a Coroa Imperial cravejada de pedras preciosas e guardada sob cuidados extremos. Muito próxima, a Avenida Koeler e a antiga residência da Princesa Isabel, ponto turístico que não pode ser olvidado, sem falar nos Palácios Rio Negro, residência de verão que serviu a diversos Presidentes da República, e Sérgio Fadel, sede da Prefeitura Municipal, local onde funcionou, por muitos anos, o tradicional Colégio São José. A Catedral de São Pedro de Alcântara, monumental edificação, onde estão guardadas à direita, as criptas do Imperador Pedro II e da Imperatriz Teresa Cristina e à esquerda, as da Princesa Isabel e do Conde D’Eu; frente a Catedral, a Avenida Koeler que nos faz recordar o grande responsável pelo projeto urbanístico da cidade, sem que não nos esqueçamos do Mordomo Paulo Barbosa incumbido pela concretização das atividades referentes a aspectos contábeis, financeiros e administrativos, personagem que, como Koeler, recebeu a justa homenagem de ter o seu nome dado a tão importante via de nossa terra, a rua Paulo Barbosa. O Palácio de Cristal, conhecido mundialmente, obra construída sob iniciativa do Conde D’Eu, presente oferecido à esposa, Princesa Isabel, a Redentora, ponto turístico buscado por todos que visitam a cidade, como a Casa onde residiu o Barão de Mauá, Irineu Evangelista de Souza, responsável pela construção da primeira estrada de ferro do país, na Serra da Estrela. Tantos outros prédios de conotação histórica, tais como, o Palácio Amarelo, sede do Legislativo Municipal; a casa de Santos Dumont, “A Encantada” residência do Pai da Aviação, […] Read More

HOTEL CASSINO QUE SE TORNOU PALÁCIO (O)

O HOTEL CASSINO QUE SE TORNOU PALÁCIO José Afonso Barenco de Guedes Vaz, Associado Titular, Cadeira n.º 11 – Patrono Henrique Carneiro Teixeira Leão Filho   Petrópolis já foi palco de legados deixados por parte de um grande número de relevantes figuras em passado longínquo, tais como médicos, arquitetos, professores, engenheiros, advogados, escritores, poetas, cientistas, comerciantes e industriais dos mais diversos ramos de atividades, além de outros tantos profissionais que tiveram atuação no sentido de que nossa terra viesse a ser respeitada no concerto das cidades não somente fluminenses, quiçá a nível nacional. Por intermédio destas linhas busco recordar uma figura que julgo de real importância para Petrópolis, especialmente no campo da hospedaria e do turismo. Trata-se, nada mais, nada menos, de Joaquim Rolla, mineiro nascido em São Domingos da Prata. A propósito deste invulgar cidadão, o meu preito de gratidão ao amigo e escritor Luiz Boralli Garcia, autor da magnífica obra – História do Hotel Quitandinha – que faz descrevê-la num sem número de fatos e acontecimentos, os mais relevantes, ocorridos desde o início das obras. Justamente, fundamentado nos depoimentos prestados pelo amigo/autor, irei procurar consolidar centenas de importantes realizações no que diz respeito ao Hotel, majestosa obra. Joaquim Rolla, inigualável empreendedor, foi proprietário de cassinos como o da Urca, no Rio de Janeiro, do cassino Icaraí, em Niterói, tendo construído, também, o Higino, na cidade de Teresópolis. Foi, por outro lado, arrendatário de outros cassinos como o então intitulado Tênis Clube, localizado em Petrópolis e que acabou por dar lugar ao Clube Petropolitano, situado na Avenida Roberto Silveira. Boralli, como já assinalado, foi detalhista não só com relação ao passo a passo da construção do Hotel Quitandinha mas, também, no tocante a vida e obra de Joaquim Rolla, suas vitórias, suas lutas e até derrotas que lhe bateram à porta, sem contudo, nunca haver perdido a condição de cidadão considerado como grande empreendedor e visionário. A tal respeito, Boralli deixa asseverado “… que Rolla como todo bom empreendedor, tinha uma visão futurística”. E, ainda, deixa patenteado que “…além dos cassinos que possuía, resolveu fazer outro maior, só que muito maior! Seria o maior do mundo e grande centro de atenção turística”. A ideia, quando concebida pelo notável empreendedor, esclarece o autor, “… levou-o a pensar que a obra em causa fosse construída no Rio de Janeiro – Praia Vermelha – já que àquela época a cidade sediava a […] Read More

PETRÓPOLIS, O NAVIO E O CARNAVAL

PETRÓPOLIS, O NAVIO E O CARNAVAL José Afonso Barenco de Guedes Vaz, Associado Titular, Cadeira n.º 11 – Patrono Henrique Carneiro Teixeira Leão Filho   Nossa cidade, no transcorrer dos anos, foi palco de inúmeras realizações nos mais diversos setores, que possibilitaram os petropolitanos aqui residentes, como também os intitulados “veranistas”, a desfrutarem de proveitosos momentos, particularmente relacionados com diversões, as mais variadas e a cultura, por outro lado, sempre atuante. Assim é que muitos dos “veranistas” frequentavam nossa terra a exemplo de Itaipava, Araras, Secretário, Pedro do Rio, Posse e outras áreas que lhes pudessem proporcionar descanso no período de férias, exatamente nos meses de verão, além de longos períodos de feriados, sem nunca deixarem de ocupar imóveis no centro histórico e bairros, na condição de antigos proprietários. O que pudemos perceber, contudo, após o período a que se faz referência, é que tanto nós, que aqui residimos, como aqueles que chegavam à cidade, oriundos de outras paragens, em especial do Rio de Janeiro, entristeciam-se com o desaparecimento de tantas inesquecíveis distrações que certamente lhes estimulavam a visitar Petrópolis. A tal propósito, a pista de patinação do Marowil, situada nas imediações da Praça da Liberdade, local em que se encontravam muitos jovens como também os mais idosos, mas que apreciavam a patinação, saudável meio de distração e de novas amizades que vinham a se concretizar. Lamentavelmente, o tempo aliado a novos hábitos e costumes fizeram que se encerrassem tão prazerosas atividades no local. Outra situação a ser destacada, os “barquinhos” que eram conduzidos por nós a pedaladas, no lago fronteiro ao Hotel Quitandinha. Momentos de descanso para apreciar a natureza e até de voltar os olhos para a suprema obra construída por Joaquim Rolla, o Hotel Quitandinha. Tudo desapareceu sem nos dar adeus! Incrível que pareça, porém realidade, com relação àqueles que desconhecem a trajetória da cidade no passado, eis que foi também palco de circuitos automobilísticos, momentos de diversão, que nunca poderão ser olvidados. A cidade simplesmente parava de forma a possibilitar a passagem de inúmeros corredores a conduzirem veículos fabricados naquela época, os DKW-Wemag, os Daufini, os Simca Chambord, além de outras marcas que também se apresentavam para participarem das competições. Os petropolitanos Bianchi e Mário Olivetti sempre a lograrem vitórias! O tempo demonstrou, entretanto, que tais corridas não poderiam mais ocorrer, até pelo aspecto de segurança em razão do rápido crescimento da cidade. Não poderíamos deixar […] Read More

UMA HISTÓRIA DO QUITANDINHA

UMA HISTÓRIA DO QUITANDINHA José Afonso Barenco de Guedes Vaz, Associado Titular, Cadeira n.º 11 – Patrono Henrique Carneiro Teixeira Leão Filho   A biblioteca do Museu Imperial, na última quinta-feira, dia vinte e sete, abriu suas portas para realizar mais um evento cultural dentro da programação intitulada “Fale-me de Petrópolis”. O espaço foi ocupado por senhoras, senhores, representantes de entidades culturais, estudantes, enfim pessoas que se interessam vivamente pela cultura, pela história de nossa cidade, intitulada Imperial, com toda justiça, em decorrência do Decreto no 85.849, de 27 de março de 1981, assinado pelo Presidente João Batista de Oliveira Figueiredo. Como de praxe, as apresentações e demais providências de ordem administrativa ficaram a cargo da historiadora Claudia Maria Souza Costa, integrante do qualificado quadro funcional do referido Museu Imperial. Pela mesma, foi apresentado aos presentes, embora já bastante conhecido, o jornalista e pesquisador Flavio Menna Barreto Neves, que durante quase duas horas proferiu uma verdadeira aula ao público extremamente interessado no assunto. Membro destacado do Instituto Histórico de Petrópolis, ocupante da cadeira nº 24 e também de demais entidades que faz integrar pelo mesmo declinadas. O orador traçou com absoluta competência e leveza de palavras, prova do mais elevado conhecimento a respeito do assunto ora explanado, possibilitando aos presentes, ainda que no transcurso das mesmas, viesse a responder, por extrema delicadeza, dúvidas e indagações no tocante ao tema de interesse, não só com relação às pessoas presentes como, também, à população em geral que reside nesta abençoada terra de Pedro. Afinal! A respeito do que versou o magnífico encontro? Ah! “A História do Quitandinha”. Por intermédio não de palavras mas, também, de fotos, plantas e documentação diversa, fez discorrer, com absoluta propriedade e clareza, sobre a trajetória do Quitandinha, desde os seus primórdios, época de sua construção. Em razão de seus importantes relatos e informações veio à lume, como não poderia deixar de ocorrer, a figura notável do empreendedor e visionário da magnífica obra – seu idealizador – o mineiro nascido em Dom Silvério, estado de Minas Gerais, Joaquim Rolla. Ilustrou o palestrante tratar-se de um cidadão dotado de visão futurística bem diversa de muitos que viviam àquela época, quiçá descrentes da concretização do empreendimento. Prosseguindo, Flavio Menna Barreto discorreu sobre a grandiosa obra desde o seu início até a conclusão, trazendo importantes informações no que concerne aos períodos de sucesso vivenciados por Joaquim Rolla, até os dias amargos quando se […] Read More

JORNALISTA PESCADOR (O)

O JORNALISTA PESCADOR José Afonso Barenco de Guedes Vaz, Associado Titular, Cadeira n.º 11 – Patrono Henrique Carneiro Teixeira Leão Filho  Aqueles que fazem a leitura do jornal Diário de Petrópolis, cuja direção está sob a responsabilidade do Jornalista Paulo Antônio Carneiro Dias, filho dileto do fundador, José Carneiro Dias, não podem deixar de recordar – se é que o conheceram anos passados – a figura de um importante cidadão que tanto fez colaborar com o jornal “O Diário” e,  consequentemente, com a história da imprensa em nossa terra. Nada mais, nada menos, do que Marin de Toledo Melquíades, mineiro, nascido em Juiz de Fora, tendo se formado em Comunicação Social pela Universidade Federal daquela cidade. Sua carreira jornalística foi brilhante já que desde cedo, aos vinte e um anos, dirigira o jornal Folha da Mantiqueira. Aos vinte e três tornou-se editor do Diário da Tarde, órgão dos Diários Associados, cargo que ocupou por seis anos. Em 1981, colaborou com o Jornal de Petrópolis, todavia a partir de 1984 veio a se tornar editor do Diário de Petrópolis. Perante à administração municipal desempenhou o cargo de Assessor de Imprensa junto à Fundação de Saúde. Publicou, em 2009, o seu primeiro livro de crônicas, “Jornalista…Pescador…Compulsivo”. Em 2008, Marin lança seu segundo tablóide intitulado “Com textos”, sendo que em 2011 publica “Antologia”, obra que reúne uma coletânea de crônicas escritas por vários amigos e apreciadores do jornalista/pescador. Marin, em razão de sua competência e valor moral consagrado, por merecimento, fez integrar a Academia Petropolitana de Letras, ocupante da cadeira nº 30 e bem assim a Academia Brasileira de Poesia Casa de Raul de Leoni. Nesse mesmo livro à página quatro, sob o título “Reunir é Desafio”, esclarece fazendo importantes considerações sobre as atividades jornalísticas. Assim é que afirma “…Portanto, organizar uma coletânea de crônicas foi apenas mais um desafio, não tanto difícil quanto ao apoio e incentivo de inúmeros cronistas, mas quase inviabilizado por conta de recursos financeiros para concretizar a proposta…”. E concluiu aduzindo…”De qualquer forma está aí, de forma incontestável de que “a união faz a força” e “querer é poder”. À página 70 da obra em tela, sob o título “Úlcera Compulsiva”, os leitores poderão aquilatar a propósito da grandeza e da dedicação do jornalista para com sua nobre profissão quando, de maneira exemplar, deixa claro: “Ser responsável pelo que é publicado no jornal, principalmente na primeira página, convenhamos, […] Read More

FESTIVAL HISTÓRICO

FESTIVAL HISTÓRICO José Afonso Barenco de Guedes Vaz, Associado Titular, Cadeira n.º 11 – Patrono Henrique Carneiro Teixeira Leão Filho   Na última segunda feira, 11, o Instituto Histórico de Petrópolis deu início a uma série de comemorações a propósito do octogésimo quinto aniversário de sua fundação, 25 de setembro. A festividade, presidida pela professora e historiadora Ana Cristina Francisco. A mesa composta, ainda, pelos ex-Presidentes, professor, poeta, escritor e historiador Joaquim Eloy Duarte dos Santos, professor e historiador Luiz Carlos Gomes, professora e historiadora Maria de Fátima Moraes Argon da Matta e pela professora, também historiadora, Marisa Guadalupe Cardoso Plum e bem assim a ilustre palestrante Cláudia Thomé Witte. As normas protocolares relacionadas ao Cerimonial e  Relações Públicas ficaram a cargo do advogado, escritor, poeta e historiador Fernando Costa. A se salientar o número expressivo de associados presentes como, também, de amigos que acorreram à Casa de Cláudio de Souza com a finalidade de prestigiarem o evento, que teve como figura principal e ímpar a escritora e pesquisadora independente sobre história do Império do Brasil – Primeiro Reinado – Cláudia Thomé Witte, biógrafa da D. Amélia de Leuchtenberg. Usando da palavra sobre o tema que lhe coube palestrar, demonstrou, de plano, conhecimento sobre a vida e obra de D. Amélia, tecendo considerações por pouco mais de sessenta minutos, a propósito da história e de muitos eventos relacionados com a Princesa, segunda esposa de D. Pedro I. Fez discorrer sobre o nascimento da Princesa, sua linhagem, tudo sendo levado a efeito através de fotos as quais certamente encantaram os presentes. Com absoluta riqueza de detalhes, demonstrou uma série de situações vividas por D. Amélia, que acabou vir a se casar com D. Pedro I, viúvo de D. Leopoldina falecida em 11 de dezembro de 1826, passando a acompanhá-lo na condição de Segunda Imperatriz do Brasil. Discorreu, com detalhes, sobre a queda do Império Napoleônico acontecimento que a obrigou, ainda jovem, a deixar a Itália rumo a Baviera. Na verdade, impossível, em razão da longa explanação levada a termo, deixar aqui consignado tantas informações veiculadas pela palestrante, na realidade uma verdadeira aula que muito agradou ao seleto grupo de pessoas que a assistiram com esmerada atenção. Imprescindível reiterar, por outro lado, que D. Amélia deixou para os brasileiros notáveis legados, eis que muitos resultaram de atitudes altamente louváveis, a exemplo de haver se dedicado à criação dos filhos órfãos de D. […] Read More