Paulo Roberto Martins de Oliveira

ARMAZÉM FINKENNAUER

ARMAZÉM FINKENNAUER Paulo Roberto Martins de Oliveira, ex-Associado Titular, Cadeira n.º 10 – Patrono Carlos Grandmasson Rheingantz, falecido           O colono germânico GEORG FINKENNAUER (* 1809 na Alemanha e + 1883 em Petrópolis, RJ) chegou à Imperial Colônia de Petrópolis, no início do ano de 1846, em companhia da esposa e de cinco filhos. A filha Marie nasceu durante a viagem, em alto mar. Vieram de onde nasceram – Aldeia de Spiesheim localizada entre os rios Nahe e Rheim, Bispado de Mainz, Região do Hunsrück na Alemanha. Em Petrópolis receberam o prazo de terra nº 3631, no Quarteirão Woerstadt. Durante e após a construção de sua humilde casa, trabalhou por algum tempo nas obras de construção do Palácio Imperial e, em seguida, dedicou-se à sua antiga profissão de “Metzgermeister” (mestre açougueiro). Trabalhou como autônomo neste serviço (como tantos outros colonos), para a subsistência da família, nos tempos primitivos e difíceis da Colônia.           Com muito trabalho e persistência economizou e realizou um grande sonho: o de ser comerciante. No início do ano de 1867, adquiriu o prédio do prazo de terra nº 231-B do Quarteirão Renânia Inferior, localizado na então Rua 14 de Julho nº 21, atual Rua Washington Luiz. Em outubro de 1867, após algumas reformas e concluídas as instalações – Georg inaugurou o seu armazém de “Secos e Molhados”.           Em 1882, passou o estabelecimento para o filho caçula, Johann Christian Ferdinand Finkennauer, nascido em Petrópolis (*1851 e + 1918). Mais tarde, por volta de 1910, este fez sociedade com o filho Ferdinando Adão, neto do colono, comemorando em 1927 os sessenta anos ininterruptos do próspero negócio da família.        Passados alguns anos, venderam o armazém para Joaquim Hansen (bisneto do colono Peter Hansen) e este, no ano de 1944, transferiu a casa comercial para Álvaro Degani, que manteve o mesmo ramo de negócio até o ano de 1958, quando transformou o armazém na concessionária de veículos DKW-VEMAG sob o nome de Serrana Automóveis.           Com a transferência da concessionária para outro local mais amplo, o antigo prédio sofreu mais reformas – transformando-se no Hotel Petrópolis e depois no Scala Hotel.           Apesar das inúmeras reformas e modificações que ocorreram no prédio ao longo dos anos, a parte superior da fachada (telhado) ainda lembra com poucos detalhes a “Casa Finkennauer”. ARMAZÉM FINKENNAUER, na Rua 14 de Julho, nº 21

RELIGIOSOS E AS RELIGIOSAS DESCENDENTES DOS COLONIZADORES GERMÂNICOS DE PETRÓPOLIS (OS)

  RELIGIOSOS E AS RELIGIOSAS DESCENDENTES DOS COLONOS GERMÂNICOS DE PETRÓPOLIS (OS) Paulo Roberto Martins de Oliveira, ex-Associado Titular, Cadeira n.º 10 – Patrono Carlos Grandmasson Rheingantz, falecido Este estudo, que foi realizado no campo Eclesiástico de Petrópolis (RJ), tem por finalidade comentar os primeiros momentos dos colonos germânicos católicos, seguidos de uma resenha de fatos, até que conseguissem a plenitude de uma boa assistência religiosa, além de dar conhecimento sobre os Religiosos e as Religiosas descendentes dos colonos germânicos, que respectivamente ordenaram-se e professaram-se, em sua maioria, nos seminários e congregações estabelecidos nesta cidade. Primeiramente, serão apresentados alguns dados sobre o início da atuação católica de assistência, que se iniciou para os colonos católicos, a partir de 29 de junho de 1845 – início da Imperial Colônia. No princípio, a assistência religiosa para os colonos foi um tanto confusa, principalmente por causa dos responsáveis pela Colônia que não davam a devida importância ao compromisso assumido com os colonos, através do Contrato de Engajamento dos mesmos, estabelecido no processo de colonização de Petrópolis. No referido contrato, numa das cláusulas, constava que além da reserva de um terreno para a construção de um templo católico germânico e de uma escola, também deveria ter acompanhamento de um sacerdote de sua nacionalidade, para as celebrações das Santas Missas, com atuação permanente nos demais eventos religiosos. Vale ressaltar que para os evangélicos luteranos, que eram um terço do contingente total dos colonos, nunca houve maiores embaraços, pois sempre foram assistidos por pastores designados para Petrópolis (RJ) ou vindos de colônias vizinhas. Embora com atraso, tiveram o seu templo germânico inaugurado em 1863, após o término da Colônia, que ocorreu em 06/01/1860, ou seja, 11 anos antes da inauguração da igreja dos colonos católicos. Após pouco mais de um ano de espera, seguida de inúmeras reclamações, o Governo Provincial do Rio de Janeiro resolveu atender aos apelos e contratou por cinco anos os serviços religiosos do Padre Franz Anton Weber, a contar de 12/11/1846, até o findar do ano de 1851, quando o Padre Weber retornou à Europa, ficando os colonos sem a orientação espiritual, que deveriam ter por um sacerdote de sua língua materna. Somente no final do ano de 1853 contrataram o Professor Padre Theodor Wiedmann, que aqui chegou no dia 10 de janeiro de 1854 e neste mesmo dia, tomou posse como Vigário, com o título oficial de Pároco – Curato da […] Read More

ESCOLA MUNICIPAL JOHANN NOEL

  ESCOLA MUNICIPAL JOHANN NOEL Paulo Roberto Martins de Oliveira, ex-Associado Titular, Cadeira n.º 10 – Patrono Carlos Grandmasson Rheingantz, falecido Sras., Srs., Jovens e prezados parentes da família NOEL. Sinto-me honrado pelo convite da minha própria e estimada família, para representá-la nesta solenidade e, ao mesmo tempo, representando também o Instituto Histórico de Petrópolis e o Clube 29 de Junho de Tradições Germânicas, para a inauguração desta escola, situada à margem direita do principal rio de Petrópolis, o “Piabanha”, neste Quarteirão Bingen e que terá o nome do nosso patriarca, o colono germânico JOHANN NOEL. Primeiramente, quero externar através da nossa família, os nossos mais sinceros agradecimentos ao Sr. Marcos Novaes (Ex-Diretor da Comdep), pela iniciativa de homenagear os nossos colonizadores, e também ao nosso atual Prefeito, o ilustre médico Dr. Rubens José França Bomtempo, por acatar tal sugestão, demonstrando a sua sensibilidade no reconhecimento dos nossos valores históricos. Apresentarei um breve histórico biográfico do meu ancestral. Na qualidade de trineto, posso expressar toda a minha admiração a este parente maior, que viveu momentos heróicos pelo sacrifício a que se submeteu, pelo ideal de luta, para conseguir meios melhores de subsistência, para a sua família, deixando para trás o berço natal, para aventurar-se nestas terras petropolitanas, onde viveu os últimos 14 anos de sua vida. JOHANN NOEL foi um simples trabalhador de profissão lenhador/carvoeiro que, com a sua família, habitava a pequenina Aldeia de Neuhüten, situada entre a margem direita do Rio Mosel e a margem esquerda do Rio Rhein, no Bispado de Trier, na grande Região do Hunsrück da antiga Prússia-Renânia – Alemanha, onde nasceu em 04/11/1801, filho de Johann Noel (o 1º) e de Anne Margareth Krämer. Atraído pela oferta do Governo Brasileiro para a formação da colonização de Petrópolis, juntou-se a outros patrícios para tentarem melhor sorte de vida no Brasil. Venderam o que puderam dos seus bens e pertences, arrumaram as malas, despediram-se com tristeza e emoção dos seus parentes e amigos, para numa viagem inóspita, finalmente chegarem ao topo da Serra da Estrela, na iniciante Imperial Colônia de Petrópolis. Johann Noel, veio para Petrópolis com sua esposa Elisabeth Catharine Mathieu e seus 6 filhos: Johann, Catharine, Marie, Nicolau, Marianne e Peter. Chegaram à Petrópolis no final do mês de agosto de 1845. Provisoriamente, com outros colonos, ficaram abrigados num barracão da Colônia, onde hoje é o Convento de Lourdes, no antigo Caminho Colonial, mais […] Read More

HISTÓRIA E O TURISMO EM PETRÓPOLIS (A)

  A HISTÓRIA E O TURISMO EM PETRÓPOLIS Paulo Roberto Martins de Oliveira, ex-Associado Titular, Cadeira n.º 10 – Patrono Carlos Grandmasson Rheingantz, falecido Infelizmente, têm-se visto nos materiais de propaganda e informações turísticas da Imperial Cidade de Petrópolis, erros que se tornaram fatos correntes, devido à desinformação e à falta de pesquisa de quem os produz. Não se pode chamar estas pessoas de profissionais, porque em Petrópolis, ainda não se compreende que os ofícios são diversos e, portanto, necessitam de capacidades diferenciadas para a sua realização. No caso específico da “História de Petrópolis”, as coisas tendem a se complicar, em relação a quase tudo que foi publicado até hoje, pois a bibliografia é escassa e a documentação, principalmente do século XVIII até às primeiras décadas do século XIX, é pouquíssima, reunida em arquivos diversos e geralmente fora de Petrópolis. Além disso, nossos cronistas e historiadores mais antigos, aos quais devemos muito da história de Petrópolis, não tiveram o rigor necessário na obtenção de certas informações e nem citaram suas fontes e bibliografias, perpetuando pelos tempos informações que com o avanço das pesquisas foram retificadas. Dois bons exemplos são as notícias vinculadas com relação aos seguintes títulos: “A Colonização Italiana em Petrópolis” e “A Fundação de Cascatinha em 1873”, porque os dados neles apresentados não correspondem à realidade. Ao contrário do que foi descrito nestas notícias, os italianos não foram colonos, pois eram imigrantes livres de contratos, que vieram voluntariamente para trabalharem no Brasil. Quanto a fundação da localidade denominada Cascatinha, que ocorreu em 17/09/1873, refere-se apenas à Carta – Decreto Imperial n.º 5407, autorizando a instalação da Cia. Petropolitana, nos dois últimos prazos de terras do Quarteirão Westfália e ao uso das águas do Rio Piabanha. Para mais esclarecimentos sobre este assunto, ver “Os Primórdios da Cia. Petropolitana no Quarteirão Westfália”, pelo autor deste trabalho em curso, no SITE do IHP. Quanto ao nome CASCATINHA, este sobreveio da Cascata do Retiro do Bulhões, cuja queda d’água situa-se no Rio Piabanha, entre o Quarteirão Westfália (tendo à sua esquerda a Estrada União & Indústria, sendo este trecho atualmente denominado de Rua Dr. Hermogenio Silva) e as terras da antiga Fazenda da Engenhoca, no setor conhecido, como terras do Retiro de São Thomaz e São Luiz. Por volta do ano de 1861, após a inauguração da Estrada União & Indústria, popularmente o local em torno da queda d’água e proximidades ficou […] Read More

PRIMEIROS ITALIANOS EM PETRÓPOLIS (OS)

  OS PRIMEIROS ITALIANOS EM PETRÓPOLIS Paulo Roberto Martins de Oliveira, ex-Associado Titular, Cadeira n.º 10 – Patrono Carlos Grandmasson Rheingantz, falecido Petrópolis, desde 1845 até meados do século XX, foi privilegiada pela vinda de inúmeros italianos, que deram um formato especial à nossa cultura. Revelados pelos documentos históricos, depoimentos dos mais idosos e outras fontes de pesquisas que nos fornecem dados importantíssimos do belo passado petropolitano. Vale ressaltar que a primeira italiana que aqui chegou foi S. A. Imperial Dona Teresa Cristina Maria – Imperatriz do Brasil, natural de Nápoles – Reino da Itália. O motivo principal deste estudo é precisamente dar conhecimento histórico, com dados genealógicos, dos primeiros italianos que vieram para Petrópolis. A princípio, apresentarei o que foi possível apurar no Arquivo Grão Pará (relatórios e estatísticas da Imperial Colônia), no Arquivo da Imperial Fazenda – Cia. Imobiliária de Petrópolis (Títulos de Aforamentos Perpétuos), no Arquivo Histórico da Biblioteca Municipal de Petrópolis (requerimentos e diversos) e nos documentos e livros de registros dos Arquivos Eclesiásticos de Petrópolis e arredores (batismos, casamentos e óbitos). Teremos um breve histórico da constituição do Quarteirão Italiano, com a origem de suas terras e com os seus primeiros foreiros. Em ordem alfabética, teremos uma listagem com os nomes das primeiras famílias italianas em Petrópolis até as décadas de 70/ 80 do século XIX e os primeiros dados genealógicos de cada um dos primeiros imigrantes italianos. Os dados históricos deste trabalho iniciam-se no ano de 1845, quando das primeiras notícias da presença italiana em Petrópolis, através do Relatório da Presidência da Província do Rio de Janeiro feito pelo Presidente, Sr. Aureliano de Souza e Oliveira Coutinho, dando a informação de que entre os imigrantes extra-colonos, havia um italiano na Imperial Colônia Germânica. Em 31/12/1846, no quadro “Estatística da Imperial Colônia de Petrópolis”, anexa ao relatório apresentado em 01/03/1847, assinado pelo Presidente da Província acima citado e pelo Sr. Frederico Damcke (escrivão encarregado da estatística), constavam, entre outros de várias origens, 5 italianos, sendo 2 moradores no Quarteirão Vila Teresa, 2 no Quarteirão Vila Imperial e 1 no Quarteirão Francês. Em 18/03/1856, conforme o que consta no Relatório Anual do Diretor da Imperial Colônia, Sr. José Maria Jacinto Rebelo, relativo ao ano de 1855 a população de Petrópolis era dividida em duas partes distintas, a saber: colonial e extra-colonial. Nesta época, havia 5010 pessoas, sendo 2704 colonos germânicos e 2306 extra-colonos e entre estes, […] Read More

RARIDADES DA IMPERIAL COLÔNIA DE PETRÓPOLIS

  RARIDADES DA IMPERIAL COLÔNIA DE PETRÓPOLIS Paulo Roberto Martins de Oliveira, ex-Associado Titular, Cadeira n.º 10 – Patrono Carlos Grandmasson Rheingantz, falecido A fundação de Petrópolis em 16/03/1843, a instalação da Colônia Germânica em 29/06/1845, a construção do Palácio Imperial para atender ao Imperador Dom Pedro II e seus familiares e as construções dos palacetes para atender à corte, fez com que o progresso chegasse nesta maravilhosa parte da “Região Serrana – RJ” e que aqui, por vários anos, se estabelecessem as principais decisões do Governo Imperial Brasileiro. A marcha progressista de Petrópolis foi possível através do seu principal fundador, o Major Engenheiro Júlio Frederico Koeler e das mãos laboriosas dos artífices colonos germânicos, além de outros trabalhadores de diversas origens. Em 1857, por esforço ativo do Cel. Emílio Amaro da Veiga, Petrópolis foi emancipada, dando assim continuidade ao seu grande progresso e desenvolvimento. Em 1859 foi instalada em Petrópolis a 1ª Câmara Municipal e no final deste mesmo ano, por decreto oficial, a partir de 06/01/1860, foi extinto o regime colonial na Cidade. A princípio, e sem as verbas especiais do Governo Provincial, diminuíram as obras públicas e outras construções particulares, fazendo com que alguns colonos e suas famílias saíssem da extinta colônia e procurassem trabalho em outras localidades. Porém, a maioria dos colonos ficou em Petrópolis e, superando as dificuldades, contribuiu com o melhor que se podia fazer para reverter o que para eles poderia chamar-se de uma época em crise. A permanência constante do Governo Imperial nos agradáveis verões de Petrópolis atraíam inúmeras famílias, principalmente as da alta sociedade carioca, a subirem a serra nos meses mais quentes do ano, melhorando a subsistência dos colonos com trabalhos tanto no comércio como nas pequenas indústrias e mais o que produziam nas suas propriedades para atender o grande número de pessoas denominados “veranistas”. A maioria dos locais preferidos e desejados pelos intitulados “veranistas” eram os prazos de terras dos colonos germânicos. Com isto, o desenvolvimento progressista modificou muitíssimo o visual dos quarteirões, pois a maioria dos prazos de terras foi subdividida e surgiram inúmeros logradouros, formando vilas, travessas, servidões e outros arruamentos. Muitas das antigas casas dos colonos foram descaracterizadas, reformadas, ampliadas e a maioria demolida, restando, atualmente, muito pouco das primitivas habitações típicas e modestas dos colonizadores. Apesar de tudo o que perdemos, ainda temos algumas antigas casas de colonos. Em condições plausíveis temos também uma boa […] Read More

DADOS GENEALÓGICOS DE ALGUNS COLONOS GERMÂNICOS E OU SEUS DESCENDENTES QUE SAÍRAM DE PETRÓPOLIS – RJ

  DADOS GENEALÓGICOS DE ALGUNS COLONOS GERMÂNICOS E OU SEUS DESCENDENTES QUE SAÍRAM DE PETRÓPOLIS – RJ Paulo Roberto Martins de Oliveira, ex-Associado Titular, Cadeira n.º 10 – Patrono Carlos Grandmasson Rheingantz, falecido Embora o processo migratório de alguns colonos germânicos e ou seus descendentes houvesse desde o início da Imperial Colônia, isto intensificou-se a partir de 29/09/1857, quando da emancipação de Petrópolis. As verbas que vinham do governo da Capital da Província, destinadas para a Imperial Colônia, começaram a escassear, até praticamente serem abolidas a partir da instalação da Câmara Municipal, ocorrida em 1859. Para breve informação, vale ressaltar que a Imperial Colônia Germânica de Petrópolis durou apenas 14 anos e alguns meses; inaugurou-se em 29/06/1845 e foi extinta em 06/01/1860. Com o término da Colônia, surgiram inúmeros problemas. O principal foi a construção civil, pois com a diminuição das obras públicas, construções das casas que serviam a corte e outras obras particulares. Houve a falta de trabalho e meios para a subsistência. Assim muitos colonos e ou seus descendentes resolveram sair de Petrópolis. Não existe nenhum documento em qualquer arquivo que especifique as datas de saída e nem para onde foram alguns dos colonos da Imperial Colônia, devido ao fato de que cada um saiu como bem entendesse à procura de trabalho em outro lugar. Os que saíram, abandonaram tudo e em alguns casos até as dívidas. Tanto com a Superintendência da Imperial Fazenda, como outras dívidas auferidas pelos impostos instituídos pela Câmara Municipal. A maioria dos que saíram de Petrópolis não deu a conhecer o seu destino. Geralmente onde chegavam, não informavam com detalhes de onde tinham saído. Diziam apenas que estavam vindos de outras localidades e até mesmo chegando da Alemanha, pois, misturavam-se a outros grupos de colonos imigrantes, que estavam indo para novas colônias principalmente as do Sul do país. Com alguns parentes mais próximos ou amigos que ficaram em Petrópolis, os colonos migrantes, mantinham correspondências e justamente por algumas cartas consegui saber o destino de algumas famílias. Houve outras condições mais recentes que também promoveram meios para localizarmos outras famílias. Foi através de alguns genealogistas e descendentes de vários colonos, que, em contatos telefônicos e correspondências com o autor desta matéria, criamos meios de mantermos um bom relacionamento de estudos genealógicos e com isto descobrimos o destino da maioria dos colonos que deixaram Petrópolis, assim também, a origem de muitos que vieram para a […] Read More

GENEALOGIA – FAMÍLIA HARTMANN

  GENEALOGIA – FAMÍLIA HARTMANN Paulo Roberto Martins de Oliveira, ex-Associado Titular, Cadeira n.º 10 – Patrono Carlos Grandmasson Rheingantz, falecido Há 22 anos, mais precisamente em 1981, o saudoso genealogista Carlos G. Rheingantz, iniciou o grandioso trabalho de estudos e pesquisas genealógicas das famílias dos colonizadores germânicos de Petrópolis. Das 456 famílias que chegaram a partir de 29 de junho de 1845, Carlos fez o trabalho genealógico completo de 88 famílias, e destas, 80 foram publicadas, sendo algumas na revista do Instituto Histórico de Petrópolis do ano de 1982 e as demais em várias edições da Tribuna de Petrópolis, entre os anos de 1981 e 1987. Além de ter concluído algumas famílias e não tê-las publicado, iniciou o levantamento genealógico de muitas outras. Infelizmente, da maioria das famílias, não teve tempo hábil de estudá-las, pois um mal pertinaz o levou ao derradeiro dia de sua preciosa vida, em 16/08/1988. Eu, Paulo Roberto Martins de Oliveira, membro titular do Instituto Histórico de Petrópolis e do Colégio Brasileiro de Genealogia (RJ), tive o privilégio de conhecer e de acompanhar o saudoso Carlos G. Rheingantz em algumas de suas investidas genealógicas em solo petropolitano. Portanto, e também, por uma questão de idealismo, resolvi, a partir do ano de 1992, dar continuidade ao seu grandioso trabalho genealógico. No momento, estou me ocupando dos estudos genealógicos de acertos e atualização das famílias NOEL e MAIWORM (ambas publicadas pelo Carlos, respectivamente em 1984 e 1986). Além destas duas famílias, estou completando a dos GORGES e iniciando a dos HARTMANN. O estudo destas 4 famílias se prende ao fato de que alguns filhos dos colonos, das famílias acima citadas, através do enlace matrimonial, uniram-se às filhas do colono Johann NOEL (meu trisavô) e são justamente sobre estes ramos familiares que estou principalmente trabalhando. Relacionado ao parágrafo acima, temos através de Johann HARTMANN, (filho do colono Peter HARTMANN e de Anne Marie Kirscht) o seu casamento em 20/05/1862, em Petrópolis, com Marianne NOEL, filha de Johann NOEL e de Elisabeth Catharine Mathieu. Este trabalho de estudo e pesquisa, remonta há mais de 300 anos e merece ser conhecido por toda a nossa família. Quando estiver pronto, teremos conhecimentos das nossas origens e dos nossos parentes do passado e do presente. As famílias NOEL, MAIWORM, GORGES e HARTMANN se tornaram enormes e, como eu, a maioria não se conhece. Chegou o momento de efetivar os laços de amizade […] Read More

GENEALOGIA – FAMÍLIA MAIWORM

  GENEALOGIA – FAMÍLIA MAIWORM Paulo Roberto Martins de Oliveira, ex-Associado Titular, Cadeira n.º 10 – Patrono Carlos Grandmasson Rheingantz, falecido Há alguns anos, mais precisamente em 1984 e 1986, pelo ilustre e saudoso genealogista Carlos G. Rheingantz, foram publicadas respectivamente em 3 partes a família Noel e em 7 partes a família Maiworm, com o título “Quem Povoou Petrópolis”, na Tribuna de Petrópolis, parte dos dados históricos – genealógicos destas duas famílias. Na época, o genealogista acima citado, deixou algumas lacunas para posteriormente serem preenchidas, porém, por vários motivos, isto não foi realizado. Eu, Paulo Roberto Martins de Oliveira, neto de Emília Noel e trineto do colono germânico Johann Noel – membro titular do IHP (Instituto Histórico de Petrópolis) e do CBG (Colégio Brasileiro de Genealogia), resolvi acertar, atualizar e dar continuidade a este grandioso trabalho de pesquisa histórico – genealógico dos ascendentes e descendentes dos NOEL e dos MAIWORM, que no ano de 1845 (entre outras famílias germânicas), chegaram para colonizar e povoar Petrópolis. Este trabalho de estudo e pesquisa, que remonta há mais de 300 anos, merece ser conhecido por toda a nossa família. Quando estiver pronto, teremos conhecimento das nossas origens e de todos os nossos parentes do passado e do presente. Vale ressaltar que ligadas às nossas raízes (Noel), em solo petropolitano, estão várias famílias, sendo que as primeiras foram Maiworm, Gorges e Hartmann, através de enlaces matrimoniais com as filhas de Johann Noel. Isto quer dizer que, por laços sangüíneos, os descendentes destas 3 primeiras famílias e de outras que mais tarde se uniram aos Noel em Petrópolis são nossos parentes. As famílias Noel e Maiworm tornaram-se enormes e, como eu, a maioria não se conhece. Chegou o momento de efetivar os laços de amizade pelo nosso grau de parentesco e, para tanto, espero contar com a colaboração de todos no preenchimento correto e legível dos dados familiares e endereço de cada um, na Ficha Cadastral Individual abaixo. Antecipadamente agradeço e peço a todos para o mais breve possível remeterem as fichas para Paulo Roberto Martins de Oliveira – Avenida Ipiranga, 880 – F – Centro – CEP 25610-150 – Petrópolis – RJ e para qualquer esclarecimento, ligar para o tel. (24) 2231-1838. Assim que todo o trabalho genealógico estiver pronto, faremos contatos via telefone ou endereço postal, para estudarmos a possibilidade de um encontro de confraternização dos descendentes de Johann Noel, com os […] Read More

ANJOS DE INHOMIRIM (OS)

  OS ANJOS DE INHOMIRIM Paulo Roberto Martins de Oliveira, ex-Associado Titular, Cadeira n.º 10 – Patrono Carlos Grandmasson Rheingantz, falecido Este breve relato histórico, que ora apresento, inicia-se a partir de 13 de junho de 1845, quando desembarcaram na Capital da Província do Rio de Janeiro, as primeiras levas dos colonos germânicos, com destino à Petrópolis. Os primeiros colonos, embora com certas dificuldades, chegaram razoavelmente bem ao topo da Serra da Estrela, no dia 29 de junho. Porém, os que desembarcaram no Rio de Janeiro, a partir de meados do mês de julho, foram os que mais sofreram, pois muitas famílias tiveram perdas irreparáveis ao longo do percurso, até chegarem à povoação de Petrópolis. O sofrimento que havia sido bem grande, durante a viagem marítima para o Brasil, intensificou-se a partir do momento do desembarque no porto do Rio de Janeiro, pois não havia boas instalações para acomodar tantas pessoas que, em várias embarcações, chegavam seguidamente uma das outras. Após passarem pelo período de quarentena, nos depósitos superlotados e mal acomodados da Imperial Cidade de Niterói, as famílias dos colonos germânicos seguiam viagem para o Porto da Piedade, em Magé e deste local, em pequenas embarcações, subiam o Rio Inhomirim (aproximadamente 7,5 Km), até alcançarem o Porto denominado de Nossa Senhora da Estrela. Muitas famílias ficaram temporariamente instaladas junto ao porto fluvial da Estrela e arredores, até que houve vagas para que pudessem acomodá-las mais adiante, ou seja, nas antigas instalações da Fábrica de Pólvora, na Raiz da Serra. Neste local, permaneciam até que pudessem seguir viagem e chegarem à tão sonhada Imperial Colônia de Petrópolis, embora esta também acumulasse inúmeros problemas de acomodações para receberem tantas famílias na recente povoação. Durante o tempo de permanência das famílias nos abrigos improvisados, surgiram inúmeros problemas relacionados à alimentação, ao asseio e à saúde, o que gerava um grande mal-estar e descontentamentos por todos, principalmente no que fazia respeito às doenças, que reinavam na Baixada Fluminense, provocadas geralmente pelo intenso calor, como a febre do tifo e as diarréias. O atendimento médico era precário e faltavam medicamentos, ocasionando a perda de muitas vidas, sendo a maioria as das frágeis crianças. Todos os corpos eram transportados para o único cemitério da região, que situava-se na Freguesia de Nossa Senhora da Piedade de Inhomirim, no terreno da Igreja Matriz. Devido ao grande número de falecimentos de crianças (algumas dezenas), o local de sepultamento, […] Read More