Generic selectors
Extato
Buscar no Título
Buscar no Texto
Buscar em Posts
Buscar em Paginas







Índice de autores

COLÉGIO DRUMOND

COLÉGIO DRUMOND Maria de Fátima Moraes Argon, Associada Titular, Cadeira n.º 28 – Patrono Lourenço Luiz Lacombe   Felisberto Alexandre Drumond entrou para o estado eclesiástico em 1835, com a idade de 10 anos, onde fez os seus estudos que concluiu em 1843. Foi professor em Ubatuba/São Paulo, mas mudou-se para o Rio de Janeiro em virtude do estado de saúde de sua mulher, onde continuou a exercer o magistério. Mais tarde, lecionou em Petrópolis nos colégios Kopke e Calógeras. Em 15 de julho de 1858 fundou o Colégio Drumond, sendo seu proprietário e diretor.  O estabelecimento particular exclusivo para meninos funcionava em regime de internato, semi-internato e externato. No ano de sua inauguração funcionavam em Petrópolis o Colégio Kokpe, dos irmãos Guilherme e Henrique Kopke, na rua Nassau e o Colégio de Santa Thereza, de Bernardo José Faletti, antigo Colégio Callogeras, de propriedade de João Baptista Callogeras (1810-1878) e Barão de Taulphoens, que funcionava no Palatinado, em casa do Conselheiro de Estado, Honorio Hermeto Carneiro Leão (1801-1856), futuro Visconde e Marquês do Paraná. O Colégio Drumond estabelecido à Rua do Imperador, nº 52, sobrado. Em comunicado publicado no jornal O Parayba, domingo, 18 de julho de 1858 apresentava o seu programa: Instrucção primaria. Considera-se da maneira seguinte, e será o objecto    que ovcupe as primeiras tres horas de cada dia, a saber: instrucção religiosa, leitura, grammatica e analyse da lingua nacional, calligraphia, arithmetica, contabilidade e escripturação commercial, geographia e historia nacional. Instrucção secundaria. Francez, Inglez, Latim e Allemão. Os alumnos começão a frequentas estas classes desde o primeiro dia de sua entrada, depois de ter frequentado as tres horas d’instrucção primaria. Os alumnos que frequentarem o quinto anno terão as classes de geografia e historia pelo systema do meritissimo Sr. João Baptista Callogeras; além destas duas grandes classes terão as classes de philosophia, rethorica e mathematica. No mesmo comunicado prestava várias informações como os valores das mensalidades: 30$000 mensais pagos trimestralmente adiantados, somando ao primeiro 30$ aplicados a cama. Pela lavagem de roupa pagarão 5$000. Os meios pensionistas pagarão 20$000 por mês e os externos 10$000. Todos terão direito às classes acima. As classes de música, piano, dança e desenho serão pagas à parte, no valor de 8$000 mensais por cada uma delas. O Colégio funcionou de 1858 até 1861, sendo no ano seguinte vendido ao inglês Carlos Matson, que se anuncia no Almanak Laemmert, edição de 1863.

A IMIGRAÇÃO ITALIANA EM PETRÓPOLIS

A imigração italiana em Petrópolis Enrico Carrano, Associado Titular, Cadeira n.º 3 – Patrono Antônio Machado Pedro Paulo Aiello Mesquita, Associado Titular, Cadeira nº 5 – Patrono Ascânio Dá Mesquita Pimentel   A imigração italiana em Petrópolis aconteceu entre o final do Século XIX e o início do Século XX, e se concentrou, basicamente, em Cascatinha e no Alto da Serra; teve por objetivo fornecer mão-de-obra operária para as indústrias têxteis da época. Em Cascatinha, sede da Companhia Petropolitana de Tecidos, que data de 1873, os italianos respondiam por cerca de 40% (quarenta por cento) da população local. Em 1903, foi fundada, no Alto da Serra, a Fábrica Cometa, que também, em larga medida, valeu-se do trabalho de italianos que, por não possuírem um lugar para residência, foram morar, muitos deles, na vila operária de Cascatinha. Desde a chegada ao Brasil, as condições desses estrangeiros não eram favoráveis, até porque inexistiam leis trabalhistas que lhes assegurassem direitos. Por isso, movidos por sentimentos de solidariedade étnica, foi que os italianos criaram sociedades de mútuo socorro, que visavam manter a união entre eles, ao mesmo tempo em que buscavam suprir as carências que encontravam em uma Petrópolis em ritmo crescente de urbanização e industrialização, com toda a dificuldade que esse processo traz para a vida da população. Duas das quatro sociedades de italianos existentes em Petrópolis funcionavam em Cascatinha: a Società Operaria Italiana di Mutuo Soccorso di Cascatinha, de 27 de outubro de 1902 e, também, a Società Italiana de Beneficenza Principe di Piemonte, di Cascatinha, Stato di Rio de Janeiro, instituída em 06 de agosto de 1905. Assim, a história de Petrópolis deve ser contada tanto à luz da colonização germânica no 1º Distrito, quanto da imigração italiana, operária e proletária. É preciso manter vivas as tradições que nos foram legadas pelos italianos, e que podem ser constatadas até hoje em nosso cotidiano: a tradição católica, que muito enriqueceu de festas e devoção desses bairros italianos, os jogos de bocha, que até a bem pouco tempo era praticado na Praça de Cascatinha, e no ponto mais visível para a maioria das pessoas, que é a gastronomia, com as tradicionais massas feitas com receitas caseiras que perpassam gerações. Muitos são os exemplos da vida em sociedade tendo os italianos em destaque no clássico livro “Os Italianos em Petrópolis” de José de Cusatis, que traz em uma narrativa livre e de um interesse quase […] Read More

JOAQUIM HELEODORO GOMES DOS SANTOS

Joaquim Heleodoro Gomes dos Santos José Afonso Barenco de Guedes Vaz, Associado Titular, Cadeira n.º 11 – Patrono Henrique Carneiro Teixeira Leão Filho   No transcurso do corrente ano venho buscando escrever a respeito de figuras ímpares que integraram a Academia Petropolitana de Letras. Justamente, em decorrência da comemoração do Ano Jubilar da Instituição, julguei por bem recordar diversos intelectuais, cada um deles a se destacar sob as mais diversas matizes e que souberam dar tudo de si em prol da entidade, lastreados como muitos outros confrades e confreiras, na sabedoria, na dedicação e no valor literário que sempre fizeram demonstrar no decurso de suas passagens pela referida Arcádia Literária, honrando e projetando o nome da cidade de Petrópolis. Assim é que já o fiz no tocante à acadêmica Nair de Teffé Hermes da Fonseca, que presidiu a APL e sob sua direção, no quadriênio 1928/32 fez com que nascesse a Academia Petropolitana de Letras, vez que até então existia a Associação Petropolitana de Sciências e Letras, fundada em 3 de setembro de 1922. Dentro dessa ótica fui em busca de dados a propósito da vida e obra de outros brilhantes membros da Academia, tais como Murilo Cardoso Fontes, Antônio Virgínio de Moraes, Olavo Dantas, Hélio David Casqueiro Chaves, Mário Fonseca, Carlos Cavaco, Francisco Lupério dos Santos, Nelson de Sá Earp e Alcindo Roberto Gomes. No tocante aos três últimos, embora muito jovem, tive o prazer de conhecê-los pessoalmente. Todavia, entendi por bem – gesto de reconhecimento e gratidão – retornar ainda a tempos mais longínquos, exatamente ao ano de 1922 para exaltar a notável figura do jornalista, escritor, poeta e literato Joaquim Heleodoro Gomes dos Santos, a quem a cidade de Pedro deve, na qualidade de obstinado inspirador, e após, criador, junto a outros que com ele comungavam, a propósito de uma Casa de Letras nesta terra Imperial. As informações que colhi foram obtidas na obra “3 Heleodoros 1º volume – Petrópolis – RJ – 1981” de lavra nada mais, nada menos, daquele que soube apreciar, respeitar e honrar o nome do pai, o professor, jornalista, poeta e acadêmico Joaquim Eloy Duarte dos Santos, decano da APL. Na obra em questão o autor discorre com absoluta propriedade e riqueza de detalhes sobre a biografia do pai, nascido a 9 de maio de 1888, tendo falecido em 19 de setembro de 1959. Admito, com toda certeza, que o professor Joaquim […] Read More

OLAVO DANTAS SOB A ÓTICA DE HÉLIO CHAVES E MÁRIO FONSECA

Olavo Dantas sob a ótica de Hélio Chaves e Mário Fonseca José Afonso Barenco de Guedes Vaz, Associado Titular, Cadeira n.º 11 – Patrono Henrique Carneiro Teixeira Leão Filho Guardo imensa alegria de ter em mãos, é bem verdade com alguma dificuldade, a obra intitulada “Olavo Dantas Poeta Universal”, de autoria do professor, escritor, poeta e jornalista Hélio David Casqueiro Chaves. Trata-se de uma publicação que aguça a curiosidade do leitor porquanto a descrição do autor, com relação a vida e obra de outro luminar, é extremamente detalhista fazendo-o demonstrar também na condição de lídimo cultor das letras, sem falar na gloriosa vida profissional que desempenhou junto à Marinha do Brasil. Ambos integrantes da Academia Petropolitana de Letras. Hélio Chaves, durante sua longa trajetória, participou ainda do Pen Clube do Brasil e da Academia de Letras do estado do Rio de Janeiro. Na rede estadual de ensino exerceu papel de destaque vez que prestou valiosa colaboração ao Núcleo de Educação e Cultura sediado nesta cidade. Uma particularidade digna de nota, vez que Hélio Chaves colaborou, ainda, para honra e glória do ensino de nossa terra, com a sempre lembrada professora Regina Maria Souza Adão de Castro, neta do então prefeito de Petrópolis, Eugênio Lopes Barcelos à época da criação da Associação Petropolitana de Ciências e Letras, atual Academia Petropolitana de Letras. A respeito do mestre Hélio Chaves, segundo dedicados estudiosos a respeito de  sua vida e obra, informam que gozou de virtude a ser destacada, ter sido amigo de seus amigos. Confirmou-me tal assertiva, também, meu pai, que teve a honra de ser seu amigo e confrade. Os diversos pronunciamentos que levou a cabo sempre puderam traduzir a extrema cultura que possuía e por isso mesmo destacou-se como orador de calibre sabendo colocar suas ideias e pensamentos de forma clara e sensível, na condição de exímio poeta e pensador. A propósito desta figura exemplar chama-me a atenção a pessoa de seu pai, também notável, Reinaldo Antônio da Silva Chaves, baluarte, como tantos outros de igual valor e méritos, propugnadores pela criação da Associação Petropolitana de Ciências e Letras ocorrida em 03 de agosto de 1922, evento que se deu quando presidia a instituição a brilhante acadêmica Nair de Tefé Hermes da Fonseca, digna dos mais justos encômios e reconhecimento, vez que em 30 de dezembro de 1929, exatamente durante sua gestão nascia a Academia Petropolitana de Letras. Hélio Chaves, faleceu […] Read More

DISCURSO DE POSSE DO ASSOCIADO TITULAR GASTÃO REIS

Discurso de posse do associado titular Gastão Reis Gastão Reis, Associado Titular, Cadeira n.º 40 – Patrono Yeddo Fiuza   Num primeiro momento, falar sobre o patrono da cadeira 40 que vou ocupar, Yêddo Daudt Fiúza, causou-me um certo constrangimento.  Seu perfil político parecia muito distante do meu, defensor que sou da monarquia parlamentar. Depois, investigando mais a fundo, através da tese de mestrado de Priscila Musquim Alcântara de Oliveira, intitulada O Candidato do PCB: A trajetória política do engenheiro Yêddo Fiúza – 1930-1947, defendida em 2012 na UFJF – Universidade Federal de Juiz de Fora, confesso que passei a vê-lo com outros olhos, reconhecendo aspectos positivos em sua trajetória de vida, ainda que mantendo discordâncias de fundo. Yêddo Fiúza nasceu em Porto Alegre em 15 de setembro de 1894. Era filho de Adolfo Fiúza e de Maria Luisa Daudt Fiúza. Era primo de João Daudt d’Oliveira, futuro presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), no período 1942 a 1951, e também da Confederação Nacional do Comércio, de 1946 a 1947. Foi através da família Daudt, de sua mãe, muito bem articulada nos meios empresariais e políticos, que Yêddo acabou galgando posições de relevo na vida pública do país, sem com isso querer desmerecer sua competência profissional e sua capacidade de fazer acontecer.   Foi no Colégio dos Jesuítas de Porto Alegre que fez seus estudos do ciclo básico, formando-se mais tarde pela Faculdade de Engenharia de Porto Alegre. Cabe notar que esta seguiu a tradição alemã da Universidade Humboldtiana de entrelaçar pesquisa com formação profissional, que certamente adicionava à formação teórica a prática tão importante na formação de um bom engenheiro. Na parte inicial de sua tese, Priscila de Oliveira, enfoca a questão do papel do indivíduo na História. Ela nos fala da posição de Marx, relembrando que não é uma questão bem resolvida na abordagem marxista, que destaca o papel da estrutura sócio-econômica e da classe social em que o indivíduo está inserido. Menciona as posições de Plekhanov e de Trotsky. O primeiro via o indivíduo, segundo a visão de Marx, como mero representante de forças sociais e da tendência histórica da época. Já Trotsky destaca o papel da liderança individual no desenrolar da História. Na sua tese, Priscila de Oliveira cita o historiador Valério Arcary que nos fala de Trotsky. Este teria dito que, sem Lênin, a oportunidade histórica do bolchevismo poderia ter sido perdida. Sem […] Read More

SAUDAÇÃO DE RECEPÇÃO AO ASSOCIADO TITULAR GASTÃO REIS

Saudação de recepção ao associado titular Gastão Reis Luiz Carlos Gomes, Associado Titular, Cadeira nº 8 – Patrono João Caldas Viana   Hoje adentra a esse Sodalício um homem de brio: Gastão Reis Rodrigues Pereira. O conheço há muitos anos. Sempre tive o prazer de passar bons momentos ao seu lado, em conversas proveitosas sobre o nosso Brasil.  Muitos dos presentes não sabem quem é GASTÃO REIS. Vou lhes dizer: brasileiro, casado, 77 anos, casado com Dona Waltraud Keuper Rodrigues Pereira, pai de dois filhos e avô de dois netos. Economista graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com Mestrado pela Fundação Getulio Vargas e Doutorado pela University of Pennsylvania – USA. Foi Professor de Econometria e História Econômica do Brasil na PUC – RIO (1983 – 1992) e de Econometria da Universidade Cândido Mendes (1989 – 1992). Teve uma vida profissional brilhante, foi Economista do IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, da Fundação Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social do Rio de Janeiro e da ELETROBRAS. Sócio-diretor da Latinometrix Consultoria e da Universal Incorporadora e Participações Ltda. Diretor Financeiro da Eletro Metalúrgica Universal Ltda e do Petrópolis Convention & Visitors Bureau de Petrópolis. Diretor de Turismo da Fundação de Cultura e Turismo de Petrópolis. Presidente da Associação de Empreendedores do Estado do Rio de Janeiro e da Representação Regional Serrana da FIRJAN – Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro. Atualmente é membro na FIRJAN, dos Conselhos de Gestão Estratégica para a Competitividade, de Assuntos Tributários, de Economia e Empresarial da Regional Serrana; dos Conselhos Universitário da UCP, Curador da Fundação Dom Cintra e de Assuntos Econômicos da Diocese de Petrópolis; da Academia Petropolitana de Letras (Acadêmico Titular). Gastão Reis é um notável pensador. Suas palestras e artigos publicados regularmente nos jornais O Estado de São Paulo, Diário de Petrópolis, Tribuna de Petrópolis e, esporadicamente, no Jornal do Brasil e O Globo, abordam temas históricos institucionais, Política, Economia, Administração e Empreendedorismo. Autor dos livros “Revele-se Empreendedor” e “A Falência da Res Publica (coisa pública)”. Recentemente publicou “História da Auto Estima Nacional – Uma investigação sobre Monarquia, República e interesse público”. O conjunto de sua obra demonstra o profundo trabalho de pesquisa e o senso de equilíbrio e sensatez com que aborda os temas apresentados. Tenho certeza que o IHP, que tem como Augusto Patrono o Imperador Dom Pedro II, figura ímpar que muito inspira a […] Read More

DISCURSO DE POSSE DO ASSOCIADO TITULAR LUCAS VENTURA DA SILVA

Discurso de posse do associado titular Lucas Ventura da Silva Lucas Ventura da Silva, Associado titular, Cadeira nº 35 – Patrono Bernardo Soares de Proença Senhoras presidenta e vice-presidenta do Instituto Histórico de Petrópolis, Ana Cristina Borges López Monteiro Francisco e Maria de Fátima Moraes Argon da Matta, demais membros da Diretoria, Confrades e Confreiras, aos professores Ferreira, Álvaro Penalva e Fátima Argon – que muito agradeço pela indicação – família e amigos, senhoras e senhores. Boa noite a todas e todos. Abro esse discurso com o texto de uma sapucaiense, ativista no Movimento Negro no estado, na década de 1980, Maria das Graças dos Santos, Magrácia. Celeiro da Paz – MAGRÁCIA Venho de uma caminhada Longa e desvairada Cruéis matagais, Pastoreio inconsequente Conduzindo gente Adentro currais.  Eh! meu gado combalido meu povo sofrido vaca empoeirada! Faz que nem pintinho no ovo renasce de novo bota o pé na estrada. Arranquei minha mordaça pedi que se faça Justiça civil! Não ouço mais o berrante nem mais sou errante do manhoso ardil. Hoje sei que sou de ferro pois, sou eu quem berro liberto-me assim, Transformando em terra arada Seara cuidada de pasto em Jardim!  É, que estão chegando as flores desfecho das dores celeiro da Paz, De suprir vaca minguada Então, pátria amada: MORADA DA PAZ!   É com muita felicidade e surpresa que aqui estou hoje sendo empossado como Associado Titular do Instituto Histórico de Petrópolis. É curioso…essa casa já foi algo tão distante para mim e como e se o tempo não avisasse, aqui estou eu. Lembro-me da minha surpresa quando recebi a mensagem do professor Ferreira me perguntando se eu tinha interesse em fazer parte do IHP. Mas ao mesmo tempo uma forte sensação de alegria tomou conta de mim, eleito ou não, se havia pessoas pensando na possibilidade de uma cadeira do IHP ser ocupada por mim, indica que as minhas pesquisas e minha atuação têm sido significativas de algum modo. “Nossos passos vêm de longe” Nesse meio tempo, entre a eleição em abril e a posse em julho, talvez o que eu tenha mais recebido foram elogios de mérito. Mas o que sou hoje, nada mais é do que o resultado de sucessivos encontros nessa minha curta trajetória. Não somos sozinhos no mundo, não estamos sozinhos, não fazemos nada só nesse mundo. Quem diria que aquele curumim de Sapucaia que deixou cidade, família e amigos […] Read More

HÁ 40 ANOS NASCIA O I FESTIVAL GERMÂNICO SOB A ÉGIDE DO INSTITUTO HISTÓRICO DE PETRÓPOLIS

Há 40 anos nascia o I Festival Germânico sob a égide do Instituto Histórico de Petrópolis Maria de Fátima Moraes Argon, Associada Titular, Cadeira n.º 28 – Patrono Lourenço Luiz Lacombe Marisa Guadalupe Cardoso Plum, Associada Titular, Cadeira n.º 18 – Patrono Gabriel Kopke Fróes Há exatos 40 anos foi realizado o I Festival Germânico, no parque do Palácio de Cristal, com danças típicas, artesanato e culinária alemã, que teve como “finalidade congregar os descendentes dos colonos alemães e incentivá-los a conservar as tradições de seus antepassados”. A ideia apresentada na sessão do Instituto Histórico de Petrópolis pelo associado Carlos Grandmasson Rheingantz, estudioso dedicado à pesquisa genealógica dos colonos germânicos de Petrópolis, recebeu imediata adesão não só da presidente do IHP, Ruth Boucault Judice, como de outras pessoas e instituições. O Instituto Histórico de Petrópolis, principal promotor e gestor do evento, obteve a colaboração de Raul Lopes para a elaboração da marca do I Festival Germânico. A história da comunicação da humanidade revela as primeiras atividades publicitárias registradas nas tabuletas de Pompéia divulgando, ora as lutas entre os gladiadores, ora as casas de banho, ou mesmo, as mercadorias anunciadas oralmente até a Idade Média pelos mercadores e comerciantes, conforme aponta Eloá Muniz. Segundo ela, nesta época quando não havia numeração nas casas e nem ruas nomeadas, uma “cabra indicaria uma leiteria”, deu-se a evolução dos símbolos que se tornaram “emblemas de marca e logotipos” na modernidade. A invenção de Gutenberg, a máquina de impressão em papel, provocou uma enorme revolução com o surgimento dos panfletos, volantes e cartazes, e posteriormente, os anúncios em jornais, sendo o primeiro no periódico inglês Mercurius Britannicus em 1625. Daí por diante, as profundas transformações socioeconômicas, culturais e políticas mundiais trazem a propaganda como estratégia indutora e estimulante para uma sociedade de consumo e suas interelações.   Segundo Marcondes, “a propaganda incorpora os avanços e as conquistas da sociedade, e os coloca a serviço da comunicação comercial.” Nesta perspectiva, os elementos heráldicos medievais são ainda utilizados na contemporaneidade em brasões e escudos, como linguagem de comunicação através de ícones simbólicos e a marca é o produto desta construção. Raul Lopes, como exímio design gráfico, inspirou-se nas tradições germânicas criando a arte final do logotipo do I Festival Germânico usado como a marca do evento. De acordo com documento datado de abril de 1982, Raul Lopes apresentou a descrição do chamado “escudo/símbolo”, iniciando pela coroa mural […] Read More

18 DE ABRIL DE 1918: SANTOS DUMONT DECIDIU POR PETRÓPOLIS

18 de abril de 1918: Santos Dumont decidiu por Petrópolis Marisa Guadalupe Cardoso Plum – Associada Titular, Cadeira n.º 18 – Patrono Gabriel Kopke Fróes   Há cem anos, no dia 18 de abril de 1918, Alberto Santos Dumont adquiriu o prazo de terras nº 1.422, no Morro do Encanto, Quarteirão Renânia Inferior, com testada para a Rua do Encanto, que pertencia a Henrique Rittmeyer. Nele construiu a sua casa denominada por ele próprio de “A Encantada”, obtendo o habite-se da Prefeitura Municipal de Petrópolis em 29 de agosto de 1918. Nela atualmente funciona o Museu Casa de Santos Dumont. Durante os anos em que trabalhei na “Encantada” ouvi muitos visitantes que perguntavam: “Por que Santos Dumont escolheu Petrópolis para construir sua casa?” A resposta a esta indagação se completa por vários fatores, uns identificados  e outros ainda por se descobrir.  Petrópolis ocupou desde o séc. XIX um status especial no contexto nacional, desde o Império à República, pela sua tranquilidade, clima ameno, belezas naturais. Santos Dumont encontrava-se com a Princesa Isabel em seu exílio em Paris e certamente, falavam sobre as belezas da cidade imperial. Numa entrevista publicada na Tribuna de Petrópolis de 4 de janeiro de 1914, Santos Dumont descreveu sua viagem: “boa; fil-a agradavelmente. Quando o trem começou a subir a serra, senti um outro ar, que recebia das montanhas, que adornam o caminho férreo para Petrópolis.”  Segundo nos relatou  Jorge Henrique Dumont Dodsworth, seu sobrinho neto, haviam  familiares que  possuíam  imóveis em Petrópolis, um deles na Av. Ipiranga, onde atualmente é o Mosteiro da Virgem, e amigos como  Paulo de Frontin, que recebia Santos Dumont em sua casa na Av. Koeler, e era administrador da  fazenda de café do seu pai dr. Henrique Dumont, após este ter sofrido um acidente. E o que se passou na vida do inventor brasileiro no hiato de dez anos antes do seu entrelaçamento com a terra serrana?  Em fins de 1908 na 1ª Exposição de Aeronáutica no Grand Palais de Paris, Santos Dumont participou com a sua Demoiselle, numa época em que os avanços aeronáuticos permitiram conquistas de novos recordes, compartilhados com aeronautas contemporâneos. Durante o ano seguinte, 1909, a Demoiselle, seu último aparelho, cruzou os céus franceses tornando-se extremamente popular, menor e mais veloz segundo a revista L’Illustration de 28 de agosto daquele ano. Aluizio Napoleão ressalta os resultados na aeronáutica e concretização do sonho de Santos Dumont:  “Fugindo do […] Read More

O PAPEL DO INSTITUTO HISTÓRICO DE PETRÓPOLIS NO I FESTIVAL GERMÂNICO, EM 1982

O papel do Instituto Histórico de Petrópolis no I Festival Germânico, em 1982 Maria de Fátima Moraes Argon, Associada Titular, Cadeira n.º 28 – Patrono Lourenço Luiz Lacombe Marisa Guadalupe Cardoso Plum, Associada Titular, Cadeira n.º 18 – Patrono Gabriel Kopke Fróes   É notório que as terras onde foi erigido o Palácio de Cristal sempre acolheu os encontros dos colonos germânicos, tornando-se icônico dentro desse significado até a atualidade. Ruth Boucault Judice, presidente do Instituto Histórico de Petrópolis (biênios 1981-1982 e 1983-1984), em seu livro “100 anos do Palácio de Cristal-Petrópolis” registra que, em maio de 1982, “o Instituto Histórico de Petrópolis fez surgir o I Festival Germânico em Petrópolis, com danças típicas, artesanato e culinária alemã” no parque do Palácio de Cristal. Anteriormente, de 1959 a 1980, as comemorações à chegada dos colonos germânicos se resumiam em celebrações religiosas na Igreja Evangélica Luterana e na Catedral São Pedro d’Alcântara, homenagem no Monumento do Major Julio Frederico Koeler, visita aos túmulos de alguns colonos e almoço típico. Em 1981, Ildefonso Troyack, descendente de colonos, administrador do Palácio de Cristal e membro da diretoria do Clube 29 de junho teve a iniciativa de realizar uma festa, segundo o depoimento de Paulo Roberto Troyack, simples, reunindo famílias, com poucas barracas, almoço e o som cedido por ele próprio. Na ata do Instituto Histórico, de 16 de abril de 1982, lavrada pela Secretária Aurea Maria de Freitas Carvalho, consta que o consócio José Kopke Fróes (1902-1992) pediu a palavra, na qualidade de presidente do Clube 29 de Junho, para tratar das festividades do dia 29 de Junho e convocou o Instituto Histórico para comparecer a reunião no dia 5 de maio no Centro de Cultura, às 16 horas. Certamente durante esse encontro consolidou-se a ideia do I Festival Germânico apresentada por Carlos Grandmasson Rheingantz (1915-1988), conforme registrado em ata do dia 14 de maio: O consócio Carlos Rheingantz tomou então a palavra para falar sobre o I Festival Germânico, evento do qual foi o idealizador e que será promovido pelo Instituto juntamente com a Fundação Nacional Pró Memória /Museu Imperial e as Secretarias de Educação e Cultura e de Turismo da Prefeitura Municipal. O festival terá lugar nos próximos dias 28, 29 e 30 do corrente, no Palácio de Cristal e constará de espetáculos de ballet, coral, barraquinhas para venda de produtos típicos da culinária alemã, artesanato etc. O evento tem por finalidade congregar os […] Read More