DISCURSO DE POSSE Manuel de Bourbon de Orleans e Bragança (Dom), Associado Honorário 12/08/2013 Boa noite Sras. e Sres. Em 1º lugar quero agradecer ao nosso Presidente, Luiz Carlos Gomes, assim como aos membros do Instituto Histórico de Petrópolis que decidiram me convidar como Associado Honorário a esta ilustre Instituição. Também quero agradecer a presença, não só dos associados do Instituto como também a dos convidados presentes. Peço desculpas, antes de mais nada, pelos possíveis erros na minha fala, tanto na pronúncia como em construções de frases e até em possíveis vocábulos que não são comuns ou que não existem em nossa língua. É que foram 40 anos de vida intensa fora do Brasil. Considerando que tendo eu nascido e morado em Petrópolis, cidade onde vivi até os 13 anos de idade, passando a minha infância e parte da adolescência na nossa casa na Rua Epitácio Pessoa, frente à Praça do Bosque, são inúmeras as lembranças que aparecem na minha memória: Desde os meus primeiros passos pelas calçadas das ruas de Petrópolis, de mãos dadas com meus Pais, tentando alcançar com meus pés as linhas desenhadas no cimento, assim como, as histórias que nosso Pai nos contava e fazia ver tanto em casa como em passeios, excursões viagens pelo Brasil e visitas a diferentes casas de amigos assim como ao Museu Imperial, em cuja ampla esplanada de cimento que o rodeia, ele ensinou aos seus seis filhos a andar de bicicleta e, sobre tudo a respeitar todo aquele ambiente. Além de andar de bicicleta, e de muitas outras coisas como nadar, montar a cavalo,…, saber comportar- se,…, etc., nosso Pai nos transmitiu inúmeros conhecimentos de história. Tanto da nossa família, como do Brasil e de Petrópolis. Mas, sobre tudo, nos transmitiu um grande amor e respeito pela natureza, nosso país e nossa cidade. Apesar dos 40 anos que vivi na Espanha, essas lembranças nunca abandonaram a minha memória e sempre vinham acompanhadas de muitas saudades. Nunca deixei de ser brasileiro, tanto é que registrei meus filhos na embaixada do Brasil em Madri, para que tivessem a nacionalidade brasileira, apesar de terem nascido em Sevilha. Não é que me queixo dos anos vividos na Espanha, muito pelo contrario. Lá estudei, me formei, trabalhei, me casei, tive filhos e fui empresário. Durante todo esse tempo fiz muitas amizades, cuja maioria freqüento até hoje. Por exemplo: Meu primeiro companheiro de carteia no colégio, […] Read More