A IGREJA LUTERANA E O COLÉGIO KOELER Márcio Simões da Costa Hoje, freqüentemente nos deparamos com pessoas que ao caminhar pela Av. Ipiranga, apresentam-se curiosas ao ver a casa antiga de 2 pavimentos, localizada no n° 238 da referida avenida. Algumas pessoas dizem emocionadas: ” Estudei neste educandário”, ou mesmo, ” Meus avós estudaram aqui no colégio alemão.” Em sua fachada existe uma placa com os dizeres: Educandário Júlio Frederico Koeler – 1° Centenário, 1° de março 1876 – 1976. Algumas pessoas se perguntam, ou mesmo, nos perguntam: “Mas porque Koeler?” E é sobre esta ligação entre a Igreja ou Comunidade Luterana e o Major Koeler que iremos tratar. O alemão Julius Friedrich Koeler, nascido a 16 de junho de 1804 na cidade de Mainz, no Grão Ducado de Hessen – Darmstadt, após passar por rigorosa avaliação de suas aptidões, entra para a história brasileira como 1º Tenente do Corpo de Engenheiros. Inserido na “nova pátria”, foi obrigado posteriormente a se naturalizar devido a lei estabelecida por D. Pedro que demitia do serviço do exército os oficiais estrangeiros não naturalizados. Concedida sua naturalização na época da regência, passa a ser chamado de Júlio Frederico, mantendo seu nome de família Koeler. Casou-se com Maria do Carmo de Lamare com quem teve seu único filho: Rodrigo de Lamare Koeler. Voltou ao Corpo de Engenheiros como 2º Tenente, vindo a alcançar os postos de 1º Tenente, Capitão e, finalmente, Major. Após ser convidado para chefiar a 2ª Seção de Obras Públicas da Província do Rio de Janeiro, onde, coube-lhe a construção da estrada que ligava o Porto da Estrela à Paraíba do Sul, caminho que passava pelo Córrego Seco, encontrou a oportunidade de realizar seu sonho de utilizar de mão-de-obra de colonos europeus. Neste período chegou ao seu conhecimento que havia 238 emigrantes alemães chegados ao Brasil e que estavam revoltados com os maus tratos a bordo do navio Justine. Isto foi no ano de 1837, tendo atracado o navio no Porto do Rio de Janeiro a 11 de novembro. Com o respaldo das autoridades, Koeler os contratou para as obras da Serra da Estrela e chegaram no Córrego Seco em 1839, sendo fixados numa colônia no Itamaraty – hoje, 2º distrito de Petrópolis. Nesta colônia, registrou-se em 3 de março de 1840 o 1º batizado evangélico em futuro solo petropolitano. Koeler também era evangélico de confissão luterana e com muito carinho […] Read More