Francisco José de Ribeiro Vasconcellos, Associado Emérito – Augusto de La Rocque, paraense de Belém, foi grata contribuição do norte brasileiro à grandeza de Petrópolis. Não seria a única. Aqui pontificaram o Barão de Mamoré, Ambrosio Leitão da Cunha e, seu filho, também Ambrosio, brilhante advogado; e um outro causídico, morto prematuramente em 1926, Emílio Malcher Nina Ribeiro, avô do ex-deputado e também advogado Emílio Antonio Souza Aguiar Nina Ribeiro, que por longos anos teve residência à Av. 1º de Março, hoje Roberto Silveira. Augusto de la Rocque nasceu a 2 de agosto de 1851. Seu pai, Henrique de la Rocque, era súdito francês que emigrou para o Porto, em Portugal quando das guerras napoleônicas, de onde passou ao Pará onde fez carreira bem sucedida no comércio. Foi o jovem Augusto educado na Alemanha e na França. Estando em Paris em 1870 tratando de negócios do pai, Augusto de la Rocque assistiu à rendição da pátria de seus ancestrais, ao findar a guerra franco-prussiana. Voltando a Belém, Augusto desenvolveu atividades comerciais e industriais e foi presidente do Banco Comercial do Pará. Dirigiu as companhias das águas e dos bondes de Belém. Em 1908 deslocou-se para o sudeste brasileiro, fixando sua residência na Chácara das Rosas aqui em Petrópolis, onde dedicou-se ao cultivo de flores e frutos. Gozando de enorme prestígio social em Petrópolis, Augusto de la Rocque não era homem de exibicionismos ou de proselitismos mundanos. Era uma alma simples, com aquele despojamento natural dos espíritos superiores. Morrendo a 23 de março de 1929 nesta urbe, dispensou as pompas fúnebres, tendo sido sepultado no cemitério municipal sem alarde, sem convites, em cerimônia praticamente restrita à família. Caridoso por natureza, sensível às angústias do próximo, la Rocque não hesitou em hospedar na Chácara das Rosas as religiosas portuguesas expulsas de seu país quando da revolução republicana de 1910. Augusto de la Rocque era casado com D. Maria José Pereira de la Rocque e deixou os seguintes filhos: Augusto de la Rocque Junior, Emília de la Rocque Mac-Dowell, casada com o Dr. Afonso Mac Dowell, Alice de la Rocque, Jorge de la Rocque e Maria Augusta de la Rocque da Costa, mulher do Dr. Alberto da Costa. O primogênito, que levava o nome do pai, casou-se com Isabel Teixeira Leite Guimarães e Jorge com a irmã desta, Emília Teixeira Leite Guimarães. Eram portanto dois irmãos casados com duas irmãs, todos fortemente vinculados […] Read More
CONTRIBUIÇÃO À HISTÓRIA SOCIAL PETROPOLITANA: PROSTITUIÇÃO NA COLÔNIA ALEMÃ (2009)
Oazinguito Ferreira da Silveira Filho, Associado Titular, Cadeira nº 13 – “Em uma crônica da época, assinada pelo pseudônimo de Hudibras, nos fornece uma análise do requinte aristocrático, elitista e preconceituoso do carnaval local (O Paraíba, 1859). Em suas passagens podemos notar que no Hotel Bragança e nos passeios das ruas, era a elite que predominava. E quando ele assinala que seu criado estava com uma “alemasita gelada” ao braço, observa-se ainda o preconceito contra os colonos por parte da sociedade nacional, principalmente a aristocrática veranista.” (Silveira Filho, Oazinguito Ferreira. “Contribuição à História Social Petropolitana: Subsídios para uma História do Carnaval Petropolitano no Século XIX”, Tribuna de Petrópolis, Caderno Especial, 04/03/1984) Anos após a publicação deste ensaio pela Tribuna de Petrópolis, professores e pesquisadores, tendo por base os estudos sobre as “polacas” do Rio de Janeiro, procederam a um longo questionamento sobre o fato ocorrido no século XIX. Ocorrera uma prostituição em Petrópolis, e especificamente de alemães quando da colonização, segundo o que poderia estar subentendido nas entrelinhas do ensaio? Ao que foram comunicados de que as pesquisas não percorreram este trajeto quando da abordagem dos acontecimentos, mas de que o ensaio destinava-se exclusivamente a reproduzir fatos e acontecimentos do carnaval em Petrópolis na referida época e de que esta informação que constava da coluna do jornal ‘O Paraíba’ (1859) não poderia servir a uma proposta de pesquisa sobre a prostituição na História de Petrópolis no século XIX. O objetivo maior do ensaio foi o de demonstrar na época a evidência do preconceito social presente na formação da sociedade local e que se reproduziu nas festas como as do Entrudo e Bailes de Salão, principalmente do período quando da elevação da região à condição de cidade, e comprovada pela leitura e pesquisa dos jornais do século XIX na cidade. Com as leituras de ‘O Mercantil’ e de ‘O Paraíba’, não observamos qualquer menção a questões sobre prostituição, a não ser de algumas apreensões por parte da policia da época de algumas ex-escravas alugadas a todos os fins, o que permitiria abordagens especulativas. Nem mesmo os demais membros do IHP ou os historiadores conhecidos escreveram ou notificam algo a respeito do assunto. Não por se constituir em tabu presente na ordem social petropolitana, ou mesmo por questões religiosas, por mais que muitos indicassem esta proposta como condição básica para que as citações não se apresentassem de forma definida nos escritos. […] Read More
CASAMENTO DO DR. THOUZET (O)
Elizabeth Maria da Silva Maller, Associada Titular, Cadeira nº 31 – Em 2010, iniciei meus trabalhos de catalogação e preservação do Arquivo Histórico da Catedral de São Pedro de Alcântara, encontrando uma vasta documentação, composta de livros, passaportes, correspondências e registros diversos, em bom estado de conservação que me permitiu realizar esta pesquisa. A vida privada do Dr. Constantino Napoleão Thouzet é pouco conhecida pela historiografia. Os aspectos abordados da vida do Médico Francês estão baseados na sua contribuição no exercício da medicina e da licenciatura, bem como em sua habilidade no cultivo de plantas raras. Muitos petropolitanos estão acostumados a lembrar do Dr. Thouzet apenas como nome de um bairro da cidade, merecida homenagem, em placas indicativas e letreiros de coletivos, por vezes tropeçando na pronúncia de seu nome. Este artigo tem como objetivo não somente reverenciar a memória daquele que, embora não possuísse nenhum titulo de nobreza, foi nobre em suas ações. Um registro encontrado no livro de número um, do Arquivo Histórico da Catedral São Pedro de Alcântara, onde se encontram registrados, batizados, óbitos e casamentos de pessoas livres e escravos, me permitiu descobrir um fato novo a respeito da vida privada no Dr. Thouzet; trata-se da anotação de seu segundo casamento, celebrado na antiga Igreja Matriz de São Pedro de Alcântara. Foto do registro/acervo Arquivo Histórico Catedral São Pedro de Alcântara A Igreja Matriz de São Pedro de Alcântara erguida por iniciativa de D. Pedro II, construída pelo Empreiteiro de obras Justino de Faria Peixoto, entre 1847 e 1848, funcionando por 77 anos, estava localizada nos arredores da residência de verão da Família Imperial, nas proximidades da atual Rua Oscar Weinschenck. Na reprodução da foto 2 podemos localizar a Igreja Matriz, retratada por Friedrich Hagedorn na Têmpera intitulada Palácio Imperial de Petrópolis. Friedrich Hagedorn / Palácio Imperial de Petrópolis, 1855 ca. Tempera, 0,55X1,43 m. /Acervo Museu Imperial/Ibram/MinC Friedrich Hagedorn (Alemanha, 1814 – 1889) foi um pintor alemão que esteve ativo no Brasil no século XIX. Fixou-se no Rio de Janeiro em 1850, integrando um grupo de artistas alemães que vieram documentar a paisagem e os costumes nacionais, viajando por São Paulo, Rio, Bahia, Minas Gerais e Pernambuco. A cerimônia foi realizada pelo Padre Nicolau Germaine, coadjutor, Vigário da Freguesia de Petrópolis, na data de 29 de maio de 1854, às cinco horas da tarde, depois de feitas as três denunciações na forma do Sagrado Concílio Tridentino. […] Read More
QUINTINO BOCAIUVA – O PATRIARCA DA REPÚBLICA
QUINTINO BOCAIUVA – O PATRIARCA DA REPÚBLICA Francisco José Ribeiro de Vasconcellos, Associado Emérito – Na oportunidade do transcurso do primeiro centenário do falecimento de Quintino Bocaiuva, venho a esta tribuna para relembrar, já com excelente perspectiva temporal, essa grande figura da vida pública brasileira que passou à História pátria com o título de Patriarca da República. Falando para uma plateia petropolitana e não sendo do meu feitio cansar os ouvintes com longos discursos, decidi ater-me ao Quintino Bocaiuva em Petrópolis, primeiro como jornalista, depois como Presidente do Estado do Rio de Janeiro, cumprindo o triênio 1901/1903. Aqui e ali um pouco da visão do chamado macro Quintino. Nascido no Rio de Janeiro a 4 de dezembro de 1836 no seio de uma família comum e corrente, Quintino estava aos 14 anos em São Paulo, tendo ainda na adolescência trabalhado em alguns periódicos, notadamente no “Acaiaba”. Tentou estudar Direito, mas os seus parcos recursos não lhe permitiram o intento. De volta ao Rio trabalhou no “Correio Mercantil”. Aos 21 anos chegara a Petrópolis onde viera redatar “O Parahyba” de Augusto Emilio Zaluar, jornal de excelente qualidade mas de vida efêmera, já que durara de 1857 a 1859. Ali durante o ano de 1858 aparecem matérias assinadas por ele que demonstram a profundidade de seus conhecimentos e o seu elevado espírito crítico. Numa delas, Quintino abordou o problema da instrução na Província fluminense e o que escreveu, é ainda atualíssimo, nada distante do discurso do eminente Senador Cristovão Buarque. O professor era e segue sendo desprestigiado e pessimamente remunerado bastando dizer que só há dois países que nos batem nessa questão: o Peru e a Indonésia. A preocupação de Quintino Bocaiuva com a instrução foi uma constante em sua vida. Quarenta e três anos depois de ter exposto suas críticas no mencionado artigo, estando na Presidência do Estado, baixou uma dúzia de decretos tratando da instrução na terra fluminense e sancionou várias leis atinentes ao mesmo tema. Foi ele o criador da Escola Normal de Campos dos Goitacazes anexa ao Liceu de Humanidades que ali fora fundado em 1880, passando a funcionar em 1884. Num outro artigo Quintino tratou do estado calamitoso das cadeias fluminenses, falando de sua super-lotação, de sua falta de higiene, de sua incapacidade para recuperar criminosos e reinseri-los na vida social, aspectos que estão vivíssimos nos dias que correm, agravados pelo chamado crime organizado e pela corrupção […] Read More
12 – Dezembro
1º de dezembro de 1854 Faleceu em sua fazenda da Samambaia o Padre Luís Gonçalves Dias Goulão, primeiro vigário de Petrópolis. Era filho de Pedro Gonçalves Dias, natural do arcebispado de Braga, Portugal e D. Maria Brígida da Assunção Goulão e, portanto sobrinho do Padre Antônio Tomás de Aquino Correia, por parte de mãe. O padre, posteriormente Cônego Luís Gonçalves Dias Goulão exerceu o curato, criado em 1844, do 2 º distrito de São José do Rio Preto, a que Petrópolis, ainda como simples fazenda pertencia e, posteriormente, por ocasião da criação da Freguesia de São Pedro de Alcântara, e, em 1846, tornou-se vigário da mesma. Estimado por católicos e protestantes, foi auxiliar e amigo do Major Koeler e conservou as honras de vigário até sua morte. 2 de dezembro de 1857 Augusto Emílio Zaluar, de parceria com Quintino Bocaiúva, fundam em Petrópolis o “Parayba”, periódico no formato dos jornais do Rio de Janeiro. O novo periódico circulava às quintas feiras e domingos e seu objetivo principal era “o estudo e exame das questões locais, administrativas, econômicas, industriais, comerciais e agrícolas, de cuja prática ou aplicação poderia resultar verdadeira e real utilidade para a província”. Durante o tempo em que circulou em nossa cidade contou com a colaboração de ilustres personalidades como Machado de Assis, Charles Rybeyrolles, Remigio de Sena Pereira, Thomaz Cameron, Frederico Damke e outros. Augusto Emílio Zaluar era português de nascimento. Nasceu em Lisboa a 14 de fevereiro de 1825. Chegou ao Brasil em fins de 1849, tendo trabalhado no Correio Mercantil do Rio de Janeiro. Naturalizado brasileiro, foi nomeado para o funcionalismo público federal, carreira que abandonou para vir para Petrópolis. Em 1859, deixou Petrópolis, viajando pelo interior das províncias do Rio de Janeiro e de São Paulo, publicando em 1862, um livro intitulado “Exposição Nacional Brasileira de 1875”, que dedicou ao Conde D’Eu e que lhe valeu a indicação para o Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro. Extraordinariamente culto, Zaluar chegou a ser Lente em pedagogia da Escola Normal. Faleceu no Rio de Janeiro em 3 de abril de 1882. 5 de dezembro de 1891 Falece em Paris, no Hotel Bedford, onde se achava hospedado, o Imperador Dom Pedro II. No exílio, por onde passava era sempre alvo de calorosas manifestações de admiração e apreço, fato que confirma o prestígio que continuava desfrutando na Europa. O interesse de Dom Pedro II pelos estudos […] Read More
11 – Novembro
5 de novembro a) de 1800 Carta régia que ordena a melhoria do “Caminho da Serra”, exigida pelos altos interesses econômicos na ligação de Minas com o Rio de Janeiro. O engenheiro encarregado das obras foi Aureliano de Souza Oliveira, pai do futuro Visconde de Sepetiba, que veio residir por longo tempo no Córrego Seco. A estrada foi construída sobre o traçado do caminho de tropas aberto por Bernardo Soares de Proença. b) de 1898 Nasceu na histórica cidade de Parati, no Estado do Rio de Janeiro, Monsenhor Francisco Gentil Costa. Freqüentou o Seminário Diocesano de Niterói, onde foi preparado para os sagrados ofícios de seu apostolado sacerdotal, sendo ordenado sacerdote em 24 de setembro de 1921. Em 1º de setembro de 1924 foi nomeado Secretário do Bispado de Niterói e em 2 de setembro de 1928, vigário de Petrópolis. Conquistou desde logo a admiração e estima dos petropolitanos, não só pelas obras que realizou ou ajudou a construir, como também pelos esforços que despendeu no sentido de unir os petropolitanos na fé e na esperança. Dedicou-se de corpo e alma ao projeto da construção da Catedral São Pedro de Alcântara, iniciando uma nova fase de trabalhos, concluída em 5 de dezembro de 1939, com a inauguração do Mausoléu dos Imperadores. Foi concluída a fachada, foram colocados 54 vitrais, foi construída a escadaria e instalado, em fevereiro de 1937, o grande órgão, construído pela firma Guilherme Berner e doado por D. Olga Rheingantz da Porciúncula. Em maio de 1943, por ocasião do Centenário de Petrópolis, organizou um grande Congresso Eucarístico que se transformou num dos mais importantes acontecimentos religiosos de nossa cidade. Foi um dos grandes entusiastas da criação da Diocese de Petrópolis, idéia que se tornou vitoriosa com a Bula Pastoral de 13 de abril de 1946, do Papa Pio XII. Foi um grande colaborador de nosso 1º Bispo, D. Manoel Pedro da Cunha Cintra, na criação do Seminário de Nossa Senhora do Amor Divino, das Faculdade Católicas Petropolitanas, posteriormente transformadas na Universidade Católica de Petrópolis, na construção da magnífica torre da Catedral. Dirigiu ainda Monsenhor Gentil os trabalhos da construção da nova Igreja do Rosário, concluída a 30 de abril de 1978. Foi membro da Academia Petropolitana de Letras, tendo assumido, em 8 de fevereiro de 1942, a cadeira de nº 19, patrocinada por D. Francisco do Rego Maia. Proferiu inúmeras palestras de grande interesse social, literário e […] Read More
10 – Outubro
3 de outubro de 1855 Aparece em Petrópolis o terrível “Colera Morbus”, trazido do Rio de Janeiro por um colono. As primeiras vítimas da terrível epidemia foram o colono Miguel Breuer, sua esposa Catarina e seu vizinho João Neusseuis. O Visconde de Baipendi, Presidente da Província, nomeou uma Comissão Sanitária, para providenciar as medidas necessárias, chefiada pelo Dr. Manuel Melo Franco, comissão esta que realizou visitas domiciliares e providenciou inspeção médica nas casas comerciais, além de montar uma enfermaria pública, instalada à Rua Montecaseros. O Dr. Napoleão Thouzet, assumindo a chefia da referida enfermaria conquistou vasto renome por seu humanitário trabalho, realizado dentro e fora da referida enfermaria, sendo agraciado por decreto imperial com o grau de Cavaleiro da Ordem de Cristo. Foram atacadas pelo mal cerca de 360 pessoas, registrando-se 31 óbitos na cidade. 6 de outubro de 1879 Nasceu em Petrópolis o cientista Antônio Cardoso Fontes, filho de Antônio Fontes e Maria Cardoso Fontes. Em nossa cidade iniciou seus estudos no conceituado Colégio do Padre Benedito Moreira. Posteriormente freqüentou no Rio de Janeiro o Colégio São Bento e, em 1897, matriculou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, graduando-se em 1903, com a tese “Vacinação e Soroterapia Antipestosas”. Foi um dos grandes colaboradores de Oswaldo Cruz em Manguinhos, cuja direção assumiu em 1935. No ano seguinte, com a colaboração de um grupo de colegas fundou a Faculdade de Ciências Médicas, tornando-se professor da mesma e seu primeiro Diretor. Participou de vários congressos internacionais, proferiu um grande número de palestras e publicou cerca de 83 trabalhos científicos. Foi fundador e primeiro Presidente da “Sociedade Brasileira de Tuberculose” e fez importantes descobertas ligadas ao “Mycrobacterium Tuberculosis”. Em 1942, com a saúde bastante abalada, recebeu de Sua Santidade o Papa Pio XII o título de membro da “Academia Pontifícia de Ciências”. Faleceu na madrugada de 27 de março de 1943, no Rio de Janeiro, onde foi sepultado. 8 de outubro de 1848 Foi criada a Agência dos Correios em Petrópolis, para atender ao seu grande desenvolvimento, ficando a cargo do Agente Corrêa Lima, cidadão português, que exerceu suas funções durante 41 anos. Em 1881 Petrópolis ganhou seu primeiro carteiro oficial: José Bento de Araújo, que exerceu suas funções durante quatro anos, sendo substituído por Emídio Francisco de Morais que permaneceu no cargo por 26 anos. A Agência dos Correios funcionou em vários locais: inicialmente no prédio da Diretoria da Colônia […] Read More
09 – Setembro
7 de setembro de 1837 Embarcaram no Havre 238 trabalhadores alemães, a bordo do navio “Justine”, com destino à Austrália. O mau passadio e a natureza do trato a bordo provocaram uma revolta, forçando a arribada ao Rio de Janeiro. Na oportunidade, o Major Júlio Frederico Koeler conseguiu que o governo brasileiro indenizasse o comandante do navio, para que os referidos emigrantes desembarcassem no Rio de Janeiro. Após entendimentos com a Sociedade Colonizadora do Rio de Janeiro, foram os mesmos encaminhados às obras da estrada que ligaria Porto da Estrela a Paraíba do Sul, confiadas ao Major Koeler. Terminadas as obras, instalaram-se os emigrantes no Itamarati. A operosidade desses trabalhadores alemães, certamente animou Koeler a criar uma colônia agrícola em Petrópolis. 8 de setembro de 1877 Foi inaugurada a Igreja do Sagrado Coração de Jesus, em presença de S.S.A.A. Imperiais, e do Núncio Apostólico Dom César Roncetti. Na ocasião foi celebrada missa solene, cantada pelo Vigário Nicolau Germain coadjuvado pelos padres Paiva. As dezoito horas houve um solene Te Deum. Além do Padre Esch, grande incentivador da construção da Igreja do Sagrado, o grande protetor da mesma foi o Auditor da Inter-nunciatura, Monsenhor João Batista Guidi, que conseguiu da Província Franciscana da Saxônia, de uma residência franciscana em Petrópolis, iniciando imediatamente a construção do Convento. A 16 de janeiro de 1896, chegaram a Petrópolis os primeiros frades: Frei Círiaco Hielscher, Frei Zeno Wallbroehl e o irmão leigo, Frei Mariano Feldman, instalando-se provisoriamente, em casa alugada, até o término das obras do Convento. 9 de setembro de 1732 Falece Francisco Fagundes do Amaral, sendo sepultado na Igreja de Paraíba do Sul, no dia seguinte. Francisco Fagundes do Amaral requereu a 2 de maio de 1723, uma sesmaria junto o rio Fagundes, a qual foi confirmada em Lisboa a 30 de maio de 1725. Foi casado com D. Agueda Gomes de Proença, que passou os últimos dias de sua vida na fazenda de seu genro Leandro Barbosa de Matos, em Cebolas. 19 de setembro de 1889 Nasceu em Petrópolis, no bairro do Alto da Serra, D. Germana Gouveia, filha do funcionário da Leopoldina, Francisco Gouveia. Fez seus estudos no Colégio Santa Isabel, por cuja Escola Normal se diplomou professora, em 1913. No ano seguinte, ingressou, por concurso, no magistério estadual, como professora adjunta da Escola Complementar D. Pedro II. Em 1926, foi nomeada interinamente para reger a Escola de Ponte dos Fones […] Read More
08 – Agosto
05 de agosto de 1908 Faleceu em São José do Rio Preto, então 5º distrito de Petrópolis, o Tenente Coronel Francisco Limongi, nascido em Acqua Fredda, província de Potenza, na Itália, aos 11 dias de dezembro de 1857. Após ter emigrado para a África Francesa, retornou à terra natal onde se casou com D. Francisca Limongi, em 1875, emigrando para o Brasil no ano seguinte, vindo a residir inicialmente na Fazenda Velha, próxima ao atual município de Areal, ganhando a vida como comerciante ambulante. Sete anos mais tarde, fixou residência em São José do Rio Preto, onde montou um negócio na antiga Rua da Estação e construiu a maior parte das casas existentes na referida rua. Foi um cavalheiro dotado de elevados predicados morais, honesto, trabalhador e bondoso que, sentindo-se atraído pela política, exerceu os cargos de vereador à Câmara Municipal de Petrópolis e subdelegado de polícia em São José, tendo prestado relevantes serviços ao então 5º Distrito de Petrópolis. Por decreto de 22 de julho de 1903, do Presidente Rodrigues Alves, foi nomeado Tenente Coronel da Guarda Nacional, tendo comandado o 2º Regimento de Cavalaria da referida Guarda, em Petrópolis. Muito popular e querido, seu sepultamento teve tal acompanhamento que o préstito levou cerca de duas horas para percorrer a pequena distância que ia de sua casa ao cemitério. Deixou três filhas: Maria Joana Limongi Faraco, Maria Faraco e Rosa Limongi Faraco. Ao falecer, a Tribuna de Petrópolis, de 08 de agosto de 1908 noticiou: “Deixou de existir o homem mais popular e querido do 5º Distrito de Petrópolis”. 12 de agosto de 1899 Petrópolis recebeu a visita do Presidente da República da Argentina, General Júlio Roca. Recebido pelo Presidente do Estado do Rio de Janeiro, Dr. Alberto Torres, foi alvo das mais significativas homenagens. Para receber o presidente argentino, as ruas de Petrópolis foram ornamentadas, o Palácio Rio Negro, então sede do governo fluminense, foi luxuosamente decorado. O presidente Roca, hospedado no segundo pavimento do Palácio Rio Negro, foi recepcionado com um magnífico banquete, seguido de animado baile. Nem mesmo um violento temporal, acompanhado de copiosa “chuva de pedras”, que desabou sobre a cidade, ocasionando grandes prejuízos, impediu os petropolitanos de receberem condignamente o Chefe de Estado argentino. 14 de agosto de 1983 Faleceu em Petrópolis o Dr. Alceu Amoroso Lima – Tristão de Ataíde. Nascido no Rio de Janeiro em 11 de dezembro de 1893, era filho […] Read More
07 – Julho
1º de julho de 1893 Faleceu, em Roma, o petropolitano Joaquim Rocha Fragoso, notável pintor, sobretudo retratista. O quadro a óleo, representando D. Pedro II em trajes civis, existente no Salão Nobre da Câmara Municipal de Petrópolis, é obra sua, como também é de sua autoria o belo retrato a óleo de Major Júlio Frederico Koeler, existente no mesmo salão. O Imperador D. Pedro II, a 12 de março de 1883, visitou seu atelier à Rua Paulo Barbosa. 4 de julho de 1938 Faleceu em Petrópolis, em sua residência, à Rua Buarque de Macedo, o Capitão José Lopes de Castro, pessoa estimadíssima na cidade. Nascido em Mangaratiba, Estado do Rio de Janeiro, a 9 de abril de 1867, diplomou-se pela Escola Normal de Niterói, exercendo o magistério público primário na então Província do Rio de Janeiro. Em 1886, foi transferido para Petrópolis, regendo a escola da Rua 13 de Maio e exercendo também o magistério particular, como professor de Português, no Curso Secundário do Colégio Brasileiro Alemão. Atraído pela política, filiou-se ao Partido Republicano, chegando a fazer parte da Câmara Municipal da cidade, na legislatura dissolvida em conseqüência da revolução de 1930, tendo ocupado a vice-presidência do legislativo. Foi contador da Câmara Municipal por vários anos, sub-delegado de polícia e membro do Conselho Superior da Instrução Pública do Estado. Em 1894, recebeu a patente de capitão honorário do Exército pelos serviços que prestou, por ocasião da revolta de 1893, ao governo do Marechal Floriano Peixoto. No governo de Quintino Bocaiúva, foi nomeado Coletor das rendas estaduais no Município. Foi ainda funcionário do Ministério do Interior e Justiça, por concurso, servindo até 1937, quando se aposentou no cargo de 2º oficial. Foi casado com a renomada educadora Angélica Lopes de Castro, por mais de 50 anos. 5 de julho de 1811 Guilherme Luís Eschwege (Barão de Eschwege), cientista alemão e um dos primeiros visitantes do interior do Brasil, inicia sua viagem de excursão pelo nosso “hinterland”, a qual relata em seu livro intitulado “Diário de uma viagem do Rio de Janeiro a Vila Rica, na Capitania de Minas Gerais em 1811”. O cientista e sua comitiva embarcaram no Cais dos Mineiros, rumo ao Porto da Estrela, por ele descrito como sendo “um povoado cuja existência decorre da hospedagem dos tropeiros (tangedores de burros que trazem e levam mercadorias). Três léguas adiante chega ao povoado de Inhomirim e continua sua viagem até […] Read More