23/08/2000 Jeronymo Ferreira Alves Netto Dia 14 de agosto o Instituto realizou sessão ordinária, no decorrer da qual, a equipe da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Econômico do Município de Petrópolis, apresentou o CD-ROM duplo, como parte do Projeto de Revitalização do Centro Histórico de Petrópolis. No próximo dia 24 de setembro, o Instituto Histórico de Petrópolis completa 62 anos de sua fundação. A importante data será comemorada na sessão ordinária do dia 11 de setembro, no decorrer da qual haverá uma apresentação do Coral Anima e Cuore da Universidade Católica de Petrópolis, sob a regência do maestro Antônio Carlos Leal Gastão. Na ocasião tomarão posse dois novos sócios: o Prof. Fernando de Mello Gomide, na cadeira que tem como patrono Henrique Kopke, como sócio efetivo e o Prof. Otto de Alencar Sá Pereira, como sócio correspondente. Fernando de Mello Gomide é professor aposentado do Departamento de Física do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e professor visitante do Centro de Pós-Graduação da Universidade Católica de Petrópolis. É sócio de várias Instituições científicas e filosóficas e tem publicado inúmeros trabalhos em revistas nacionais e estrangeiras, os quais refletem sua capacidade de pesquisador realista e honesto na conclusão de suas investigações. Tem acompanhado com grande interesse as atividades desenvolvidas pelo IHP, nele chegando a proferir interessante palestra intitulada “Textos da Bíblia em consonância com a Física Moderna”. Otto de Alencar Sá Pereira, Bacharel em Direito e Licenciado em História, é Presidente do Círculo Monárquico do Rio de Janeiro e Professor Titular de Realidade Social Brasileira da Universidade Católica de Petrópolis. É um renomado conferencista, já tendo proferido erudita palestra no IHP, sobre o Imperador D. Pedro II e colaborado com inúmeros artigos publicados na coluna que o Instituto mantém na Tribuna de Petrópolis. O sócio efetivo do IHP, Dr. Francisco de Vasconcellos participou do XV Simpósio de História do Vale do Paraíba, realizado em Quatis (RJ), onde proferiu interessante palestra sobre o tema “Aspectos do desenvolvimento de Campos dos Goitacazes no século XIX”. O Presidente do Instituto Histórico de Petrópolis, indicou como representante do mesmo, junto ao Conselho Municipal de Cultura e Tombamento Histórico, Cultural e Artístico, do Município de Petrópolis, os sócios efetivos Reinhold Godofredo Haak e Ruth Boucault Júdice. O IHP está empenhado em recuperar a documentação relativa ao Banco Construtor, em razão de sua importância para o conhecimento do desenvolvimento de Petrópolis no que diz respeito à instalação e […] Read More
NOTÍCIAS – 2000 – 10/01 21/06
21/06/2000 Jeronymo Ferreira Alves Netto 10 de janeiro de 2000 O Instituto Histórico de Petrópolis homenageou a memória de seu sócio efetivo Hélio Werneck de Carvalho que prestou relevantes serviços à cultura e educação da cidade. A sessão solene contou com a presença da viúva, Sra. Alice, dos filhos Hélio e Maria Alice, do genro Ivan Guerreiro, netos e familiares, bem como de inúmeros amigos. Em nome do Instituto Histórico de Petrópolis, discursou o sócio efetivo Dr. Fernando Costa, falando com grande propriedade sobre a vida e obra do Dr. Hélio Werneck de Carvalho. 16 de março de 2000 O Instituto Histórico de Petrópolis participou da solenidade de entrega de títulos de cidadãos petropolitanos, pela Câmara Municipal de Petrópolis, realizada no Hotel Quitandinha. Na oportunidade, o Presidente do IHP, Jeronymo Ferreira Alves Netto, discursou, evocando a data da fundação da cidade e saudando os agraciados. 18 de abril de 2000 O Instituto Histórico de Petrópolis participou da Sessão Solene da Câmara Municipal de Petrópolis em Comemoração dos 500 Anos do Descobrimento do Brasil. Abordando o tema da solenidade, discursou em nome do IHP, o sócio efetivo, Dr. Arthur Leonardo de Sá Earp. 6 de junho de 2000 O Instituto Histórico de Petrópolis, sob a presidência do Prof. Jeronymo Ferreira Alves Netto, reuniu-se na data acima, para ouvir palestra sobre o tema “A Ação de D. João VI no Brasil”, proferida pelo Cel. Luiz Paulo Macedo de Carvalho, Presidente do Instituto Geografia e História Militar do Brasil. O palestrante teceu comentários, alguns absolutamente inéditos, sobre a presença marcante da Corte Portuguesa no Brasil e os grandes benefícios aqui introduzidos, geradores, ao final, da nossa Independência. Defendeu a figura histórica do monarca D. João VI, em contrapartida a deturpações históricas que denigrem sua imagem e falseiam a verdade. O palestrante homenageou o Instituto Histórico de Petrópolis com um belíssimo medalhão do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil. Na mesma sessão, o presidente do IHP, propôs fosse inserido em ata um voto de pesar, pelo falecimento, em data recente, do sócio correspondente Gilberto Ferrez. Na oportunidade pronunciou as seguintes palavras. Gilberto Ferrez, filho de Júlio Ferrez e neto de Marc Ferrez, o fotógrafo que registrou o Brasil do século XIX, era considerado, com toda justiça o maior especialista em iconografia da arte brasileira. Publicou vários livros, entre os quais devem ser destacados “Fotografia brasileira – l840 a 1900, “O Rio de […] Read More
EXTERNATO MODELO – Um exemplo de escola primária particular em Petrópolis
EXTERNATO MODELO – Um exemplo de escola primária particular em Petrópolis, na primeira metade do século XX Vera Lúcia Salamoni Abad, Associada Titular, Cadeira n.º 37 – Patrono Sílvio Júlio de Albuquerque Lima, com a colaboração de Patrícia Ferreira de Souza Lima, Associada Titular, cadeira n.º 36 – Patrono José Vieira Afonso Tópicos: 1. Memória Testemunho dos ex-alunos e descendentes das professoras do Externato Modelo. 2. A escola primária do Império ao início do século XX A República Primeiras regulamentações: cada estado/província fazia a sua O Currículo A Nova Escola 3. Escola de cunho familiar Escola particular no fundo do quintal 4. O Externato Modelo O prédio – o local, instalações A família Corrêa As professoras 5. As práticas O dia a dia O currículo O uniforme Recursos Horários Festas Prêmios Ação educativa 6. O legado O que deve ser registrado e guardado Aprendizagem para o presente e para o futuro EXTERNATO MODELO “O segredo da verdade é o seguinte: não existem fatos, só existem histórias”. O dizer encontra-se em epígrafe na abertura da obra Viva o Povo Brasileiro de João Ubaldo Ribeiro, onde a história do nosso povo é relatada por seus protagonistas. Este é um modo válido de se registrar a história: a verdade multi facetada, dependente de vários olhares diferentes resultante de inúmeros pontos de vista torna inviável um relato único dos fatos. Ao procurar os fatos relativos ao Externato Modelo, escola que constituiu um marco na educação petropolitana na primeira metade do século XX, constatamos que os dados que registram sua existência são escassos, quase nada podendo se encontrar em documentos oficiais. Restou-nos assim, o recurso de basear este trabalho nas histórias e guardados, memórias dos descendentes das professoras e dos que ali receberam seus ensinamentos escolares, como se dizia, onde “aprenderam as primeiras letras”. Chamados a prestar seus depoimentos, todos acolheram com prazer a oportunidade de falar sobre suas experiências infantis no trato com suas professoras, no dia a dia do trabalho escolar, nos convívio com os colegas e principalmente no que ficou para suas vidas como resultado do processo educativo que receberam no Externato Modelo. A todos agradecemos de coração, o carinho, a atenção, a presteza em atender ao chamado, a valiosa colaboração. Com o conteúdo de tais testemunhos e dados recolhidos, apresentamos a seguir, a ser registrada nos arquivos do Instituto Histórico de Petrópolis, a memória do Externato Modelo que funcionou de cerca de 1927 […] Read More
HONRANDO A ESTIRPE
HONRANDO A ESTIRPE Francisco José Ribeiro de Vasconcellos, Associado Emérito, ex-Titular da Cadeira n.º 37 – Patrono Sílvio Júlio de Albuquerque Lima Há um ditado antigo que assim se enuncia: quem quer se fazer não pode, quem é bom já nasce feito. Talvez pouca gente saiba nos dias que correm, que o prédio nº 167 da Av. Koeler nesta cidade, pertenceu outrora ao Dr. Vicente Candido Figueira de Melo Saboia, Barão e depois Visconde de Saboia, que nele faleceu a 18 de março de 1909. Nascido em Sobral no Ceará a 13 de abril de 1836, o Dr. Vicente era o sexto filho de José Saboia (1800/1870) e de Joaquina Inacia Figueira de Melo Saboia (1803/1873). Em 1858 doutorou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. No ano seguinte, depois de submeter-se a concurso, foi nomeado expositor da Seção Cirúrgica da mesma Faculdade e, em 1872, chegou a catedrático de Clínica Cirúrgica, tendo lecionado por cerca de vinte anos. Assumiu a diretoria da Faculdade de Medicina em 1881 e pouco depois tornou-se médico da Família Imperial. Homem de cultura humanista, bem relacionado com o mundo científico europeu, tornou-se membro da Real Academia de Medicina de Roma, da Academia de Medicina e da Sociedade de Cirurgia de Paris, da Sociedade de Obstetrícia de Londres, da Academia de Ciências de Lisboa. No Brasil integrou a Imperial Academia de Medicina e foi sócio do Instituto do Ceará. Promoveu por incumbência do governo geral a reforma do ensino superior brasileiro e deixou inúmeros trabalhos publicados, a maioria na área de cirurgia que era sua especialidade. Introduziu entre nós o método antisséptico que lhe permitiu fazer sucesso com cirurgias abdominais, o que representava alto risco de vida em sua época. Também foi o primeiro a usar aqui a atadura gessada. Casou-se o Dr. Vicente Saboia no Rio de Janeiro, aos 6 de janeiro de 1861, com D. Luiza Marcondes Jobim, natural da então província de São Pedro do Rio Grande, filha do Senador José Martins da Cruz Jobim, que foi figura muito atuante no Imperial Instituto Fluminense da Agricultura. Os futuros Viscondes de Saboia tiveram cinco filhos a saber: Edmundo Jobim de Saboia, que seguiu a carreira paterna; Eduardo Jobim de Saboia, engenheiro; Adelaide Jobim de Saboia; Julieta Jobim de Saboia; Maria Luisa Jobim de Saboia, cujo filho Anibal Saboia Lima meteu-se na carreira diplomática. Agora, para honra dessa magnífica estirpe, um outro […] Read More
DECÊNIO DE OURO
DECÊNIO DE OURO Joaquim Eloy Duarte dos Santos, Associado Titular, Cadeira n.º 14 – Patrono João Duarte da Silveira A atual Academia Brasileira de Poesia – Casa de Raul de Leoni surgiu no ano de 2006, quando o poeta Hamilton Lopes alterou o Estatuto da Academia Petropolitana de Poesia Raul de Leoni, rebatizando-a Brasileira e registrando a nova denominação. A entidade passara a existir no dia 15 de agosto de 1983 para os primeiros acertos e instalada a 21 de novembro do mesmo ano, em solenidade realizada no Museu Imperial. No dia 15 último completou 30 anos de atividade na soma das suas denominações, mantida a homenagem ao imortal poeta petropolitano Raul de Leoni Ramos. Até a adoção do nome de Raul de Leoni como patrono maior da Academia, era ele festejado como um dos bons poetas nacionais, porém timidamente inserido na história da Literatura Brasileira. Críticos e apreciadores da arte poética tinham-no como um dos maiores, com sua obra em 11ª edição, mas eram bastante restritas e sem a merecida divulgação sua vida, seus feitos, sua poesia de rara, reconhecida e bela inspiração. Seu nome se projetara em Petrópolis em uma rua petropolitana, quando o Prefeito e Homem de Letras Antônio Joaquim de Paula Buarque publicou o Ato nº 44, em 10 de novembro de 1928. Anos após, ocorreu a inauguração de uma herma, sob doação do Mercador de Livros Carlos Ribeiro, seu editor e proprietário da Livraria São José, no Rio de Janeiro, em parceria com a Academia Petropolitana de Letras. Bela solenidade assinalou o feito no dia 8 de novembro de 1975, recebendo a Cidade, em seu Centro Histórico, a justa homenagem. O acadêmico Professor-Poeta Roberto Francisco, quando vereador, fez denominar o Centro de Cultura com o nome do poeta, alterado posteriormente e retomado quando presidente da Academia de Poesia, a grande Edith Marlene de Barros. E versará sobre ela e seu trabalho, a presente crônica. Criada a Academia de Poesia, em honra ao poeta, ela viveu seus primeiros 10 anos em organização. Em janeiro de 1993 Edith Marlene ascendeu à presidência da Entidade cumprindo o decênio (1993 a 2003) somando mais um ano (2004). Chamo de “Decênio de Ouro”, sim, de ouro, porque neste período mágico, a presidente Edith Marlene de Barros honrou a entidade e seu patrono ao reconhecimento local, nacional e internacional. Seu dinamismo, seu amor à figura do patrono, sua dedicação acadêmica, elevaram […] Read More
DISCURSO DE POSSE NO INSTITUTO HISTÓRICO DE PETRÓPOLIS – Ronaldo Pereira Rego
DISCURSO DE POSSE NO INSTITUTO HISTÓRICO DE PETRÓPOLIS Ronaldo Pereira Rego, ex-Associado Honorário, Associado Titular, Cadeira n.º 32 – Patrono Oscar Weinschenck 12/08/2013 Suas Altezas, Excelentíssimo senhor presidente, Membros do Instituto Histórico, Senhoras e Senhores Gostaria de desculpar-me por não ser um bom orador, razão pela qual procurarei ser breve nestas poucas linhas. Antes de tudo gostaria de lembrar e homenagear aqueles que nos idos de 1938 se reuniram para criar este Instituto, sob os auspícios do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, do qual nosso imperador Pedro II foi fundador. Foram eles: – Prof. Américo Lacombe – Dr. Cardozo de Miranda – Yedo Fiúza – Paulo de Mattos Rudge – Pedro Calmon – Prof. Germana de Souza – Dr. Paulino de Souza – José Wanderley de Araujo Pinho – Rodrigo Otávio Filho – Eugênio de Castro – Otávio Tarquínio de Souza – Décio de Carvalho Werneck – Herbert Canabarro Reichardt – José Carlos Macedo Soares – Leopoldo Feijó Bettancourt – Magalhães Bastos – Frei Estanislau Schaette – Henrique Leão Teixeira – Claudio Ganns – Antonio Fontes Uma plêiades de intelectuais e homens públicos preocupados com Petrópolis e sua rica herança. Ainda no governo Vargas, o museu imperial passa a ocupar o antigo palácio de verão do Imperador, resguardando-se esse importante prédio histórico. Por ser Petrópolis uma cidade única nas Américas, com um passado tão rico, fiquei sensibilizado pela honra recebida de fazer parte deste Instituto e de seus egrégios integrantes. Somos testemunhas privilegiadas dos acontecimentos históricos que o mundo atravessa, particularmente nosso país, e temos a obrigação de deixar para as gerações futuras nosso testemunho e registro. O simples fato de pagarmos um imposto é um ato político, assim como votar, produzir uma obra de arte ou nos especializarmos em algum ofício. A parte é o todo e vice versa. Essa visão unitária do ser integral não nos exime de responsabilidades pessoais e coletivas, pois nosso país atravessa uma de suas fases mais dramáticas e rica em ensinamentos que devemos incorporar diariamente em nosso cotidiano. Imaginamos que uma instituição com o nome de “Histórica” seria apenas um lugar de registros, com nomes e datas, biografias, iconografias, etc. Mas não é assim. Ela tem sua dinâmica própria e seus componentes refletem nosso pathos e nosso ethos. Ao olharmos para nossa cidade de Petrópolis, que caminha para seus dois séculos de existência, percebemos o quanto ela refletiu a nascença de nosso país […] Read More
DISCURSO DE POSSE – Manuel de Bourbon de Orleans e Bragança (Dom)
DISCURSO DE POSSE Manuel de Bourbon de Orleans e Bragança (Dom), Associado Honorário 12/08/2013 Boa noite Sras. e Sres. Em 1º lugar quero agradecer ao nosso Presidente, Luiz Carlos Gomes, assim como aos membros do Instituto Histórico de Petrópolis que decidiram me convidar como Associado Honorário a esta ilustre Instituição. Também quero agradecer a presença, não só dos associados do Instituto como também a dos convidados presentes. Peço desculpas, antes de mais nada, pelos possíveis erros na minha fala, tanto na pronúncia como em construções de frases e até em possíveis vocábulos que não são comuns ou que não existem em nossa língua. É que foram 40 anos de vida intensa fora do Brasil. Considerando que tendo eu nascido e morado em Petrópolis, cidade onde vivi até os 13 anos de idade, passando a minha infância e parte da adolescência na nossa casa na Rua Epitácio Pessoa, frente à Praça do Bosque, são inúmeras as lembranças que aparecem na minha memória: Desde os meus primeiros passos pelas calçadas das ruas de Petrópolis, de mãos dadas com meus Pais, tentando alcançar com meus pés as linhas desenhadas no cimento, assim como, as histórias que nosso Pai nos contava e fazia ver tanto em casa como em passeios, excursões viagens pelo Brasil e visitas a diferentes casas de amigos assim como ao Museu Imperial, em cuja ampla esplanada de cimento que o rodeia, ele ensinou aos seus seis filhos a andar de bicicleta e, sobre tudo a respeitar todo aquele ambiente. Além de andar de bicicleta, e de muitas outras coisas como nadar, montar a cavalo,…, saber comportar- se,…, etc., nosso Pai nos transmitiu inúmeros conhecimentos de história. Tanto da nossa família, como do Brasil e de Petrópolis. Mas, sobre tudo, nos transmitiu um grande amor e respeito pela natureza, nosso país e nossa cidade. Apesar dos 40 anos que vivi na Espanha, essas lembranças nunca abandonaram a minha memória e sempre vinham acompanhadas de muitas saudades. Nunca deixei de ser brasileiro, tanto é que registrei meus filhos na embaixada do Brasil em Madri, para que tivessem a nacionalidade brasileira, apesar de terem nascido em Sevilha. Não é que me queixo dos anos vividos na Espanha, muito pelo contrario. Lá estudei, me formei, trabalhei, me casei, tive filhos e fui empresário. Durante todo esse tempo fiz muitas amizades, cuja maioria freqüento até hoje. Por exemplo: Meu primeiro companheiro de carteia no colégio, […] Read More
HOMENAGEM JUSTÍSSIMA A PAULO BARBOSA DA SILVA
HOMENAGEM JUSTÍSSIMA A PAULO BARBOSA DA SILVA Francisco José Ribeiro de Vasconcellos, Associado Emérito, ex-Titular da Cadeira n.º 37 – Patrono Sílvio Júlio de Albuquerque Lima Há cem anos a Câmara Municipal de Petrópolis prestava justíssima homenagem a Paulo Barbosa da Silva, ocasião em que, no salão nobre da Casa fora entronizado o busto do homem que soube com habilidade e clarividência costurar o projeto Petrópolis a partir de decreto Imperial de 16 de março de 1843. A “Tribuna de Petrópolis” de 4 de março de 1913 dava conta de que no escritório do “Jornal do Comércio” do Rio de Janeiro estava exposto o busto em mármore do Conselheiro Paulo Barbosa da Silva. A peça ofertada por D. Francisca Barbosa de Oliveira Jacobina, viúva do Dr. Antonio Araujo Ferreira Jacobina, deveria ser entregue à Câmara Municipal de Petrópolis pelo Dr. Castro Barbosa, prestigioso médico no Rio de Janeiro. Numa sessão solene realizada pela Municipalidade petropolitana, foi o busto do Mordomo e Conselheiro inaugurado a 6 de março de 1913, ocasião em que o mesmo Dr. Castro Barbosa pronunciou longo discurso falando da vida e da obra do homenageado. Na presidência da Câmera, por coincidência, havia um outro Barbosa, Arthur Barbosa, que nenhum parentesco parecia ter com o Mordomo. A ele coube fazer a locução de agradecimento à generosa oferta. O busto de Paulo Barbosa da Silva foi introduzido no recinto da cerimônia pelo Barão de Santa Margarida, Fernando Vidal Leite Ribeiro, que por muitos anos presidiu o Clube dos Diários e que era uma das figuras mais representativas da sociedade que veraneava em Petrópolis e, por Joaquim Pinto de Carvalho, tradicional comerciante de fazendas na atual rua Washington Luis, vereador e juiz de paz. A “Tribuna de Petrópolis” de 7 de março de 1913 publicou na íntegra o discurso do Dr. Castro Barbosa, do qual destaco alguns tópicos bem significativos, para marcar tão auspicioso acontecimento. Depois de um palavroso exórdio ao gosto da época, o orador, ferindo o tema que o levara à tribuna assim se houve: “Paulo Barbosa da Silva, Julio Frederico Koeler e D. Pedro II, João Caldas Vianna e Aureliano de Souza e Oliveira Coutinho, são todos dignos da mais profunda estima pelos atos múltiplos que praticaram e dos quais resultou surgir no planalto sulcado pelos afluentes do Piabanha, formando uma verdadeira árvore fluvial, a bela cidade cuja imagem fica gravada na memória de todos que a […] Read More
DESEMBARGADOR ELLIS HERMYDIO FIGUEIRA – SÍNTESE BIOGRÁFICA
DESEMBARGADOR ELLIS HERMYDIO FIGUEIRA – SÍNTESE BIOGRÁFICA Antônio Izaias da Costa Abreu, Associado Emérito, ex-Titular da Cadeira n.º 3 – Patrono Antônio Machado 15 DE FEVEREIRO DE 2013 Faleceu hoje, pela manhã, no sítio de sua propriedade em Ponta Negra, Maricá, RJ, o desembargador Ellis Hermydio Figueira, natural do município de Itaocara, neste estado. Filho de José Hermydio Figueira e Hermira Maria de Jesus. Consorciado com Telma Figueira resultou da união os filhos Mario Augusto Figueira, procurador do Estado; Isabela Figueira, promotora de Justiça e Ellis Hermydio Figueira Júnior, também promotor de Justiça. Os seus estudos, fê-los no Colégio de Pádua, do município de Santo Antonio de Pádua, RJ, no noroeste fluminense, havendo concluído o ensino médio (científico) em 1949. Diplomou-se em Ciências Jurídicas pela Faculdade Fluminense de Direito, em 1954. Advogou intensamente até 1980. Membro por vários biênios da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil do Estado do Rio de Janeiro sendo seu derradeiro presidente, quando ocorreu a fusão das duas unidades da federação. Laureado em concurso público, ingressou na carreira do Ministério Público Estadual no ano de 1961. Presidiu a associação da classe. Exerceu a promotoria de Justiça nas comarcas de Nova Iguaçu, Paracambi, Volta Redonda, Itaguaí, Mangaratiba, Teresópolis, Itaperuna, Magé, Campos dos Goytacazes e Niterói. Ocupou o cargo de procurador dos feitos da fazenda pública no Estado do Rio de Janeiro por cerca de um decênio. Com a fusão das duas unidades da federação – Rio de Janeiro e Guanabara – foi eleito membro do Conselho Superior do Ministério Público do novo estado e, mais tarde, 2º subprocurador geral, havendo sido promovido ao último degrau da carreira ministerial em 1974. Como procurador, em 1973, serviu junto à 2ª Câmara Civil do Tribunal de Justiça, a ocasião composta pelos eminentes desembargadores Amaro Martins de Almeida, Felisberto Monteiro Ribeiro Neto, Maria Stela Vilella Souto e Décio Ferreira Cretton. Reconhecido pelos relevantes serviços prestados tais como dirigente da administração do Poder Judiciário Estadual quando, no exercício da Corregedoria Geral da Justiça e da 1ª Vice Presidência, via de projetos de sua iniciativa tens como a criação de comarcas e a elevação à categoria; implantação dos juizados especiais dos municípios de Rio das Ostras e Volta Redonda, que por leis locais atribuíram o seu nome às avenidas onde se achavam os respectivos fóruns, enquanto o município de São José de Ubá deu ao prédio edificado para os juizados especiais […] Read More
TIRADENTES – DESCENDENTES
TIRADENTES – DESCENDENTES Controvérsias & Fatos Antônio Izaias da Costa Abreu, Associado Emérito, ex-Titular da Cadeira n.º 3 – Patrono Antônio Machado Trata-se, aqui, da descendência de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. Ilustres e conceituados historiadores indicam, entre outros, Pedro de Almeida Beltrão Júnior e suas irmãs, Maria Custódia dos Santos e Zoé Cândida dos Santos, como trinetos do protomártir da nossa Independência. Entretanto, no nosso entender, tal afirmação não se reveste de credibilidade; pois, no que se infere da real documentação histórica, inexiste o apontado liame entre eles e Joaquim José da Silva Xavier. Em 16 de outubro de 1969, o Congresso Nacional — por admiti-los como trinetos de Tiradentes — contemplou-os com uma pensão vitalícia de dois salários-mínimos cada um, apesar de, à luz de aceitável documentação existente, não haver tal descendência. Bem esclarecendo, com relação a Eugênia Joaquina da Silva (no cerca 1770), seu filho, que recebeu no batismo o nome de João de Almeida Beltrão, não era filho de Tiradentes, mas de José Pereira de Almeida Beltrão, conforme elucidado pelo professor Waldemar de Almeida Barbosa, ao localizar, na Matriz do Pilar de Ouro Preto, o assento de batismo de João de Almeida Beltrão[1][1], às folhas 354, do livro próprio, assim transcrito: “Aos quinze dias do mês de julho de 1787, nessa igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar de Vila Rica de Ouro Preto, batizei e pus os santos óleos a João, filho natural que diz ser do cadete José Pereira de Almeida Beltrão e de Eugênia Joaquina da Silva, solteira; foi padrinho o tenente Bernardo Pereira Marques, solteiro; todos desta freguesia, de que fiz este assento. o coadjutor Antonio Ribeiro Azevedo.” [1] “Altos da Devassa da Inconfidência Mineira”, v. I, pág. 145, Câmara dos Deputados – Brasília, Distrito Federal, 1976. Essa descoberta — peça essencial para levar credibilidade do afastamento de qualquer vínculo de parentesco dos “Beltrãos” com Tiradentes — motivou o conceituado professor, em artigo na edição de 20 de novembro de 1961 de “O Estado de Minas Gerais”, a pôr fim a tal vetusta tradição oral não comprovada da paternidade de João de Almeida Beltrão. Equivocaram-se, portanto, os ilustres historiadores Lúcio José dos Santos[2], Miguel Santos e G. Hércules Pinto[3], entre outros, em atribuir a paternidade do menor João de Almeida Beltrão ao Inconfidente, pois Eugênia Joaquina da Silva era a filha mais velha de dona Maria Josefa, sendo aquela, mulher […] Read More