Petrópolis, 25 de novembro de 2001 Aos sócios, colaboradores e amigos do IHP No próximo dia 3 de dezembro, estaremos realizando uma Assembléia Geral para eleger nova Diretoria e Comissão de Contas do IHP, para o biênio 2002-2004. A atual Diretoria, além de completar a gestão do saudoso presidente José L.P. De Cusatis, cumpriu mais dois mandatos, biênios 1997-1999 e 1999-2001, podendo seus membros afirmar que no desempenho de suas elevadas funções, sempre estiveram movidos pela preocupação única de servir e engrandecer o Instituto Histórico de Petrópolis. Na oportunidade, queremos agradecer aos sócios, colaboradores e amigos do Instituto a confiança, incentivo e apoio, que, diga-se de passagem, não nos faltou em nenhum instante sequer, sem o que não poderiamos ter levado a bom termo a missão que nos foi confiada. Assim, queremos abraçar cordialmente os companheiros que integrarão a nova Diretoria, bem como todos os demais, desejando-lhes ricas conquistas espirituais, científicas e culturais, naquele espírito de família que sempre nos fez trabalhar juntos por um mesmo ideal. Atenciosamente, Jeronymo Ferreira Alves Netto Presidente
MENSAGENS – 2001 21/11
21/11/2001 MENSAGEM DE NATAL O Instituto Histórico de Petrópolis, ao ensejo da data maior da Cristandade, deseja a todos os seus sócios, colaboradores e amigos os votos de um Santo Natal. Agradeçamos a Deus pelo Seu grande amor e peçamos a Ele muita paz, harmonia e inspiração, para que sejamos dignos de ouvir o coro angelical: Paz na terra aos homens de boa vontade. Feliz Natal!
MENSAGENS – 2000 29/12
29/12/2000 MENSAGEM DE ANO NOVO Neste período de festas cristãs, que renovam as esperanças de todos os homens em dias benfazejos e promissores, nós do Instituto Histórico de Petrópolis, rogamos a Deus para que o Ano Novo proporcione a todos os nossos sócios e amigos todas as venturas a que fazem jus. Jeronymo Ferreira Alves Netto Presidente
MENSAGENS – 2000 16/12
16/12/2000 MENSAGEM DE NATAL Aos sócios e amigos do Instituto Histórico de Petrópolis, nossos votos de um Santo Natal. Que as graças do Natal nos inspirem a construção de um novo mundo, fundamentado na caridade, na justiça e na paz. Peçamos também a Jesus, para o nosso Instituto e para todos os seus integrantes e amigos, um ano novo repleto de paz e sucesso. Feliz Natal! Jeronymo Ferreira Alves Netto Presidente
MENSAGENS – 2000 27/05
MENSAGEM DA DIRETORIA 27/05/2000 Jeronymo Ferreira Alves Netto O Instituto Histórico de Petrópolis, na Assembléia Geral dos Sócios, realizada em 10 de abril de 2000, resolveu implantar o seu site, colocando, assim, ao alcance de todos os seus sócios e demais interessados na história do país e, sobretudo, na história do Município, todo o seu extraordinário acervo. O referido site possui várias páginas com informações sobre palestras, seminários, projetos, eventos, ações da diretoria e atualidades, e foi organizado de modo que todos possam disponibilizá-lo de forma eficiente. Com esta iniciativa, o Instituto Histórico de Petrópolis entende estar prestando mais um relevante serviço à cultura e à pesquisa histórica em Petrópolis, abrindo deste modo uma janela para o mundo.
CINQUENTA ANOS DA ESCOLA DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS (OS)
OS CINQUENTA ANOS DA ESCOLA DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS Jeronymo Ferreira Alves Netto, associado titular, cadeira nº. 15, patrono Frei Estanislau Schaette No transcurso do cinqüentenário da Escola de Engenharia da Universidade Católica de Petrópolis, é oportuno lembrar um pouco da história de sua luminosa trajetória. A referida Escola nasceu de um convênio entre as Faculdades Católicas Petropolitanas e o Centro Industrial do Rio de Janeiro, tendo sido instalada em solenidade realizada no recinto da Câmara Municipal de Petrópolis e iniciado suas atividades em 7 de abril de 1961. No decorrer destes cinqüenta anos, a Escola de Engenharia tem contado com um abalizado corpo docente e foi dirigida pelos seguintes professores: Oscar Lisboa da Graça Couto (1961-1963); Affonso Pontes de Medeiros Filho (1963-1973); Josias da Silveira (1973-1981); Gilberto Gomes de Andrade (1981-1982); Sergio Murilo Barboza de Cavalhaes (1982-1985); Josias da Silveira (1982-1989); Ricardo Grechi Pacheco (1989-2002); José Ricardo de Souza Ramos (2002-2003); Gisele Maria Ribeiro Vieira (2003-2006); Alexandre Sheremetieff (2006-2009), Giovani Quadreli (2009…). A aula inaugural da Escola de Engenharia foi ministrada pelo Professor Oscar Edinaldo Porto Carreiro que discorreu sobre o relevante tema “Sentido da Máquina no Mundo Moderno”. O Professor Porto Carreiro foi também o fundador da cadeira de Complementos de Matemática e integrou por muitos anos o Conselho Superior de Administração da Universidade Católica de Petrópolis. Oscar Lisboa da Graça Couto, natural da cidade do Rio de Janeiro era engenheiro civil pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro e foi Diretor Superintendente da Graça Couto S.A. Na Escola de Engenharia lecionou a Cadeira de Higiene Geral Industrial e dos Edifícios. Faleceu em 7 de janeiro de 1980, no Rio de Janeiro. Seu irmão Haroldo da Graça Couto integrou o Conselho Superior de Administração da Universidade Católica de Petrópolis, por muitos anos. Affonso Pontes de Medeiros Filho, natural de Fortaleza (CE), Doutor em Química pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro, Docente Livre, por concurso, de Química Analítica, na mesma escola, Diretor do Instituto de Química da Universidade do Estado da Guanabara, Vice-Diretor da mesma Universidade, na qual exerceu ainda as funções de Chefe dos Departamentos de Física, Química e Geologia. Além disso, desempenhou as funções de Chefe do Laboratório de Provas e Pesquisas Químicas da Diretoria Nacional do Serviço de Defesa Civil, Diretor Técnico da Destilaria de Óleos de Xisto S.A. e Professor dos Colégios Padre Antonio Vieira e Santo Inácio. Em nossa […] Read More
PETRÓPOLIS NA GUERRA DO PARAGUAI
PETRÓPOLIS NA GUERRA DO PARAGUAI Jeronymo Ferreira Alves Netto, associado titular, cadeira nº. 15, patrono Frei Estanislau Schaette Da Guerra do Paraguai (1865-1870), sem dúvida o maior conflito militar ocorrido na América do Sul, participaram inúmeros petropolitanos, natos ou por adoção, pertencentes à Guarda Nacional ou ao Corpo de Voluntários da Pátria. A Guarda Nacional, cumpre lembrar, foi criada pelo Padre Diogo Antônio Feijó, quando Ministro da Justiça da Regência Trina Permanente, em 18 de agosto de 1831. Foi instituída com o escopo de defender a Constituição, a liberdade, a independência e a integridade do Império; manter obediência às leis, conservar ou estabelecer a ordem e a tranquilidade pública; auxiliar o Exército de linha na defesa das praças, fronteiras e costas. No dizer de Gustavo Barroso, a Guarda Nacional “foi uma instituição militar que, à exceção de seus derradeiros anos de decadência, prestou relevantes serviços ao país, como reserva do Exército” (1). Tomou parte em inúmeras campanhas internas, assegurando a manutenção da ordem, mas foi na Guerra do Paraguai que ela mais se destacou, mobilizada pelo Decreto n.º 3.383. A Guarda Nacional só foi extinta pelo artigo 22, do Decreto n.º 13.040, de 29 de maio de 1918. Os Corpos de Voluntários da Pátria foram criados pelo Decreto n.º 3.371, de 7 de janeiro de 1865, do Governo Imperial, buscando aumentar o número de soldados no Exército Brasileiro, que no início da guerra era considerado inferior ao número de soldados do Exército Paraguaio. Na ocasião, a solução encontrada pelo governo brasileiro “foi apelar para a tradicional magnanimidade do povo brasileiro, pacífico e tolerante, mas sempre pronto a derramar generosamente seu sangue em momentos de crise nacional, predisposto a assegurar com seu prestimoso concurso a integridade da pátria” (2). Em consequência, o apelo do governo brasileiro ao voluntariado “despertou uma verdadeira cruzada patriótica, contribuindo para que o exército ativo que, em 1865, era de aproximadamente 18.320 homens, atingi-se, no ano seguinte, a elevada cifra de 67.365 homens e, em 1869, 82.271 homens” (3). (1) BARROSO, Gustavo. História Militar do Brasil. Cia. Editora Nacional, São Paulo, 1938. (2) DUARTE, Paulo de Queiroz. Os Voluntários da Pátria na Guerra do Paraguai. Rio de Janeiro, Biblioteca do Exército Editora, 1981, p.200. (3) SCHWARCZ, Lilia Moritz. As Barbas do Imperador. São Paulo, Companhia das Letras, 1998, p.303. Segundo nos informa Bretz, “o Governo Imperial, pelo Decreto n.º 919, de 27 de fevereiro de 1852, […] Read More
DOM MANOEL PESTANA FILHO (IN MEMORIAN)
DOM MANOEL PESTANA FILHO (IN MEMORIAM) Jeronymo Ferreira Alves Netto, associado titular, cadeira nº. 15, patrono Frei Estanislau Schaette No dia 8 deste mês de janeiro, fomos surpreendidos com a notícia do falecimento de Dom Manoel Pestana Filho, Bispo Emérito de Anápolis, uma das mais expressivas figuras do Episcopado brasileiro. Nasceu Dom Pestana em Santos (SP), em 27 de abril de 1928, sendo seus pais Manoel Pestana, digno operário da Companhia Docas de Santos e D. Maria Pestana, que o criaram dentro dos princípios da Santa Madre Igreja. Seus primeiros estudos foram feitos em sua cidade natal, no Grupo Escolar Visconde de São Leopoldo e no Instituto de Educação Canadá. Aos 14 anos, ingressou como seminarista menor, no Seminário de Bom Jesus de Pirapora e, posteriormente, no Seminário Central da Imaculada Conceição, em São Paulo. Sua dedicação aos estudos contribuiu para seu ingresso na Universidade Gregoriana, em Roma, onde concluiu o Curso de Teologia, sendo ordenado sacerdote na Basílica de Santa Maria Maior, onde celebrou sua primeira missa, em 7 de outubro de 1952. Retornando ao Brasil foi designado por Dom Idílio José Soares, então Bispo de Santos, para coadjutor da Paróquia de São Vicente. Com uma bagagem cultural rara, foi professor do Seminário Diocesano São José, em São Vicente, e, mais tarde, professor e diretor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, da Sociedade Visconde de São Leopoldo, em Santos, mantendo um permanente e proveitoso diálogo com a juventude estudantil, participando ativamente e com grande entusiasmo da Juventude Estudantil Católica (JEC) e da Juventude Operária Católica (JOC). Em 1972 veio para Petrópolis, acolhido pelos bispos Dom Manuel Pedro da Cunha Cintra e Dom José Fernandes Veloso, não tardando a conquistar a simpatia e a adesão da população de nossa cidade. Múltipla e constante foi sua atuação no Seminário Nossa Senhora do Amor Divino e em nossa Universidade, criando o Fórum de Filosofia e Ciências, organizando as Manhãs e Tardes de Filosofia, que reuniram as mais expressivas figuras do pensamento intelectual de nosso país e do mundo, idealizando e realizando as célebres Caminhadas Universitárias, e ainda encontrando tempo para cumprir vasto apostolado nos Cursilhos de Cristandade, nos Encontros de Casais e na Pastoral Vocacional. Além disso, dirigiu nossa Faculdade de Ciências Econômicas, Contábeis e Administrativas com inegável competência, o mesmo ocorrendo com as inúmeras disciplinas que lecionou. Em 30 de novembro de 1978, Sua Santidade o Papa João Paulo […] Read More
ANOTAÇÕES SOBRE A HISTÓRIA DE ITAIPAVA
ANOTAÇÕES SOBRE A HISTÓRIA DE ITAIPAVA Jeronymo Ferreira Alves Netto, associado titular, cadeira nº. 15, patrono Frei Estanislau Schaette ORIGEM DO NOME ITAIPAVA O 3º Distrito de Petrópolis é o único que ostenta um nome tomado do idioma indígena. A palavra Itaipava significa “recife de pedra que atravessa o rio de margem a margem, provocando o desnivelamento da corrente; pequena queda d’água” (1). Sua sede, comenta João Fernandes, abrange toda a área do sítio de Itaipava e parte das fazendas que lhe ficavam contíguas. Após a Samambaia, o rio Piabanha percorre vários quilômetros em leito desprovido de pedras; somente ao término da antiga fazendinha Itaipava se manifesta o primeiro acidente, afetando o curso das águas. Ali o rio é cortado por um bloco granítico, aberto ao meio, o qual o povo conhece pela denominação de Pedra do Salto (2). Esta origem parece confirmada, se atentarmos para o fato de que Ita significa pedra, rochedo; Peva significa baixo, chato, inferior; Ipaba significa modo de levantar-se. (1) – LIMA, Hildebrando; BARROSO, Gustavo. Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa. São Paulo: Civilização Brasileira, 1957, p.699. (2) – MACHADO, Antonio. Origem dos distritos rurais. Tribuna de Petrópolis, Petrópolis, p. 1, 1 de janeiro. 1934. PRIMITIVOS HABITANTES Sem dúvida alguma, os primeiros habitantes de Itaipava foram os índios. A denominação “Sertão dos Índios Coroados” inicialmente dada às terras que hoje constituem o Município de Petrópolis nos leva a crer que estes índios, assim denominados pelos portugueses “porque cortavam os cabelos de maneira a formar uma espécie de coroa enrolada no alto da cabeça” (3), seriam os antigos goitacases que, combatidos pelos portugueses e ou tribos hostis, buscaram refúgio no sertão. Por outro lado, a descoberta de vestígios de objetos indígenas, nos rios petropolitanos, reforçou a tese de que, na realidade, muitas picadas no caminho para Minas Gerais e que, posteriormente, foram aproveitadas pelos colonizadores, na realidade foram abertas pelos índios em seus movimentos migratórios. Do mesmo, a Carta Topográfica da Capitania do Rio de Janeiro, datada de 1767, assinala uma vasta área da margem direita do rio Piabanha e da margem setentrional do rio Paraíba, até Minas Gerais, a qual denomina “Sertão ocupado por índios bravos” (4). Na realidade, por esta região erravam os índios Puris, da mesma raça que os Coroados, divididos em várias tribos, constantemente em guerras, o que é confirmado por Debret quando se refere aos Patachos, da mesma raça que os […] Read More
BREVE HISTÓRICO DA CATEDRAL SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA
BREVE HISTÓRICO DA CATEDRAL SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA Jeronymo Ferreira Alves Netto, associado titular, cadeira nº. 15, patrono Frei Estanislau Schaette Pelo Decreto de 16 de março de 1843, que foi, no dizer do saudoso historiador Alcindo Sodré, “a certidão de batismo, o ato oficial e político, que promoveria a criação de Petrópolis” (1), quis o Imperador determinar desde logo o levantamento de seu primeiro templo católico, sob a invocação de São Pedro de Alcântara, padroeiro do Império e seu próprio patrono. Em conseqüência, na planta elaborada pelo Major Júlio Frederico Koeler, em 1846, ficou reservado, conforme disposição do Decreto Imperial, o terreno onde deveria ser edificado o referido templo, isto é, uma área triangular compreendida entre as atuais avenidas Tiradentes e Ipiranga e a Rua Raul de Leoni. Tratava-se de uma obra grandiosa que demandava tempo e avultados recursos, por isto os atos religiosos católicos, segundo nos informa Fróes “eram realizados numa sala preparada para tal fim no antigo barracão de obras provinciais, na Rua do Imperador” (2), até que ficou resolvida a construção de uma pequena Capela provisória, na Rua da Imperatriz, em frente ao Palácio Imperial, inaugurada em 1848 e que funcionaria como Matriz até 1925. D. Pedro II, “enquanto durou o seu permanente contato com Petrópolis, manifestou sempre, por atos e ações, o seu interesse pelo culto católico na sua querida cidade” (3). Assim, a 12 de março de 1876, por ocasião das comemorações da data natalícia da Imperatriz D. Tereza Cristina que, no dia 14 daquele mês, completava 54 anos, num pavilhão anteriormente armado no morro do Belvedere, o Internúncio Apostólico, Monsenhor Luís Bruschetti, coadjuvado pelos padres Nicolao Germain e Theodoro Esch, celebrou missa e procedeu a sagração do terreno. (1) SODRÉ, Alcindo. D. Pedro II e a Paróquia de Petrópolis. Vozes de Petrópolis, setembro-outubro, 1946, p. 649. (2) FRÓES, José Kopke. A Velha e a Nova Matriz de Petrópolis. Tribuna de Petrópolis, 30 de novembro de 1985, 2º Caderno. (3) SODRÉ, Alcindo, op. cit., p. 649. Compareceram à cerimônia o Imperador D. Pedro II, o Conde D’Eu e a Princesa Isabel, os ministros da Fazenda, Justiça e do Império, respectivamente Barão de Cotegipe, José Bento da Cunha Figueiredo e Diogo Velho Cavalcante de Albuquerque; o Presidente da Província, Conselheiro Pinto Lima; o Presidente da Câmara Municipal, Paulino Afonso Pereira Nunes, todos os vereadores petropolitanos e a Irmandade do S.S. de São Pedro de […] Read More