09 de março de 2020 segunda-feira 19h00 Casa de Cláudio de Souza Praça da Liberdade, 247, Vila Imperial Petrópolis, RJ Sessão solene comemorativa do 177º aniversário de Petrópolis, com a palestra “A cultura da Arquitetura em Petrópolis! ”, a ser proferida pelo Associado Titular Freddy Van Camp.
Agenda 2020 – a – 10 de fevereiro
10 de fevereiro de 2020 segunda-feira 19h00 Casa de Cláudio de Souza Praça da Liberdade, 247, Vila Imperial Petrópolis, RJ Reunião mensal para planejamento das atividades do ano.
ILUMINADOR DA VIDA
ILUMINADOR DA VIDA Joaquim Eloy Duarte dos Santos, associado titular, cadeira n.º 14, patrono João Duarte da Silveira Difícil falar ou escrever sobre Raul Lopes. Aliás, dizer algo de alguém tão grandioso é tarefa somente para os mais capacitados, seja pelo estilo no escrever, seja pelo sentimento humano impresso em personalidade especial. Sem tantos predicados, uso a emoção da amizade, da admiração, do ser fã confesso. Raul Lopes foi um ser humano de toque divino em cada ação, cada gesto, cada criação de trabalho, de inspiração, de amor à cultura e sempre pela arte; pela arte da vida para servir sob a maravilha de uma inteligência rara, iniciada na sua formação religiosa dos tempos de menino de seminário. Daí sabia, como poucos, tudo sobre o ser religioso e o ser profano, com a sabedoria dos grandes mestres do pensamento. Devotou-se à difusão do correto e do justo, fosse por seu jeito sincero, leal e positivo ou sob o manto da criatividade que porejava de sua figura miúda, magrinha, de olhar vivo, perscrutador, que nos aproximava de suas idéias e empreendimentos e nos colocava em apoio ao que o entusiasmava. Raul Lopes experimentou passagens memoráveis em sua vida e em cada momento aprendeu e aprimorou seu saber e sua arte. No jornal Tribuna da Imprensa, onde trabalhou com Carlos Lacerda, Stefan Baciu, Cavaca e outros luminares do jornalismo brasileiro, apurou seu gosto pela criação gráfica e aprendeu as primeiras lições de fotografia. Quando chegou a Petrópolis, sua bagagem artística e cultural foi deitada às artes gráficas nas Vozes de Petrópolis. Apaixonou-se pela fotografia, tornando-se um dos melhores e mais procurados e respeitados de Petrópolis, abrindo atelier onde realizava todas as etapas da esplendida arte. Sensível, observador, minucioso, a luz de suas fotografias era digna dos maiores mestres do mundo. Esteve, por muitos anos, com trabalhos para o Museu Imperial, produzindo reproduções do acervo daquele órgão federal, organizando exposições, naquele mágico tempo onde sua criatividade foi ilimitada. Amava o teatro, colaborando em todas as frentes do TEP-Teatro Experimental Petropolitano, nos cenários, na iluminação, na divulgação, tendo, inclusive ocupado presidência na Diretoria Executiva do grupo de arte cênica. Por ali, criou o Teatro de Fantoches, que se tornou famoso como o “Teatrinho do Tio Raul”, criando e confeccionando os bonecos, o palco, idealizando a iluminação, a sonoplastia, ensinando e ensaiando os artistas manipuladores e ele próprio atuando em personagens. Sua peça “Lendas […] Read More
DISCURSOS – FINAL DO MANDATO DE 1981 A 1982 – Ruth Boucault Judice
DISCURSOS – FINAL DO MANDATO DE 1981 A 1982 Ruth Boucault Judice, associada titular, cadeira n.º 33, patrono Padre Antônio Tomás de Aquino Correia Consócios Amigos, 2 de dezembro de 1982! Chegamos ao fim do nosso mandato de 2 anos. Pouco fizemos, sei disto. Mas… pouco é mais do que nada e o começo de muito. Por isso, sempre vale a pena começar. O Instituto comemorou todas as festividades enumeradas pelo estatuto, condignamente. Assim se sucederam os: 16 de Março, 29 de Junho, 29 de Setembro. Terminamos hoje em 2 de dezembro, quando entrego a vocês que me depositaram confiança, o meu cargo de Presidente. Admitimos alguns sócios, entre eles: Evany Rita Noel – sócio efetivo Wolfran Spitzner – sócio correspondente (Alemanha) Hubert Knauber – sócio correspondente (Alemanha) Pimentel Wing – sócio correspondente José Kana Matta – sócio correspondente Começamos a nossa gestão, como já relatamos no final do ano passado, mudando para a Casa de Cláudio de Souza, gentilmente cedida pelo Museu Imperial, na pessoa do Prof. Lacombe. De início, no 2º andar mal instalados, com um pouco de barulho para nossas reuniões. Hoje já descemos para o térreo, onde as reuniões correm com mais calma e onde temos mais possibilidades de conforto. Conseguimos uma caixa postal de nº. 90.472 que colocamos à disposição dos interessados e onde recebemos as assinaturas gratuitas da Tribuna de Petrópolis e do Jornal de Petrópolis. Usamos por algum tempo o Jornal de Petrópolis com crônicas comparativas sobre Petrópolis: Ontem e Hoje. Criamos na Tribuna, uma seção nossa, que ainda continua ativa com o título – O Instituto Histórico que ser a Memória de Petrópolis – com a contribuição de alguns membros do Instituto, (aproveito agora para estender o convite a todos que tiverem um recado a dar sobre a nossa cidade, quer do seu passado, do seu presente e mesmo do seu futuro). Dirijam-se a nossa secretária com os possíveis assuntos para palestras. Será mais fácil organizar depois. O nosso consócio, Carlos Rheingantz tem publicado, no mesmo jornal, seu artigo Quem povoou Petrópolis, que desperta grande interesse em toda população. Tivemos preciosas palestras sobre as nossas coisas, a nossa história através dos sócios Prof. Vicente Tapajós, Dr. Eppinghaus, Prof. Froes, Dr. Claudionor de Souza Adão além da palestra de âmbito maior do Prof. Gunter Weimer sobre arquitetura alemã promovida por SPHAN e IHP e Clube 29 de Junho e também Centro de […] Read More
CAUSOS DE POLICÍA EM PETRÓPOLIS
CAUSOS DE POLÍCIA EM PETRÓPOLIS Mariza da Silva Gomes, associada honorária INTRODUÇÃO O presente trabalho “Causos de polícia em Petrópolis” tem como objetivo resgatar artigos variados publicados nos jornais de Petrópolis, especialmente na Tribuna de Petrópolis, que era o órgão de grande importância em nossa cidade. O período consultado compreende entre 1900 até 1930 onde podemos observar através dos artigos a realidade cotidiana do povo petropolitano. Poderemos observar que no período de 1900 no jornal Gazeta de Petrópolis os fatos agravantes ocorridos em nossa cidade eram escritos em negrito com letras maiúsculas no intuito de chamar a atenção do leitor. A imprensa local começa a apoiar os mais variados pedidos e reclamações do povo petropolitano com a coluna impressa em negrito intitulada “Pelo Povo” – “O povo petropolitano terá nesta columna o seu paládio. Todas as reclamações e queixas que nos forem apresentadas verbalmente ou por escripto, serão immediatamente publicadas, provada que seja sua exactidão” (jornal Gazeta de Petrópolis 20/12/1902 – pág. -1/coluna 04) Em 16/01/1904 os destaques em negrito publicados no jornal Tribuna de Petrópolis referentes aos acontecimentos policiais, são chamados de “Com a policia”. Outro titulo que pode ser destacado como “causos”, são descritos na imprensa em uma coluna criada pela Tribuna de Petrópolis no ano de 1907, chamada “Na policia e Nas ruas”, sendo que a mesma só ganhou força em 20/01/1909 quando o subdelegado de polícia era o Sr. Napoleão Olive, segundo o jornal: “A população percebe que a imprensa é o meio de comunicação que consegue alertar as autoridades para que a cidade esteja mais limpa, menos violenta e com menos desordem” (Tribuna de Petrópolis 19/01/1909). O lugar ocupado pela coluna no jornal era invariavelmente no verso da capa. No entanto, o tamanho da coluna variava de acordo com a importância da reclamação dos populares ou com a gravidade do crime cometido, que, aliás, era identificado pela nacionalidade, cor de pele, idade, endereço do autor do: homicídio, vadiagens, mendicidade, prostituição, furto, agressão, embriaguez, crimes diversos, suicídios etc. O início da matéria possuía o título sempre em “negrito”, talvez para chamar a atenção dos leitores e, logo após, a identificação do delegado que fez a ocorrência ou a prisão do elemento. Essas colunas se tornaram com o tempo, bastante populares, tornando-se um canal de comunicação entre a polícia e a população petropolitana, onde destacamos que a partir de 1911 os artigos vinham em negrito com […] Read More
RESGATES PETROPOLITANOS [PADRE SIQUEIRA]
RESGATES PETROPOLITANOS Francisco José Ribeiro de Vasconcellos, associado emérito, ex-associado titular, cadeira n.º 37, patrono Sílvio Júlio de Albuquerque Lima Quem passa pela antiga Avenida 1º de Março, hoje Roberto Silveira, não pode ficar alheio ao imenso edifício que aglutina elementos neoclássicos e da chamada arquitetura do ferro, onde se abriga desde as últimas décadas do século XIX a Escola Doméstica de Nossa Senhora do Amparo, com relevantíssimos serviços prestados à sociedade petropolitana, especialmente aos menos contemplados pela fortuna material. Mas, se o prédio e a obra social não escapam aos sentidos e à sensibilidade dos que transitam por aquele logradouro, talvez a maioria destes e de tantos outros moradores e frequentadores desta urbe não saiba que por detrás de tudo aquilo estivesse a figura dinâmica, corajosa e humanitária de um sacerdote franzino e doente, que morrera antes de ver completamente realizado o seu sonho. Refiro-me ao Padre Siqueira, nascido em Jacareí, no Vale do Paraíba paulista a 10 de julho de 1837 do casal Miguel Nunes de Siqueira e Claudina Maria de Andrade. Fora ordenado em 1863 e ao iniciar-se a Guerra da Tríplice Aliança, partiu para o teatro da luta, onde tornou-se capelão de 7º Batalhão de Voluntários da Pátria. Sua débil constituição física não lhe permitira ficar por muito tempo no desempenho de suas funções religiosas. Doente, já atacado pela tuberculose, voltou à terra natal, vindo em seguida viver na Corte, sendo ai acolhido por D. Ana Leocádia da Cunha Moreira Guimarães, que vivia gostosamente em sua chácara nas Laranjeiras. Essas preciosas informações são de Antonio Machado, que nos anos trinta, sob o pseudônimo de João Fernandes, tantos serviços prestou à historiografia petropolitana, publicando o resultado de suas pesquisas nesta “Tribuna de Petrópolis”. D. Leocádia era sobrinha do Padre Corrêa, filha de D. Archangela, tendo herdado da mãe a altivez, a energia e a alma caridosa e fidalga. Consta ter sido ela a grande animadora do Padre Siqueira no rumo de execução do projeto que se tornaria realidade em Petrópolis, com o nome de Escola Doméstica de Nossa Senhora do Amparo. Preocupada coma saúde do sacerdote D. Ana Leocádia ofereceu a este, a Fazenda da Olaria, mais tarde residência oficial do Major, depois Coronel José Cândido Monteiro de Barros. Numa época em que a tuberculose era tratada com clima, cama e comida, a Olaria, hoje Castelo de São Manoel, era o local próprio para prolongar a […] Read More
CADMO VENCE A IMENSA SERPENTE – DESCOBRIMENTO DO BRASIL POR CADMO
CADMO VENCE A IMENSA SERPENTE – 1ª PARTE – DESCOBRIMENTO DO BRASIL POR CADMO Enrico Mattievich, associado titular, cadeira n.º 12, patrono Claudionor de Souza Adão Dedico este artigo à memória do brilhante físico, Professor José Leite Lopes, que, como Diretor do CBPF (Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas) e editor da série de preprints Ciência e Sociedade, ousou publicar a primeira versão do presente artigo, em 1986. Resumo No livro de minha autoria Viagem ao Inferno Mitológico, seguindo ao pé da letra a Teogonia de Hesíodo, – Aos pés da elevada montanha Atlas, nos extremos confins ocidentais do famoso Oceano –, identifiquei as ruínas do Palácio de Hades e Perséfone, nos restos arqueológicos do palácio labiríntico de Chavín de Huántar, aos pés das cumes mais elevadas dos Andes peruanos. No presente artigo procurarei explicar como encontrei que o famoso trabalho de Hércules, no qual vence o Dragão de cem cabeças para apoderar-se das maçãs de ouro do jardim das Hespérides, narrado no mito estelar de Hyginus, se relaciona com o mito estelar de Cadmo que vence a imensa serpente Draco, preservado por Ovídio, e ambos os mitos interpreto como alegorias geográficas, que preservariam a heróica epopéia da conquista do Rio Amazonas (Solimões) na Idade do Bronze. O jardim das Hespérides, com suas maçãs de ouro cobiçadas por Hércules, se referiria ao jardim de Coricancha, em Cusco, conservado desde tempos antiquíssimos com plantas e frutas reproduzidas em ouro, até a chegada dos Espanhóis. Para confirmar esta tese, será necessário que arqueólogos capacitados, realizem um sério trabalho de datação estratigráfica na fortaleza ciclópica de Sacsahuamán, a qual, em vez de construída apenas 100 anos antes da chegada dos Conquistadores Espanhóis, – idade atribuída pela história oficial – teria mais de 3.200 anos de antiguidade. A idade dessa formidável acrópole fortificada, com três muros ciclópicos de pedra, será matéria que discutiremos numa segunda parte. PRÓLOGO O presente artigo foi publicado inicialmente na coleção “Ciência e Sociedade” nº. 013/86, do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, CBPF/CNPq, Rio de Janeiro, 1986. Pode parecer estranho que físicos se dediquem à historiografia, porém não é original. Se me permitem a comparação, lembrarei que científicos notáveis como Isaac Newton se dedicaram a investigar a origem das antigas civilizações. Em seu livro “The Chronology of Ancient Kingdoms”, resume seus cuidados, tratando de reconciliar o Gênesis com a história das nações. O presente artigo corresponde ao 3º capitulo […] Read More
PROFESSOR DINIZAR, IN MEMORIAM
PROFESSOR DINIZAR, IN MEMORIAM Fernando Antônio de Souza da Costa, Associado Titular, Cadeira n.º 19 – Patrono Galdino Justiniano da Silva Pimentel Estamos a celebrar o 30º dia da dormitio do inesquecível Professor Dinizar Araújo. À véspera de sua internação estive com ele na Rua Dezesseis de Março e nos cumprimentamos em meio ao costumeiro sorriso. Decorridos dois dias, na mesma rua encontrei meu afilhado Denílson e ele dissera que o pai havia sido internado e passava bem. Fiquei tranqüilo na certeza de que era passageiro e muito em breve ele estaria em nosso convívio. No entanto, fomos surpreendidos com a notícia. Triste, se visto pela ótica de nossa fragilidade humana. Mas alegres na certeza de que os céus receberam mais um de seus eleitos. Eram visíveis as demonstrações de carinho, amizade, prestígio e solidariedade espalhada nas incontáveis coroas, arranjos florais, telegramas, mensagens e dezenas de amigos, familiares e admiradores que se acotovelaram para o abraço final. Os meios de comunicação lhe endereçaram mensagens e homenagens. No derradeiro instante, diversos foram os discursos emocionados. As lágrimas também disseram presente. Nas palavras de meu afilhado Denílson um resumo dos 83 anos de Dinizar, as lides profissionais nos mais diversos setores da vida pública, no magistério e no escritório de advocacia. Dinizar, onde passou, deixou um rastro de luz, ali estava o filho, o esposo, o pai, o avô e o parente. Legou exemplos de cristão junto à Igreja e a outros seguimentos. Com ele aprendemos a conjugar o verbo amar. E cabe aqui uma reflexão: o falecimento de uma pessoa não deve ser interpretado como perda porque todo aquele que crê em Cristo “ainda que morto viverá .” Estas palavras são de Jesus. Ele é “a ressurreição e a vida”. Mas que dói, dói. No entanto, o ouro não se prova com o fogo? Está lá no Livro do Eclesiástico. (Cap.2, 1-18): É na adversidade que provamos nossa fé. Feliz daquele que exercita essa verdade. A morte é para todos. Sem exceção. E ela, só se concretiza quando apagamos de nossos corações aqueles aos quais amamos. Por isso, hoje, nestas louvações, um canto de gratidão ao amigo Dinizar que contribuiu e muito, para um mundo melhor. Cristo nos prometeu a vida eterna e assim sendo, glorifiquemos este notável herói, sob demorados aplausos. Obrigado Senhor por ter ornado vosso servo Dinizar de uma vida reta, íntegra, serena, firme e virtuosa, em cuja […] Read More
SEMINÁRIO DE MUSEUS E CENTROS CULTURAIS DO JUDICIÁRIO (I) – DISCURSO DE ABERTURA
SEMINÁRIO DE MUSEUS E CENTROS CULTURAIS DO JUDICIÁRIO (I) – DISCURSO DE ABERTURA Antônio Izaías da Costa Abreu, associado titular, cadeira nº 3, patrono Antônio Machado Exmo. Juiz Gilberto de Mello Abdelhay Juiz Auxiliar da Presidência Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, representando o Exmo. Sr. Desembargador Manoel Alberto Rebelo dos Santos. DD Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro Exmo Sr. Desembargador Ricardo Paes Barreto DD. Presidente do Tribunal Regional de Pernambuco (TRE/PE) Exmo. Sr. Desembargador Carlos Damião Pessoa Costa Lessa DD. Corregedor do Tribunal Regional Eleitoral – de Pernambuco (TRE/PE) Exmo. Sr. Desembargador Luiz José de Jesus Ribeiro DD. Presidente da Comissão Permanente de Avaliação de Documentos (TRT – 8ª Região – Pará) Exma. Sra. Desembargadora Magda Biavaschi Comissão Coordenadora do Memorial da Justiça do Trabalho (TRT) 4ª Região – RS E demais autoridades presentes Senhoras e senhores 1 – Ao abrir as portas deste palácio a autoridades tão respeitáveis e reconhecidas, sentimo-nos honrados por sediar evento tão importante para a museologia nacional, no qual os seus partícipes buscam, através da interligação de experiência e conhecimento mútuo, o aperfeiçoamento cristalizado nas pegadas do tempo. 2 – Projetamos e oferecemos aos senhores um pouco do que até aqui realizamos. Na verdade, estamos certos de que iremos receber de imediato e num futuro que virá célere ao nosso encontro, os saborosos e desejados frutos deste conclave. 3 – Cultuamos o passado com o objetivo de resguardar o processo civilizatório, pois temos como dever deixar para os pósteros, os registros da memória judiciária, campo de nosso labor. 4 – Cabe noticiar aos presentes que, desde meados do século XVI, a cidade do Rio de Janeiro foi palco de fatos de grande repercussão em toda a colônia e, com a descoberta do ouro no início do século XVII, os conflitos se multiplicaram levando a Coroa a criar a Relação do Rio de Janeiro, em 1751. 5 – Posteriormente, com a vinda da família real para o Brasil, o Príncipe D. João, na regência do Império, extinguiu a Relação e criou a Casa da Suplicação do Brasil e outros tribunais. 6 – Com a independência do Brasil de Portugal, a Carta Constitucional de 1824 previu nova modificação do judiciário tendo criado o Tribunal da Relação da Corte, em 1833. Em 1891, com a República, surge a Corte de Apelação do Rio de Janeiro com vigência […] Read More
DISCURSOS – NOVO MANDATO – METAS – Ruth Boucault Judice
DISCURSOS – NOVO MANDATO – METAS Ruth Boucault Judice, associada titular, cadeira n.º 33, patrono Padre Antônio Tomás de Aquino Correia Amigos consócios, Aceitei continuar meu mandato por mais dois anos. Por que? Eu mesma não sei dizer ao certo. Porque não tinha intenção de aceitar. Não viso glórias, status, viso apenas realização, e o saldo não foi tão positivo quanto desejei. Talvez por isso mesmo tenha aceitado. É um desafio para mim mesma. Sou tinhosa. Os desafios me atraem. Comecei alguma coisa, quero continuá-la e vê-la frutificar para que não se perca. Houve quem perguntasse pelo nosso plano de trabalho. Não pude responder então por dois motivos: 1º – Porque todo trabalho precisa ser lastreado por dinheiro e nós não temos verbas, a não ser a anuidade dos nossos sócios, que pouco soma. 2º – Porque houve programação, inclusive com sugestões dos próprios sócios que assistiram assíduos às reuniões mensais. Por isso, nesses dois anos anteriores, a minha maior preocupação foi criar possibilidades de verbas. E continuarei na mesma linha. Meta n.º 1 – Revista do Instituto de n.º 3, que está sendo impressa, e já vamos pensar na n. º4. Pediria aos sócios que quiserem participar que dêem seu nome, o título de seu trabalho à nossa secretária Márcia. Receberemos os artigos até o final de junho impreterivelmente. Meta n.º 2 – Através de nossa prefeitura, reativar o centro de pesquisas históricas que é feita com a mesma P.M.P. e com a Universidade Católica de Petrópolis. Reorganizar a comissão encarregada desse setor, exigir dela produção e participação prévia de seus trabalhos. Acho que o prudente também seria que todos os trabalhos, antes de serem impressos, passassem pelas nossas reuniões, para sugestões talvez, e também avaliação do que se está publicando em nome do nosso Instituto. Meta n.º 3 – Preservação de Patrimônio, como guardiões da cultura de nossa cidade; não podemos ver de braços cruzados o nosso patrimônio ecológico, cultural e arquitetônico ir progressivamente desaparecendo sem uma atuação mais enérgica de nossa parte. Temos que estar presentes, opinar, reagir quando necessário e sobretudo fiscalizar. Teremos que aguardar a retomada dos estudos sobre o Zoneamento e Uso do Solo e voltar a participar tão ativamente quanto da primeira vez. É um trabalho honesto, de peso, que precisa de nosso apoio. Precisaremos continuar com o trabalho cuidadoso de conscientização do patrimônio, por seus proprietários. E dos mesmos, é preciso […] Read More