5 de novembro

a) de 1800

Carta régia que ordena a melhoria do “Caminho da Serra”, exigida pelos altos interesses econômicos na ligação de Minas com o Rio de Janeiro. O engenheiro encarregado das obras foi Aureliano de Souza Oliveira, pai do futuro Visconde de Sepetiba, que veio residir por longo tempo no Córrego Seco. A estrada foi construída sobre o traçado do caminho de tropas aberto por Bernardo Soares de Proença.

b) de 1898

Nasceu na histórica cidade de Parati, no Estado do Rio de Janeiro, Monsenhor Francisco Gentil Costa.

Freqüentou o Seminário Diocesano de Niterói, onde foi preparado para os sagrados ofícios de seu apostolado sacerdotal, sendo ordenado sacerdote em 24 de setembro de 1921.

Em 1º de setembro de 1924 foi nomeado Secretário do Bispado de Niterói e em 2 de setembro de 1928, vigário de Petrópolis.

Conquistou desde logo a admiração e estima dos petropolitanos, não só pelas obras que realizou ou ajudou a construir, como também pelos esforços que despendeu no sentido de unir os petropolitanos na fé e na esperança.

Dedicou-se de corpo e alma ao projeto da construção da Catedral São Pedro de Alcântara, iniciando uma nova fase de trabalhos, concluída em 5 de dezembro de 1939, com a inauguração do Mausoléu dos Imperadores. Foi concluída a fachada, foram colocados 54 vitrais, foi construída a escadaria e instalado, em fevereiro de 1937, o grande órgão, construído pela firma Guilherme Berner e doado por D. Olga Rheingantz da Porciúncula.

Em maio de 1943, por ocasião do Centenário de Petrópolis, organizou um grande Congresso Eucarístico que se transformou num dos mais importantes acontecimentos religiosos de nossa cidade.

Foi um dos grandes entusiastas da criação da Diocese de Petrópolis, idéia que se tornou vitoriosa com a Bula Pastoral de 13 de abril de 1946, do Papa Pio XII.

Foi um grande colaborador de nosso 1º Bispo, D. Manoel Pedro da Cunha Cintra, na criação do Seminário de Nossa Senhora do Amor Divino, das Faculdade Católicas Petropolitanas, posteriormente transformadas na Universidade Católica de Petrópolis, na construção da magnífica torre da Catedral.

Dirigiu ainda Monsenhor Gentil os trabalhos da construção da nova Igreja do Rosário, concluída a 30 de abril de 1978.

Foi membro da Academia Petropolitana de Letras, tendo assumido, em 8 de fevereiro de 1942, a cadeira de nº 19, patrocinada por D. Francisco do Rego Maia. Proferiu inúmeras palestras de grande interesse social, literário e doutrinário e publicou inúmeros artigos na imprensa petropolitana.

Foi agraciado com os títulos de Camareiro Secreto, Prelado Doméstico e Protonatário Apostólico, pela Santa Sé.

Faleceu em Petrópolis, em 2 de abril de 1982, após ter celebrado 60 anos de sacerdócio.

6 de novembro de 1934

Faleceu em sua residência em Petrópolis D. Maria Luiza Dodsworth, viúva do Barão de Teffé, herói da batalha do Riachuelo, na Guerra do Paraguai, Senador da República e uma das mais legítimas glórias da Marinha Brasileira. A Baronesa era uma das figuras mais queridas e respeitadas da sociedade petropolitana. Deixou três filhos: o Dr. Oscar de Teffé, embaixador aposentado; o Dr. Álvaro de Teffé, oficial do registro de títulos no Rio de Janeiro e D. Nair de Teffé Hermes da Fonseca, viúva do Marechal Hermes da Fonseca.

8 de novembro de 1934

Foi fundada a Associação Comercial e Industrial de Petrópolis. A Assembléia Geral convocada na oportunidade, foi presidida pelo Sr. Armando Couto Brito e secretariada pelos Senhores Luiz de Miranda Góes e Paulo Gouvêa. Após a discussão e aprovação dos Estatutos procedeu-se a eleição das Assembléias Deliberativas. Pelos relevantes serviços prestados, a ACIRP, pelo Ato Municipal n º 74, de 19 de julho de 1944, foi declarada de utilidade pública.

9 de novembro de 1905

Em visita a Petrópolis, D. Joaquim Arcoverde de Albuquerque Cavalcanti, arcebispo do Rio de Janeiro e primeiro cardeal brasileiro, foi recepcionado pelo barão do Rio Branco com um jantar ao qual compareceram altas autoridades.

A 16 de novembro do mesmo ano, D. Arcoverde viajou para Roma, onde foi recebido pelo Papa Pio X que o elevou a Cardeal, no dia 11 de dezembro.

D. Arcoverde tornava-se assim o primeiro Cardeal da América Latina, graças à ação diplomática do barão do Rio Branco, o qual entendia que o Brasil – católico, apostólico, romano – não podia deixar de ter representação na púrpura cardinalícia.

10 de novembro de 1721

Bernardo Soares de Proença requereu ao Governo uma sesmaria de terras devolutas existente atrás da Serra do Frade (Alto da Serra de Petrópolis) e Taucaia Grande, montes no extremo do terreno pertencente à Fábrica de Pólvora da Estrela. A 23 de março de 1725, recebeu o documento que o fez o primeiro proprietário de nossa região serrana, construindo a sede de sua fazenda no lugar denominado “Tamaraty”, hoje Itamarati. Bernardo Soares de Proença foi quem abriu a Variante do Caminho Novo, que ligava Minas Gerais ao Rio de Janeiro, encurtando o trajeto de Garcia Rodrigues Pais em cerca de quatro dias de viagem, por percorrer terreno menos acidentado. A Variante do Caminho Novo foi, sem dúvida, o grande fator do desenvolvimento de nossa região serrana, contribuindo para o surgimento de inúmeras sesmarias que logo se transformaram em prósperas fazendas. Bernardo Soares de Proença faleceu em 10 de julho de 1735, tendo recebido todos os sacramentos e foi sepultado na Igreja do Suruy, segundo nos informa o então vigário daquela localidade, Padre Custódio Leite.

11 de novembro de 1847

Faleceu em sua propriedade, a Fazenda Soledade, atual Fazenda de Santo Antônio, em Itaipava, o Dr. Agostinho Correia da Silva Goulão. Era o terceiro filho de Manuel Correia da Silva e D. Brites Maria da Assunção Goulão e portanto irmão do Padre Correia. O Dr. Agostinho formou-se em Coimbra, onde bacharelou-se em jurisprudência, em 1777. Voltando ao Brasil, tornou-se individualidade de certo relevo no cenário social do 1º Reinado. Dedicou-se ao magistério, à política e à agricultura. Foi professor de filosofia e retórica no Rio de Janeiro, deputado à Assembléia Geral Constituinte e Legislativa do Império, que se reuniu em 1823 e administrou sua propriedade com grande tirocínio, ali cultivando café, cereais e cana de açúcar. Morreu solteiro, aos 93 anos, tendo legado em testamento terras da Tapera a uma escrava de nome Isabel e um sítio banhado pelo córrego do Carvão a outra escrava de nome Júlia ; e a propriedade da Fazenda a Gregório José Teixeira, provavelmente seu filho natural.

15 de novembro de 1914

Foi fundado em Petrópolis, o Sport Clube Internacional, por comerciários e industriais, quando o futebol começava a empolgar a mocidade, sendo jogado nos colégios, nas ruas, em toda a parte.

Seus primeiros jogos foram disputados num pequeno campo aberto, ao lado direito do começo da Avenida Central, no Alto da Serra.

Posteriormente, seus jogos foram disputados em outro campo, também aberto, fronteiro aos fundos da estação da Leopoldina.

Desse modesto campo, o Internacional passou a ocupar ampla praça de esportes, construída pela Companhia Brasileira de Energia Elétrica, situada à Rua Coronel Albino Siqueira, também no Alto da Serra.

Disputou os campeonatos da Liga Petropolitana de Esportes, tendo conquistado com grande brilho os de 1921 e 1922.

Sua 1ª Diretoria teve como presidente o desportista Raphael Ricci.

18 de novembro de 1890

Falece em Paquetá Augusto da Rocha Fragoso, grande amigo de Petrópolis, em cuja residência, à Rua Paulo Barbosa, onde hoje se encontra o Edifício Rocha, se instalou em 17 de junho de 1859, a primeira Câmara Municipal, da qual fez parte como vereador. Augusto da Rocha Fragoso, participou ainda de várias legislaturas, sempre com destacada atuação.

21 de novembro

a) de 1847

Mortalmente ferido num exercício de tiro ao alvo, em sua propriedade no Valparaiso, morre no dia seguinte o Major Júlio Frederico Koeler. Nascido na Mogúncia, Grão-Ducado de Hesse, na Alemanha, veio para o Brasil, contratado para servir no Exército Imperial, sendo admitido como 1º Tenente no Imperial Corpo de Engenheiros. Realizou importantes obras públicas como o planejamento e a construção de novas estradas na região serrana e em Campos; melhoramentos em estradas da região serrana e em Parati e Itaboraí; planejamento e construção da Estrada Normal da Serra da Estrela, entre o porto da Vila da Estrela e a Vila de Paraíba do Sul. Arrendatário da Fazenda Imperial do Córrego Seco, idealizou a criação na mesma de uma colônia com trabalhadores alemães, tendo sido seu primeiro Superintendente, entre 1843 e 1847, cargo que acumulou com o de Diretor da Colônia de Petrópolis, entre 1845 e 1846. O ponto alto de sua carreira foi o planejamento e a execução urbanística de Petrópolis. Ao mesmo tempo em que fazia o levantamento topográfico e traçava o plano urbanístico, Koeler foi elaborando o projeto do Palácio Imperial e suas dependências, e da primitiva Igreja que funcionou como Matriz até 1925, defronte ao Palácio. No traçado urbanístico de Petrópolis, “concepções urbanísticas consideradas hoje modernas foram utilizadas por Koeler já naqueles recuados tempos como a de aproveitar os cursos d’água, para traçar ao longo de suas margens as avenidas da Vila Imperial e as ruas de acesso aos bairros circundantes”. Em conseqüência do ferimento recebido, que o médico da Imperial Câmara, Dr. Cândido Borges Monteiro, que o examinou, considerou gravíssimo, Koeler faleceu no dia 22 de novembro de 1847

b) de 1897

Nasceu em Elberfeld, Colônia, Alemanha, Frei Leão Heissling, digno e exemplar sacerdote, que vindo ainda moço para o Brasil, fez seus estudos preliminares em Blumenau, Santa Catarina, sendo sagrado sacerdote a 10 de agosto de 1925, em Petrópolis. Quando exercia suas atividades sacerdotais em Santa Catarina, adoeceu , vindo convalescer em Petrópolis e, aqui, a 21 de março de 1929 foi-lhe confiada a assistência religiosa da Capela de Santo Antônio do Alto da Serra. Desenvolveu intensa atividade pastoral, sendo responsável pela fundação da Liga Católica Jesus, Maria, José, em 8 de outubro de 1933, da Pia União de Santo Antônio, da Escola Paroquial e do Ambulatório de Santo Antônio, que muitos benefícios prestou à população desprovida de recursos. Foi ainda grande animador da construção da Igreja de São Sebastião no Indaiá e da Igreja Nossa Senhora da Glória, no Morin. Bondoso, infatigável e zeloso, era profundamente estimado por seus paroquianos.

25 de novembro de 1830

Nasceu no Rio de Janeiro Jeronymo José Teixeira Júnior, Visconde do Cruzeiro, sendo seus pais Jeronymo José Teixeira e D. Anna Maria Netto Teixeira.

Bacharelou-se em Letras pelo Colégio Pedro II, e em Direito pela Faculdade de São Paulo. Foi Fidalgo Cavaleiro da Casa Imperial, Conselheiro de Estado, Cavaleiro da Ordem da Rosa e Comendador da Ordem de Cristo.

Foi Diretor do Banco do Brasil e da Estrada de Ferro D. Pedro II, Deputado Provincial em duas legislaturas, deputado geral em várias e Senador do Império em 1873.

Possuiu residência em Petrópolis, na Westfália, a qual, após sua morte foi alugada ao barão do Rio Branco, sendo palco da assinatura do Tratado de Petrópolis, em 17 de novembro de 1903.

27 de novembro de 1916

Faleceu em Petrópolis, aos 82 anos de idade, em sua residência, à então Avenida Silva Xavier, hoje Avenida Tiradentes, José Francisco Bernardes, Barão de São Joaquim.

Natural do Estado do Rio de Janeiro, desde muito cedo dedicou-se às atividades comerciais que lhe proporcionaram avultada fortuna.

Foi moço fidalgo da Corte de D. Pedro II, sendo mais tarde agraciado com o título de barão de São Joaquim.

Era casado em segundas núpcias, há 48 anos, com D. Joaquina de Araújo Gomes, filha dos barões de Alegrete.

Com a proclamação da República, em 1889, o casal acompanhou a família imperial ao exílio, fixando residência em Paris, regressando ao Brasil em 1914.

O Barão de São Joaquim foi sepultado no Cemitério de São Francisco de Paula, no Rio de Janeiro.

29 de novembro de 1925

Inauguração da Catedral São Pedro de Alcântara, ainda inacabada, graças aos esforços do saudoso vigário Monsenhor Teodoro Rocha. A tarde do mesmo dia foi transladado da Matriz Velha para o novo templo o Santíssimo Sacramento com grande acompanhamento de fiéis e realizada a benção do novo templo pelo Bispo D. Agostinho Benassi, sendo Vigário Monsenhor Conrado Jacarandá, por haver falecido meses antes Monsenhor Teodoro Rocha.