MAGÉ

Antônio Izaías da Costa Abreu, Associado Titular, cadeira nº 3

DISTRITOS: Magé ( 1.º – sede ); Santo Aleixo ( 2.º); Suruí ( 3.º ); Guia de Pacobaíba ( 4.º ); Inhomirim ( 5.º ).

EMANCIPAÇÃO: 07 de junho de 1789
INSTALAÇÃO: 12 de junho de 1789
ELEVAÇÃO A CIDADE: 02 de outubro de 1857

A origem do desbravamento do município de Magé data dos primórdios da colonização, quando, em 07 setembro de 1565 após a expulsão dos franceses do Rio de Janeiro, pelo reconhecimento dos relevantes serviços prestados na defesa da cidade, Simão da Mota é agraciado por Mem de Sá com uma sesmaria “com 600 braças de terra ao longo da água de 1000 braças pela terra adentro no rio Magé”. Simão da Mota ao tomar posse da gleba, escolheu para local de sua moradia o “Morro da Piedade”, próximo ao litoral. Contudo, talvez por segurança e melhor tamanho da terra, ali pouco permaneceu, mudando-se depois para o sítio denominado “Magé-mirim”, onde procurou erigir uma capela, sob a invocação de N. S.ª da Piedade, sendo esta no século seguinte convertida em matriz, pelo Alvará de 18 de janeiro de 1696. Com o aumento da população, novo templo é construído no mesmo local, desaparecendo assim o primitivo. É a origem da cidade de Magé. Região infestada pelos bravios tamoios ( alguns autores mencionam os timbiras, o que, não é correto, pois esses silvícolas jamais habitaram as terras na Capitania do Rio de Janeiro, e sim o Baixo-Mearim, no Estado do Maranhão ), não mais podendo estes sustentar lutas com os desbravadores, retiraram-se sem alternativa para o sul da Capitania. Já em meados do século XVII, por volta de 1643, outros colonos estabeleceram-se no lugar denominado “Pacobaíba”, atual “Mauá”; e, ali, num pequeno outeiro, um deles de nome Gaspar da Costa, para satisfazer sua devoção e para contemplação de uma Irmã chamada Margarida de Lima , constrói uma igreja, dedicando-a ao culto de Santa Margarida. Arruinado o templo, outro é erigido sob a invocação de N. S.ª da Guia, que é elevada à Paróquia no ano de 1647, somente alcançado a perpetuidade cento e oito anos mais tarde, pelo Alvará de 14 de dezembro de 1755; figurou como primeiro pároco; próprio o padre Antônio Ferreira. Tinha a Paróquia de N. S.ª da Guia de Pacobaíba; a Capela de N. Sª dos Remédios erecta em Mauá com provisão de 06 de agosto de 1740, a requerimento de seu fundador Antônio Vidal de Castilhos; a de São Francisco, que João da Silva Melo levantou em Croará, com Provisão de 28 de agosto de 1745; e a de São Lourenço, construída na Praia Grande de Croará por Manuel Antunes Ferreira, no ano de 1760. A grande área litorânea, onde se situa o atual município, estava assim, já no segundo quartel de século XVII, completamente colonizada e em vigoroso progresso. Reconhecendo Dom Luiz de Vasconcelos e Souza, então Vice-rei do Brasil, poder a freguesia de N. S.ª da Piedade de Magé ostentar o título de vila, pela deliberação de 09 de junho de 1789, eleva-se a tal categoria, ordem executada pelo ouvidor-geral e corregedor da Comarca do Rio de Janeiro, Marcelino Pereira Cleto, a 12 do mesmo mês, sendo instalada a Câmara na mesma data. Na ocasião, ampliando com Luiz de Vasconcelos o seu ato, retirou da vila o nome de Magepe, dando-lhe simplificadamente o de Magé, o que perdura até os nossos dias. O município foi desmembrado de Santo Antônio de Sá – extinto –, incluindo algumas ilhas do arquipélago de Paquetá, mais tarde retornadas à jurisdição do Rio de Janeiro, quando da organização da Provínciar. Pela Lei prov. n.º 965, de 02 de outubro de 1857, é a vila engalanada com o título de cidade. São seus distritos: a sede; Santo Aleixo; Suruí; Guia de Pacobaíba e Inhomirim.