1º de dezembro de 1854
Faleceu em sua fazenda da Samambaia o Padre Luís Gonçalves Dias Goulão, primeiro vigário de Petrópolis. Era filho de Pedro Gonçalves Dias, natural do arcebispado de Braga, Portugal e D. Maria Brígida da Assunção Goulão e, portanto sobrinho do Padre Antônio Tomás de Aquino Correia, por parte de mãe.
O padre, posteriormente Cônego Luís Gonçalves Dias Goulão exerceu o curato, criado em 1844, do 2 º distrito de São José do Rio Preto, a que Petrópolis, ainda como simples fazenda pertencia e, posteriormente, por ocasião da criação da Freguesia de São Pedro de Alcântara, e, em 1846, tornou-se vigário da mesma.
Estimado por católicos e protestantes, foi auxiliar e amigo do Major Koeler e conservou as honras de vigário até sua morte.
2 de dezembro de 1857
Augusto Emílio Zaluar, de parceria com Quintino Bocaiúva, fundam em Petrópolis o “Parayba”, periódico no formato dos jornais do Rio de Janeiro.
O novo periódico circulava às quintas feiras e domingos e seu objetivo principal era “o estudo e exame das questões locais, administrativas, econômicas, industriais, comerciais e agrícolas, de cuja prática ou aplicação poderia resultar verdadeira e real utilidade para a província”.
Durante o tempo em que circulou em nossa cidade contou com a colaboração de ilustres personalidades como Machado de Assis, Charles Rybeyrolles, Remigio de Sena Pereira, Thomaz Cameron, Frederico Damke e outros.
Augusto Emílio Zaluar era português de nascimento. Nasceu em Lisboa a 14 de fevereiro de 1825. Chegou ao Brasil em fins de 1849, tendo trabalhado no Correio Mercantil do Rio de Janeiro. Naturalizado brasileiro, foi nomeado para o funcionalismo público federal, carreira que abandonou para vir para Petrópolis.
Em 1859, deixou Petrópolis, viajando pelo interior das províncias do Rio de Janeiro e de São Paulo, publicando em 1862, um livro intitulado “Exposição Nacional Brasileira de 1875”, que dedicou ao Conde D’Eu e que lhe valeu a indicação para o Instituto Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro.
Extraordinariamente culto, Zaluar chegou a ser Lente em pedagogia da Escola Normal. Faleceu no Rio de Janeiro em 3 de abril de 1882.
5 de dezembro de 1891
Falece em Paris, no Hotel Bedford, onde se achava hospedado, o Imperador Dom Pedro II.
No exílio, por onde passava era sempre alvo de calorosas manifestações de admiração e apreço, fato que confirma o prestígio que continuava desfrutando na Europa.
O interesse de Dom Pedro II pelos estudos era tal, que apesar de seu precário estado de saúde, tomava lições de línguas semíticas e ocupava-se da impressão de umas traduções hebraicas provençais, publicadas mais tarde.
Governando o Brasil durante quase meio século prestou inestimáveis serviços à Nação, moralizando o poder público, favorecendo o desenvolvimento das ciências, letras e artes, criando um ambiente propício à unidade pela integração nacional, iniciando a indústria, introduzindo os primeiros melhoramentos para a modernização dos transportes e comunicações e muito mais.
Dom Pedro II não foi só o grande estadista que conhecemos, inteiramente consagrado ao serviço do Estado, mas também um homem de ampla cultura universal, cuja vastidão de conhecimentos chegou a impressionar os intelectuais que lhe foram contemporâneos.
8 de dezembro de 1889
Foi realizada a entrega da Bandeira Republicana, que o Clube Republicano ofereceu à Câmara Municipal.
Às dezesseis horas os membros do Clube Republicano, reunidos no Hotel Bragança organizaram um préstito que se dirigiu à Câmara Municipal, tendo na ocasião o Presidente do Clube, Dr. José Thomaz da Porciúncula feito a entrega da bandeira ao Presidente da Câmara.
Em seguida, procedeu-se à benção das bandeira, na Matriz Velha e, após os discursos de saudação ao Pavilhão Nacional, tiveram início os bailes populares, e foi realizada uma ceia na Câmara.
17 de dezembro de 1977
Foi instalada a Academia Petropolitana de Educação, por seu fundador, o professor José De Cusatis.
A sessão de instalação foi realizada no auditório do Museu Imperial, cabendo ao professor Benjamin Albaglé proferir o discurso oficial de instalação da Academia.
A solenidade foi abrilhantada pelo Coral Municipal de Petrópolis, sob a regência do Maestro Ernani Aguiar.
20 de dezembro de 1871
É criada a Biblioteca Municipal pelo Decreto n º 1650, do Presidente da Província Jósimo do Nascimento Silva. O citado decreto determinava a instalação, em cada cidade da Província, de uma Biblioteca Municipal a cargo da Câmara Municipal.
A despeito da determinação, a de Petrópolis só veio a funcionar cinco anos mais tarde, a 1 º de fevereiro de 1876.
Inicialmente foi localizada à Rua do Imperador e seu 1 º bibliotecário foi Álvaro de Sá Carvalho. Em janeiro de 1897, na administração Hermogênio Silva, foi instalada no último andar do novo edifício da Câmara e, em 31 de janeiro de 1977, instalou-se no prédio novo do Centro de Cultura.
Atualmente possui cerca de 140.000 volumes, sendo uma das mais importante do Estado do Rio de Janeiro.
25 de dezembro
a) de 1854
Nasce em Petrópolis José Thomaz da Porciúncula. Médico formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, foi diretor e proprietário da Casa de Saúde São Sebastião no Rio de Janeiro e, posteriormente, exerceu sua nobre profissão em Petrópolis, onde também foi proprietário de uma Casa de Saúde, que funcionou no lugar onde hoje se acha instalado o Convento de Lourdes.
Sua carreira política, iniciou-se no Rio de Janeiro, como membro do Clube Republicano, na ocasião presidido por Saldanha Marinho.
Foi eleito deputado provincial por dois biênios (1884-1885 e 1886-1887), organizou com Hermogênio Silva o Clube Republicano de Petrópolis (1888) e, proclamada a República, foi governador do Maranhão, prestando relevantes serviços àquele Estado, por mais de cinco anos.
Em 24 de abril de 1892, tomou posse como presidente do Estado do Rio de janeiro, tornando-se no dizer do saudoso Walter Bretz “um dos principais esteios da ordem legal, representada no governo do Marechal Floriano Peixoto, que o fez General Honorário do Exército”.
Durante seu governo a capital do Estado foi transferida de Niterói para Petrópolis.
Em 1895, já no governo de Prudente de Moraes foi nosso ministro em Montevidéu e, posteriormente, foi eleito para o Senado.
Faleceu em sua residência de Petrópolis, em 28 de setembro de 1901, sendo sepultado no cemitério municipal.
b) de 1861
Nasceu em Petrópolis o Dr. Ernesto José Ferreira da Paixão, sendo seus pais o renomado educador Major José Ferreira da Paixão e D. Maria Augusta da Paixão.
Fez seus estudos preparatórios no Colégio Paixão, mantido por seu progenitor, ingressando posteriormente na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, ali concluindo o curso médico, em dezembro de 1890.
Clinicou em Petrópolis, onde seu desvelo para com os pobres, seu desmedido espírito altruístico lhe valeram o título de “Médico da pobreza”. Foi o iniciador e o principal divulgador da Homeopatia em nossa cidade.
Sob o pseudônimo de Flávio Marciano colaborou em vários jornais e revistas locais, como poeta e cronista.
Foi redator-chefe da Gazeta de Petrópolis, em 1899, fundou com Emilio Kemp, “O Comércio” (1898) e foi o autor de duas revistas de costumes locais: “O Badalo” e “A Capital”, levada à cena, a primeira, em 1880, e a segunda, após a mudança da sede do governo estadual para Petrópolis.
Foi diretor do Hospital Santa Teresa, da Higiene Municipal, intendente municipal (1890-1891) e um grande benfeitor do Asilo do Amparo.
Faleceu em Petrópolis, a 14 de janeiro de 1922.
26 de dezembro de 1944
Foi inaugurado o Cine Rydan, no Alto da Serra. Seu proprietário foi o engenheiro petropolitano Júlio Nogueira, espírito empreendedor e progressista.
O filme de estréia foi “Damasco” e o proprietário, num gesto de filantropia, ofereceu à Senhora Branca Alves, Presidente da LBA (Legião Brasileira de Assistência), toda a renda da sessão de estréia.
Era um cinema luxuoso, com excelentes instalações, e seu proprietário lançou várias super produções, entre as quais destacamos:
“Sonhando de Olhos Abertos”, com Dany Kaye; “A Lua a seu Alcance”, com Frank Sinatra; “Mulheres de Ninguém”, com Ginger Rogers; “O Beijo da Traição”, com John Garfield e muitas outras, sempre acompanhadas de jornais nacionais e estrangeiros e desenhos animados.
27 de dezembro de 1975
Falece Guilherme Martinez Auler. Nascido no Recife, em Pernambuco, em 6 de janeiro de 1914. Era filho do petropolitano Cristovão Guilherme Auler e neto de duas famílias de colonos alemães aqui estabelecidos: Heinrich Peter Auler e Maria Margareth Ulrich.
Médico formado pela Faculdade de Medicina do Recife, mudou-se para Petrópolis, com a família, em 1947.
Em nossa cidade, dedicou-se ao jornalismo, assumindo naquele mesmo ano a direção da Tribuna de Petrópolis, cargo no qual permaneceu até 1965. Foi um grande pesquisador da História de Petrópolis, tendo publicado inúmeros artigos sobre a mesma.
Foi sócio efetivo do Instituto Histórico de Petrópolis, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, diretor da Companhia Imobiliária de Petrópolis e idealizador e 1 º presidente do Clube 29 de Junho.
31 de dezembro de 1897
Tomou posse como Presidente constitucional do Estado do Rio de Janeiro, perante a Câmara Municipal de Petrópolis, o Dr. Alberto de Seixas Martins Torres, com mandato até 31 de dezembro de 1900.
Ardoroso propagandista da abolição do cativeiro e regime republicano, administrador e jurista, publicista e sociólogo, governou o nosso Estado, quando Petrópolis foi capital do mesmo.
Foi Deputado Estadual, Deputado Federal, Ministro do Interior no governo de Prudente de Morais e Ministro do Supremo Tribunal Federal.
Deixou cinco obras publicadas, de grande repercussão internacional: Vers la Paix (1909), Le Problème Mondial (1913), O Problema Nacional Brasileiro (1914), A Organização Nacional – Primeira Parte: A Constituição Nacional (1914) e As Fontes de Vida No Brasil (1915).
Seu governo pouco acrescentou ao desenvolvimento do Estado, devido à crise política surgida em 1897, com a remessa de forças do exército para Campos, o que o levou a romper com a maioria de seu partido, o Partido Republicano Fluminense e a crise surgida ao final de seu governo, quando, temendo que o pleito para a sucessão no Estado provocasse graves conflitos, o presidente da República, Campos Sales, propôs um candidato de conciliação, o General Quintino Bocaiúva, ao governo fluminense, prejudicando a candidatura do Dr. Hermogênio Pereira da Silva, candidato que contava com o apoio de Alberto Torres.
O Dr. Alberto Torres faleceu na cidade do Rio de Janeiro, em 20 de março de 1917, aos 52 anos de idade.