DESRESPEITO

Joaquim Eloy Duarte dos Santos, Associado Titular, Cadeira n.º 14 – Patrono João Duarte da Silveira

As empresas concessionárias dos serviços públicos de transporte de passageiros inovaram em Petrópolis. Criaram o caos e o absurdo contra os idosos e escolares.

A forma encontrada, para o protesto empresarial contra as leis de amparo aos idosos e escolares, foi a instalação da roleta pela porta da frente, reservando lugares para os idosos em número ínfimo e sob grande aperto porque aquela zona do coletivo está cercada de muitos elementos inibidores de uma circulação menos comprimida.

Acotovelam-se os idosos e escolares em poucos assentos e viajando em pé, com total desconforto, numa crueldade infinita contra aqueles que edificaram a existência das novas gerações e deram sua contribuição em favor do caminhar da sociedade.

A revolta é grande e infelizes idosos não têm como protestar convenientemente porque, no coletivo, se o fazem, recebem agressões verbais e muitos chega-pra-lá. Por outro lado, a criançada das escolas públicas, com o mesmo “direito”, pisoteia, dá trancos, oferece o retrato de suas vidas cercadas pela violência e despreparo social para a vida.

Está na hora da autoridade municipal, que administra a concessão, tomar conhecimento de toda essa crueldade e ordenar que a lei seja cumprida e que se ache uma solução melhor e mais humana.

O idoso petropolitano está sendo tratado como lixo nos coletivos.

Eis a verdade.

Quanto ao transporte de escolares existe uma solução: o Município de Petrópolis poderia dar uma resposta definitiva ao tema do transporte de escolares da rede pública em seus deslocamentos escolares, assumindo o transporte gratuito dos estudantes, mantendo circulando frotas de ônibus escolares, como existem nos principais centros do Mundo. Os famosos ônibus amarelos dos Estados Unidos é exemplo de sucessso no atendimento ao problema. Aliás, com os ônibus escolares, terminaria o problema e a solução apareceria sem aflições e sem prejuizos dos empresários concessionários. E, até, a tarifa escorchante seria minimizada.

É uma questão simples de vontade política e visão administrativa.