VICENTE AMORIM

Gabriel Kopke Fróes, Fundador, Patrono da Cadeira n.º 18

Vicente Amorim, o grande amigo de Petrópolis, nasceu em Vitória, capital do Espírito Santo, a 15 de março de 1873.

Jornalista nato, muito cedo iniciou sua atividade literária com a edição do seu semanário “Meteoro” na terra natal. Dai em diante sua vida de jornalista dos mais brilhantes e fecundos, jamais seria interrompida.

Em 1893, estava ele no Rio Grande do Sul escrevendo no vespertino “O Rio Grande do Sul” e em 1896 em “O Estado”.

Ainda em 1896, Vicente Amorim, já no Rio de Janeiro, ingressou na Imprensa Nacional, passando em breve a fazer parte da redação do “Diário Oficial”.

Em 1914, foi designado para servir junto à Secretaria da Presidência da República no governo do presidente Wenceslau Braz com as funções de encarregado do serviço de informações. Exerceu o cargo até se aposentar do serviço público sem que houvesse gozado licença ou férias.

Na imprensa carioca, teve papel saliente em quse todos os jornais, entre os quais, O Paiz, Gazeta de Notícias, A Época, O Imparcial, Rio-Jornal, A Pátria, e Jornal do Brasil.

Foi como correspondente do “Jornal do Brasil”, no entanto, que Vicente Amorim se identificaria com os petropolitanos. Suas crônicas leves e graciosas, sempre amáveis para Petrópolis e suas coisas, publicadas anos a fio, espontaneamente, no grande jornal carioca, comoveram os filhos da Rainha das Serras, como, então, era chamada a Cidade Imperial. Jamais foi feita melhor propaganda cidadina do que aquelas crônicas.

Fixando residência em Petrópolis, Vicente Amorim logo foi admitido na Academia de Letras e no Instituto Histórico e durante largos anos colaboraria na imprensa local, chegando a dirigir a “Tribuna de Petropolis” durante algum tempo.

A 15 de março de 1952, foram comemorados os 50 anos da vida profissional de Vicente Amorim, ocasião em que “Tribuna de Petrópolis” proclamou-o decano dos jornalistas brasileiros.

Sua colaboração na imprensa petropolitana versou, em geral, sobre a história da cidade, focalizando, entre outros assuntos, o Palácio de Cristal, o Centenário, o Verão, o 29 de Junho, a Estrada de Ferro, a Estrada União e Indústria e a Princesa Isabel. Publicou ainda na Tribuna de Petrópolis de 5 a 13 de julho de 1950 a revista-fantasia “Petrópolis antes e depois”, sendo sua a letra e de Deoclécio Damasceno de Freitas a música.

Os seus últimos anos viveu-os em Areal, localidade, sabidamente, possuidora de clima favorável aos idosos.

Faleceu a 29 de setembro de 1968 aos 96 anos de idade.