FESTIVAL HISTÓRICO

José Afonso Barenco de Guedes Vaz, Associado Titular, Cadeira n.º 11 – Patrono Henrique Carneiro Teixeira Leão Filho

 

Na última segunda feira, 11, o Instituto Histórico de Petrópolis deu início a uma série de comemorações a propósito do octogésimo quinto aniversário de sua fundação, 25 de setembro.

A festividade, presidida pela professora e historiadora Ana Cristina Francisco.

A mesa composta, ainda, pelos ex-Presidentes, professor, poeta, escritor e historiador Joaquim Eloy Duarte dos Santos, professor e historiador Luiz Carlos Gomes, professora e historiadora Maria de Fátima Moraes Argon da Matta e pela professora, também historiadora, Marisa Guadalupe Cardoso Plum e bem assim a ilustre palestrante Cláudia Thomé Witte.

As normas protocolares relacionadas ao Cerimonial e  Relações Públicas ficaram a cargo do advogado, escritor, poeta e historiador Fernando Costa.

A se salientar o número expressivo de associados presentes como, também, de amigos que acorreram à Casa de Cláudio de Souza com a finalidade de prestigiarem o evento, que teve como figura principal e ímpar a escritora e pesquisadora independente sobre história do Império do Brasil – Primeiro Reinado – Cláudia Thomé Witte, biógrafa da D. Amélia de Leuchtenberg.

Usando da palavra sobre o tema que lhe coube palestrar, demonstrou, de plano, conhecimento sobre a vida e obra de D. Amélia, tecendo considerações por pouco mais de sessenta minutos, a propósito da história e de muitos eventos relacionados com a Princesa, segunda esposa de D. Pedro I.

Fez discorrer sobre o nascimento da Princesa, sua linhagem, tudo sendo levado a efeito através de fotos as quais certamente encantaram os presentes.

Com absoluta riqueza de detalhes, demonstrou uma série de situações vividas por D. Amélia, que acabou vir a se casar com D. Pedro I, viúvo de D. Leopoldina falecida em 11 de dezembro de 1826, passando a acompanhá-lo na condição de Segunda Imperatriz do Brasil.

Discorreu, com detalhes, sobre a queda do Império Napoleônico acontecimento que a obrigou, ainda jovem, a deixar a Itália rumo a Baviera.

Na verdade, impossível, em razão da longa explanação levada a termo, deixar aqui consignado tantas informações veiculadas pela palestrante, na realidade uma verdadeira aula que muito agradou ao seleto grupo de pessoas que a assistiram com esmerada atenção.

Imprescindível reiterar, por outro lado, que D. Amélia deixou para os brasileiros notáveis legados, eis que muitos resultaram de atitudes altamente louváveis, a exemplo de haver se dedicado à criação dos filhos órfãos de D. Leopoldina, primeira Princesa casada com D. Pedro I.

Recordou a palestrante a propósito do casamento de D. Amélia com D. Pedro I, inclusive sobre a viagem do Marquês de Barbacena a Portugal com o fito de constatar episódios que chegavam ao conhecimento de D. Pedro I, relacionados com o trono português.

Todavia, como deixou claro, coube ao Marquês encontrar, em terras européias, uma nova esposa para D. Pedro I, recaindo a escolha na figura da Princesa D. Amélia de Leuchtenberg, filha do Príncipe Eugênio de Beauharnais e da Duquesa de Leuchtenberg.

A cerimônia matrimonial deu-se na cidade de Munique, a 2 de agosto de 1829, sendo que o Marquês representou o Imperador na cerimônia em questão.

Foi destacado, em boa hora, no que concerne a atuação de D. Amélia junto ao marido no tocante à aquisição, por parte de D. Pedro I, da fazenda do Córrego Seco, futura sede do Palácio Imperial.

Convicto, posso afirmar que o evento realizado simbolizou honra e glória para os anais do Instituto Histórico de Petrópolis.

Finalizando, a ser destacada a presença do arquiteto, escritor,  pesquisador, historiador, e insigne membro titular do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, Paulo Rezzutti, associado correspondente junto ao IHP, que prestigiou o encontro recebendo merecidos aplausos.

O historiador é também autor de inúmeras obras relacionadas com Brasil Imperial, além de outras relevantes obras que fez publicar.

Por absoluto gesto de gratidão, sobretudo de merecimento com relação aos ex-presidentes do IHP, foram ofertadas aos mesmos medalhas comemorativas do 85º aniversário, recebidas por todos com extrema emoção e sob palmas.

O mesmo se deu, de forma gentil e coberta de delicadeza, por parte da presidente Ana Cristina Francisco, ao ofertar também aos associados, idênticas medalhas.

A se destacar, outrossim, a homenagem prestada ao Instituto Histórico de Petrópolis, no início do evento por parte da Academia Brasileira Casa de Raul de Leoni, na pessoa da Acadêmica Shirley Vilhena, no momento representando a presidente Júlia Gouvêa Schaefer.

O encerramento dos trabalhos concretizou-se através de palavras proferidas pela presidente do Instituto, quando fez traçar considerações no tocante à memorável data que se aproxima, 25 de setembro, salientando, por outro lado, sobre a grande e fundamental colaboração que o IHP vem recebendo por parte de seus associados, finalmente agradecendo a presença das inúmeras pessoas que se fizeram presentes à comemoração daquela irrepreensível noite.

Mas não foi só isso, ao final, foi servido o bolo de aniversário comemorativo à data.

Para nós, associados titulares de tão importante entidade, que propugna, dentre outras, pela investigação, o estudo, a discussão e a divulgação da história, em especial, a de Petrópolis, nossa palavra final pedindo a Deus que esta Arcádia Literária seja sempre coberta de luz e êxitos e, consequentemente, realizando eventos que possam produzir ensinamentos relacionados com seus objetivos estatutários, ainda por muitos e muitos anos, porquanto Petrópolis, Cidade Imperial, assim o merece.