de abril de 1888

Celebrou-se no Palácio de Cristal a “Festa da Liberdade”, isto é, a extinção da escravidão em Petrópolis. Na ocasião a Princesa Isabel entregou solenemente 103 títulos de liberdade aos derradeiros representantes do cativeiro em nossa cidade.

Estiveram presentes ao importante evento o Conselheiro João Alfredo e o abolicionista José do Patrocínio.

2 de abril 

  1. a) de 1887

Faleceu em Petrópolis o Mestre Escola Pedro Jacoby, colono alemão chegado à nossa cidade em agosto de 1845, com a idade de 29 anos, originário de Cappel.

Morador do Quarteirão Palatinato Superior, dedicado professor, continuou lecionando mesmo depois do final da existência da Colônia.

  1. b) de 1909

Faleceu em Petrópolis, Francisco Lemos Faria Pereira Coutinho, 1º Conde de Aljezur, aos 99 anos de idade. Empregou toda a sua existência no exercício da caridade cristã. Foi um dos fundadores no Brasil, em 1872, das Conferências de São Vicente de Paulo. Era fidalgo da Casa Imperial e companheiro inseparável do imperador D. Pedro II em suas caminhadas diárias pelas ruas de Petrópolis.

Acompanhou D. Pedro II ao exílio, só retornando ao Brasil após a morte do monarca.

Possuia a Comenda de 1ª classe da Ordem Sueca da Estrela Polar e tinha o grau de cavalheiro da ordem de Cristo do Brasil, bem como a de São Gregório Magno de Roma.

Era casado em segundas núpcias com D. Anna Saldanha da Gama, virtuosa irmã do Almirante Luiz Felipe Saldanha da Gama.

4 de abril de 1937

Faleceu Frei Luiz Reinke, nascido na Alemanha em 29 de junho de 1872 . Frei Luiz chegou à Petrópolis no dia 2 de janeiro de 1900, no momento em que era fundado o Convento dos Franciscanos em nossa cidade.

Foi o primeiro sacerdote franciscano aqui ordenado e celebrou sua primeira missa em 4 de março de 1900.

Sacerdote de raras virtudes, muito trabalhou para a difusão da fé católica e para a melhoria das condições de vida dos pobres e desamparados.

7 de abril de 1806

O Padre Luís Teixeira Coelho, coadjutor da Freguesia do Inhomirim fez o primeiro batizado no Oratório de Santa Ana do Córrego Seco, na sede da Fazenda da qual Petrópolis se originou.

A criança batizada era filho de José Coelho da Silva, bisneto de Manuel Vieira Afonso e Catarina Josefa de Jesus, proprietários da Fazenda.

9 de abril de 1902

Dom João Francisco Braga foi nomeado Bispo da Diocese de Niterói. Sua entrada em Petrópolis, então sede do Bispado de Niterói aconteceu aos 26 de outubro de 1902.

Sua atuação em Petrópolis foi laboriosa e constante, quer dando às Irmãs do Amparo uma constituição eclesiástica para formar um Congregação Diocesana, quer publicando Cartas Pastorais, sempre com profundo conhecimento e lealdade aos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Com a mudança da sede da diocese para Niterói, foi transferido para Curitiba, onde durante 28 anos exerceu as funções de bispo e arcebispo, com grande zelo e humildade.

Após resignar ao Arcebispado, retornou a Petrópolis, onde faleceu no Sanatório São José, aos 13 de outubro de 1937.

12 de abril de 1856

O Imperador D. Pedro II procede à inauguração dos trabalhos da Estrada União e Indústria, sendo o 1º a colocar uma camada de macadame  no leito da estrada. Para comemorar o fato foi colocada uma lápide de mármore no local e que ainda hoje existe na atual Avenida Barão do Rio Branco.

À noite houve ceia na primitiva casa da Fazenda do Córrego Seco, discursando na ocasião o senhor Cristiano Otoni.

13 de abril

  1. a) de 1902

Faleceu em Petrópolis, o Cel. José Cândido Monteiro de Barros, proprietário de grande extensão de terras no Município, pertencendo-lhe as Fazendas do Retiro de São Tomás e São Luiz, Engenhoca, Olaria, Rio da Cidade, Benfica e Arca, algumas das quais eram imensos latifúndios.

José Cândido Monteiro de Barros cursou Humanidades no Rio de Janeiro e, posteriormente, o famoso Colégio Caraça em Minas Gerais. Casou-se em primeiras núpcias com sua prima D. Mariana Angélica Moreira Guimarães, filha dos proprietários das fazendas da Olaria e Rio da Cidade e, em segundas núpcias, com outra prima, D. Deolinda Amália Cardoso de Lemos. Era Coronel da Guarda Nacional e exerceu inúmeros cargos políticos de eleição.

  1. b) de 1946

Criação da Diocese de Petrópolis pela Bula “Pastoralis qua urgemur”, do Papa Pio XII.

Para pastoreá-la, o Papa Pio XII escolheu Monsenhor Manoel Pedro da Cunha Cintra, Reitor do Seminário Central do Ipiranga e Visitador dos Seminários do Brasil, que chegou a Petrópolis em 25 de abril de 1948.

Sob sua inspiração surgiram o Seminário Nossa Senhora do Amor Divino, as Faculdades Católicas Petropolitanas, transformadas em Universidade a 20 de dezembro de 1961 e tantas outras realizações que transformaram Petrópolis num centro cultural e religioso conhecido em todo o Mundo.

14 de abril de 1843

Nasceu no Rio de Janeiro, Cláudio Velho da Mota Maia, médico formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1866.

Em 1880 foi nomeado médico da Casa Imperial, conservando-se no cargo até o falecimento de Dom Pedro II.

Dirigiu o tratamento ministrado ao Imperador na Europa e só retornou ao Brasil, após o falecimento deste.

21 de abril de 1925

Inicia seu paroquiato na Matriz de São Pedro de Alcântara o Padre Conrado Jacarandá. Nascido no Rio de Janeiro, a 18 de dezembro de 1891, foi ordenado sacerdote em 19 de dezembro de 1914.

Transferido para Petrópolis, substituiu Monsenhor Theodoro da Silva Rocha, revelando-se desde logo um sacerdote de raras virtudes e privilegiada inteligência, impondo-se à admiração e ao respeito de seus paroquianos.

Dedicou grande atenção às obras de assistência social, fundando o Patronato “O Cruzeiro”, instituto profissional que procurava dar à juventude instrução primária e profissional.

Possuidor de grandes pendores literários, editou a Revista “O Cruzeiro”, órgão oficial da Paróquia e do Patronato que, pela excelência de seus artigos, teve grande influência na cultura petropolitana.

Conquistou, deste modo, grande prestígio em nossa cidade, tendo recebido grande manifestação de carinho por parte de seus paroquianos, quando de sua transferência para Niterói, onde assumiu o posto de Vigário Geral da Diocese.

Perfeito humanista, cultor das letras clássicas, foi admitido na Academia de Letras de Petrópolis, em 25 de março de 1928 e, posteriormente, na Academia Fluminense de Letras, tendo sido também membro da Associação Brasileira de Imprensa.

Em reconhecimento aos inestimáveis serviços que prestou à causa da Igreja, a Arquibasílica Lateranense lhe outorgou a “Cruz Áurea Lateranense”. Faleceu em Niterói, a 12 de setembro de 1943. 

22 de abril de 1896

Faleceu em Petrópolis o Coronel Amaro Emílio da Veiga, nascido na ilha de São Miguel, Açores, vindo para o Brasil em companhia dos pais, em 1820.

Assentou praça de guarda-marinha e concluiu com louvor o curso na Academia de Marinha em 1834.

Quando deputado à Assembléia Legislativa da Província do Rio de Janeiro, foi o autor do projeto de elevação de Petrópolis à categoria de cidade, que defendeu calorosamente, sacrificando inclusive sua carreira militar, obrigado que foi a reformar-se.

Foi sepultado no Rio de Janeiro, no cemitério São Francisco de Paula.

30 de abril de 1854

Inauguração solene de 16 quilômetros  de Estrada de Ferro, ligando Raiz da Serra a Mauá, em presença do Imperador e sua comitiva. A inauguração desta estrada de ferro, a primeira do Brasil, valeu ao seu construtor Irineu Evangelista de Sousa o título de Visconde de Mauá.

Mais tarde os irmãos Calógeras e o engenheiro Berrini, de acordo com a Companhia Mauá, requereram e obtiveram do governo provincial o privilégio constante de seu contrato, celebrado em vista de estudos e plantas anteriormente feitos, a concessão para prolongamento da referida estrada de ferro de Petrópolis à São José do Rio Preto.