AFONSO, JOSÉ VIEIRA (SARGENTO-MOR)

Gabriel Kopke Fróes, Fundador, Patrono da Cadeira n.º 18

José Vieira Afonso nasceu, presumivelmente, na Fazenda dos Vieiras, no Sardoal, por volta dos anos de 1770 a 1775, filho de Manuel Vieira Afonso e Catarina Josefa de Jesus. Seu pai, residente até 1756-1757 em Inhomirim, na baixada, mudara-se para a Quadra do Secretário.

Serra acima, nasceram, à exceção dos primogênitos, os filhos do casal, todos aí criados, estabelecidos e casados.

José Vieira Afonso, o mais estimado e conhecido da geração dos Vieiras, casara-se com Rita Maria de Jesus, tornando-se abastado fazendeiro entre Areal, Cebolas e Bemposta e só vinha ao Córrego Seco em visita aos velhos pais. Era ele dono de vasta área de terras em que se situavam as capelas de São Silvestre, Santa Cruz e Santo Antônio do Engenho e devia ser homem muito importante e popular, pois que, tanto a gente humilde, como as famílias fidalgas, o convidavam, amiúde, para padrinho de batizados e casamentos.

A 3 de julho de 1807, foi nomeado para o posto de alferes da 5ª Companhia do Regimento de Infantaria de Milícias de Inhomirim e, subindo a escala de dignidades, em 1810 seu nome apareceu como capitão, anos depois como major e, de 1822 em diante, era Sargento-Mor.

Era, ademais, Cavaleiro da Ordem de Cristo, fidalgo, portanto.

Foi a 17 de abril de 1828 que, por morte dos pais, José Vieira Afonso entrou na posse legítima da Fazenda do Córrego Seco, ou seja das terras que hoje constituem a cidade de Petrópolis.

Mas, por pouco tempo, visto que, aos seis dias do mês de fevereiro do ano de mil oitocentos e trinta, o Córrego Seco era vendido a Sua Majestade Imperial Dom Pedro I.

O Sargento-Mor José Vieira Afonso que em seu testamento houvera protestado viver e morrer em sua fé católica, encomendando a alma à Santíssima Trindade e rogado à Gloriosa Virgem Maria e aos anjos de sua guarda que por ele intercedessem quando se fosse do mundo – faleceu em S. José do Rio Preto, atual 5º Distrito de Petrópolis, a 26 de janeiro de 1852.