DISCURSOS – SAUDAÇÃO DE RECEPÇÃO AO ASSOCIADO TITULAR FLÁVIO MENA BARRETO NEVES NO IHP
Alessandra Bettencourt Figueiredo Fraguas, Associada Titular, Cadeira nº 27 – Patrono José Thomáz da Porciúncula
Senhora Presidenta do Instituto Histórico de Petrópolis, Maria de Fátima Moraes Argon da Matta, demais membros da Diretoria, Confrades e Confreiras, Senhores e Senhoras:
Boa noite a todos!
Foi com imensa alegria que recebi o convite da Sra. Presidenta para saudar o novo associado titular do Instituto Histórico de Petrópolis, FLAVIO MENNA BARRETO NEVES, e gostaria de agradecer publicamente tamanha honra e confiança.
Flavio Menna Barreto Neves é carioca, vivendo em Petrópolis desde a década de 1970. É jornalista, com mais de 30 anos de carreira.
Trabalhou em jornais, rádio e emissoras de TV. Foi assessor de imprensa do Sebrae; integrou a equipe de comunicação social do governo do Prefeito Rubens Bomtempo, entre 2001 e 2004, exercendo o cargo de secretário-chefe de Gabinete no segundo mandato deste prefeito, de 2005 a 2008, período em que coordenou os trabalhos de implantação do Cefet-Petrópolis.
É sócio da Roteiro Produções, empresa que há mais de dez anos se dedica a serviços de comunicação e a projetos culturais com foco em aspectos da História de Petrópolis.
Em 2009, lançou o livro “Apostas Encerradas – O Breve Império do Cassino Quitandinha”, primeira obra a contar a história do hotel-cassino.
É coautor de “Traços de Koeler – A Origem de Petrópolis a partir da Planta de 1846”, escrito com a nossa confreira Eliane Zanatta.
Em 2019, a convite do SESC, assinou a produção executiva da exposição “Memória Quitandinha”, comemorativa de seus 75 anos, a qual possui caráter permanente.
Atualmente, se dedica ao projeto de restauração e digitalização do acervo da César Nunes Produções.
O confrade Flavio Menna Barreto passa a ocupar a cadeira de nº 24, cujo patrono é o professor Henrique Pinto Ferreira (1883-1948). Cadeira, anteriormente, ocupada por Manoel de Souza Lordeiro, de 1993 a 2008, e, mais recentemente, por Paulo José de Podestá Filho.
Assim como o professor Pinto Ferreira, Flavio também não é petropolitano de nascença, já que o patrono nascera em Guimarães, no norte de Portugal. Ambos, porém, adotaram a cidade de Petrópolis para viver e trabalhar. Foram acolhidos pelos petropolitanos, a quem também escolheram como concidadãos.
Os dois, ainda que passadas tantas décadas, convergem nos esforços sempre necessários para a salvaguarda e a comunicação da história de Petrópolis. Ambos jornalistas. Flávio por formação, o professor Pinto Ferreira por exercício comum aos intelectuais de sua época.
O professor Pinto Ferreira viveu o auge das suas atividades educativas em Petrópolis, nas décadas de 1920 a 1940, configurando-se como um intelectual que exercia diversas funções ao mesmo tempo, e não se dedicava apenas a uma especialização, como hoje estamos acostumados, embora o magistério fosse, sem dúvida, o seu alvo maior.
Em um momento ímpar da nossa cidade – que vigorou desde as comemorações do centenário de nascimento de D. Pedro II, em 1925, até as celebrações do Centenário de Petrópolis, em 1943 – quando os esforços voltaram-se para a recuperação da história de Petrópolis, desde a criação da Povoação-Palácio até o tempo presente, lá estava o professor Pinto Ferreira lecionando, formando novas gerações, escrevendo para os jornais, atuando em instituições educacionais e culturais.
Para traçarmos um paralelo, pensamos no contexto atual, onde mais do que nunca é VITAL o comprometimento com a cultura, a memória e a história. Esse será, ou continuará sendo, o seu desafio, Flavio.
Cabe reiterar que, enquanto agremiação que congrega especialistas de diversas áreas do conhecimento, o Instituto Histórico de Petrópolis visa perenizar por seus trabalhos e reflexões o conhecimento histórico, unindo-o à defesa do patrimônio cultural e, sobretudo, da memória.
É o que nos move e o que nos traz esperança!
O professor Pinto Ferreira deixou registrado, em dezembro de 1940, no Jornal Pequena Illustração, o seguinte excerto autobiográfico:
Quando pela imprimadura esbatida das minhas recordações de menino, alongo os olhos de fantasia, tangida pelas saudades que a nostalgia aumenta, eu sinto a imaginação, arrebatada em desvarios, alçar-se em sonhos que, avultando, se concretizam numa verdade tangível, em perspectivas de realidade insofismável. [1]
[1] Cf. Jornal Pequena Illustração, Ano X, nº 481, de 1 de dezembro de 1940, p. 4. Disponível em: http://dami.museuimperial.museus.gov.br/ Acesso em: 27 de Jun. 2021.
Que essas palavras sejam inspiradoras para você, Flavio!
Ciente da importância deste momento, em meu nome e no nome de todos associados e associadas do Instituto Histórico de Petrópolis, cumprimento e dou as boas-vindas ao novo Associado Titular que, com certeza, abrilhantará o nosso Instituto com sua presença, parceria, trabalhos e contribuições.
Seja muitíssimo bem-vindo FLAVIO MENNA BARRETO NEVES!