JOÃO PAULO II

Joaquim Eloy Duarte dos Santos, Associado Titular, Cadeira n.º 14 – Patrono João Duarte da Silveira

As estridentes trombetas do passado guerreiro, os espocares das metralhas das guerras hodiernas, a falsidade humana do egoísmo atávico, silenciam na noite do espanto anunciado.

Chegam reis e paupérrimos homens de todos os limites da Terra para honrar o Homem que parte para a santidade.

O corpo é exposto ao Mundo inteiro, como jamais ocorrera; eis que a mídia poderosa divulga o desenlace e toda a preparação para o sepultamento.

A serenidade do rosto, as mãos postas em oração, o corpo untado com as vestes santas, aureolam a beleza daquela Vida de extremada entrega aos Homens de Boa Vontade.

Juntam-se aos piedosos os ímpios; anelam-se nos cumprimentos ao derredor os áulicos da subserviência aos pecados mortais do Mundo; acercam-se mãos em oração devota junto a lágrimas de sincero sentimento; poderosos ajoelham seus olhares últimos em reverência protocolar; júbilo do Infinito pelo cumprimento dos desígnios de Deus.

O Papa deixa o sofrimento do corpo espalhar-se pela serenidade da matéria inerte enquanto as lágrimas sinceras do mundo balsamam gotas de amor pelo conturbado planeta.

A esfera comprime-se diante da pressão do sentimento e, por segundos mágicos, aformosea-se em coração latente deixando o Universo ofuscado pela luz intensa que dele parte e celeremente funde-se ao Infinito.

Prosterna-se a Humanidade diante de um grande líder que fez do amor, da coragem, do desassombro, da sinceridade, da fraternidade, da sabedoria, da presença encantada, do respeito humano, da compreensão ecumênica, da luta pela Paz, pela face bondosa mesmo que em esgar de sofrimento…

Enfim, criatura humana porfiante, sinta o verdadeiro Amor nessa partida que há-de de ser corolário de novo tempo, continuando o projeto do Santo Papa.

Do Papa Santo.

A Igreja Católica, Apostólica, Romana, do Mundo, do Brasil, e todos os credos justos e efetivamente perto de Deus, estende os braços do Papa a todos de Boa Vontade.

O santo surge pela vontade de Deus e por suas obras no Universo.

“Habemus Papam” e que seja da mesma santidade daquele que hoje beija o Céu como sempre osculou todas as terras nas quais peregrinou pela Santa Paz.

Graças a Deus!