13 de junho
a) de 1845
Chega ao Rio de Janeiro o brigue francês “Virginie”, que saíra de Dunquerque, na Alemanha, a 24 de abril, com a primeira leva de colonos alemães.
Os 161 colonos, foram acomodados em Niterói, debaixo de um telheiro, próximo às obras da Igreja local, de onde foram transportados para o Arsenal de Guerra da Corte, em barcas a vapor. Dali partiram em faluas para o Porto da Estrela e daí a pé, fazendo escala pela Fábrica de Pólvora e no meio da Serra, até a Fazenda do Córrego Seco, onde chegaram a 29 de junho de 1845.
b) de 1858
Posse efetiva do Padre Nicolau Germain, como Vigário de Petrópolis, sendo interino desde 1854. Foi o fundador do Colégio Santa Isabel, em 1864, destinado inicialmente, a ser um educandário para meninas necessitadas, e que foi instalado numa pequena casa alugada, na atual Rua Marechal Deodoro. Posteriormente, mudou-se para um prédio pertencente à Condessa do Rio Novo, à Rua do Imperador.
Pelos relevantes serviços prestados, o Padre Nicolau Germain foi agraciado com o hábito da Ordem de Cristo, cujo distintivo respectivo foi adquirido por subscrição popular, sendo-lhe entregue em 1º de janeiro de 1862.
16 de junho
a) de 1804
Nasce em Mainz (Alemanha), Júlio Frederico Koeler, filho do professor Jorge Luís Koeler e Helena Almelung. Veio para o Brasil em 1828, para servir como tenente do nosso exército.
Em 1845, arrendou a Fazenda do Córrego Seco e, fundada Petrópolis, iniciou os entendimentos para sua colonização, elaborou a planta da futura Petrópolis e dirigiu as obras da construção do Palácio Imperial de janeiro de 1845, até o seu falecimento, em 21 de novembro de 1847.
b) de 1897
Fundação em Petrópolis do Colégio Santa Catarina, pela Ordem Religiosa das Irmãs de Santa Catarina, tendo como objetivo a educação de meninas descendentes de alemães, educando-as e catequizando-as.
O Colégio foi instalado à Rua Montecaseros, em excelente prédio ali existente e iniciou suas atividades sob a supervisão das irmãs Rosa Woywood, Hemengard Prenschoff, Crescencia Bleise e Daria Bechmam.
17 de junho de 1859
Instalação e posse da 1ª Câmara Municipal de Petrópolis. Foram eleitos para a primeira legislatura, os seguintes vereadores: Amaro Emílio da Veiga, Tomás José da Porciúncula, Albino José de Siqueira, Manuel Francisco de Paula, José Pinheiro de Siqueira, Manuel Cândido do Nascimento Brito, Augusto da Rocha Fragoso, João Batista da Silva e José Calazans Rodrigues de Andrade. A Câmara foi inicialmente instalada numa casa localizada à Rua Paulo Barbosa.
Albino José de Siqueira foi o primeiro presidente da Câmara, substituindo o Coronel Veiga que não pôde tomar posse do cargo, tendo assumido a presidência logo na sessão de posse.
Proprietário e ex-vereador na Vila da Estrela, cuja Câmara também presidira, era Oficial da Guarda Nacional e foi agraciado por D. Pedro II com os graus de oficial da Ordem da Rosa e cavaleiro da ordem de Cristo.
20 de junho
a) de 1882
Nasce, em Petrópolis, Walter Bretz, filho de Felipe Bretz e Maria Elias Auler Casqueiro. Foi funcionário público, jornalista e escritor, especialmente dedicado à História de Petrópolis.
Escrevendo sob o pseudônimo de João de Petrópolis, foi um jornalista atuante, que ajudou a fundar a Tribuna de Petrópolis. Historiógrafo de grandes recursos, contribuiu enormemente para a reconstituição da memória petropolitana.
Era sócio fundador da Academia Petropolitana de Letras e do Instituto Histórico de Petrópolis, tendo sido agraciado com inúmeros títulos e condecorações.
b) de 1905
Frei Ambrósio Johanning concluiu as obras da Igreja de Santo Antônio do Alto da Serra, sendo sagrado o referido santuário por D. João Francisco Braga, bispo diocesano.
Cinco dias mais tarde, frei Ambrósio celebrou missa solene, durante a qual foi executada pela primeira vez a Missa de Santo Antônio, expressamente composta para a solenidade, sendo o coro acompanhado pela orquestra do maestro Paulo Carneiro.
23 de junho de 1861
Inauguração total da Estrada União e Indústria, ligando Petrópolis a Juiz de Fora, numa extensão de aproximadamente 147 km.
O importante empreendimento de Mariano Procópio Ferreira Lage, foi inaugurado pelo Imperador D. Pedro II, que percorreu todo o trajeto, sendo alvo de calorosas manifestações, sobretudo em Pedro do Rio, onde a Companhia União e Indústria possuía uma estação com casa para a administração. Ali o Imperador e sua comitiva foram recepcionados.
25 de junho de 1825
Faleceu na Fazenda do Córrego Seco D. Catarina Josefa de Jesus. Recebeu os sacramentos e foi amortalhada com o hábito de São Francisco de Assis, sendo sepultada no Inhomirim. D. Catarina Josefa era viúva de Manoel Vieira Afonso, natural da ilha de São Miguel e lº proprietário da Fazenda do Córrego Seco.
Para festejar suas bodas de ouro em 1806, o casal instalou na Fazenda a capela de Sant’Ana, onde foi celebrada missa em ação de graças. Convém lembrar que a sede da fazenda ficava localizada à atual rua Marechal Deodoro, exatamente no local onde hoje se ergue o Edifício Pio XII.
29 de junho de 1845
Chegam à Fazenda do Córrego Seco os primeiros colonos alemães. Cada casal recebeu um prazo de terras que lhes foi aforado em enfiteuse perpétua, cujo foro, variável segundo o tamanho e a localização do lote, seria pago a partir do oitavo ano.
A operosidade e costumes ordeiros dos colonos foram objeto de grandes elogios por parte de Aureliano Coutinho, Presidente da Província e do próprio Major Koeler que a respeito dos mesmos assim se pronunciou: “…são os colonos pessoas laboriosas, honestas, amigas da boa ordem, respeitadoras da lei e muito religiosas…”
Os colonos alemães, em sua maioria artífices, deram sólida base ao surgimento das primeiras manufaturas, preconizando o futuro industrial de Petrópolis.
30 de junho de 1846
Em comemoração ao lº aniversário da chegada dos colonos alemães à antiga Fazenda do Córrego Seco, ocorrida em 29 de junho de 1845, realizou-se na Praça da Confluência, uma solenidade religiosa das mais significativas, congregando imigrantes e as mais destacadas autoridades da colônia e do país.
Foram erguidos no local um altar e uma cruz de madeira e o Internúncio Apostólico , Monsenhor Gaetano Bedini celebrou a Santa Missa, pronunciou vigoroso sermão e regularizou a situação religiosa de um grande número de colonos, ministrando-lhes os diversos sacramentos da Igreja Católica.