PRIMÓRDIOS DA COMPANHIA PETROPOLITANA NO QUARTEIRÃO WESTFÁLIA

Paulo Roberto Martins de Oliveira, ex-Associado Titular, Cadeira n.º 10 – Patrono Carlos Grandmasson Rheingantz, falecido

Os dados históricos que teremos, iniciam-se no ano de 1872, quando das primeiras notícias da presença em Petrópolis do empresário cubano BERNARDO CAYMARI, pois nesta época ele efetuava a compra de um terreno no Quarteirão Westfália e em seguida, e por autorização do Governo Imperial, deu início à construção de uma fábrica, denominada Companhia Petropolitana de Fiação e Tecidos.

O motivo principal deste estudo ou ensaio é justamente dirimir inúmeras dúvidas e controvérsias, apresentadas em trabalhos publicados em várias épocas e por diversos autores, pois estes pouco ou quase nada informaram sobre a localização, o princípio e o desenvolvimento do primeiro espaço fabril da Companhia Petropolitana.

Este estudo que ora apresento, é o resultado de muitas horas de pesquisas realizadas em vários documentos de diversos arquivos, sendo o primeiro e principal o da Cia. Petropolitana, instalado nas dependências desta empresa, na localidade de Cascatinha – 2º Distrito de Petrópolis. Os demais arquivos e pesquisas feitas em outras fontes, quando não forem indicadas no decorrer dos assuntos, serão apresentados em dados bibliográficos no final deste trabalho.

A princípio comentarei sobre a localização do empreendimento, ou seja, o terreno e suas origens, o primeiro foreiro com breves dados históricos, os primeiros estudos do projeto de construção da fábrica e a compra das terras, os primitivos acessos aos terrenos, a transcrição da primeira Ata da Assembléia Geral da Companhia e as demais atas com os seus principais assuntos, e nos quais apresentarei algumas considerações, os primeiros operários da fábrica com os seus dados pessoais e profissionais, um histórico sobre Bernardo Caymari (1º presidente e principal fundador da Companhia Petropolitana), algumas considerações finais e, por fim, teremos os dados bibliográficos.

Os primeiros dados relativos às terras onde foi edificado o prédio principal e os demais anexos da fábrica, relacionam-se com duas subdivisões do prazo de terras n.º 4043 do Quarteirão Westfália. Em 1869, este prazo foi outorgado ao primeiro foreiro, o Sr. José Vieira de Christo.

Quanto ao Quarteirão Westfália, este é um dos quarteirões da Imperial Fazenda de Petrópolis que consta da 1ª planta urbanística geral, projetada e elaborada em 1846 pelo Major Engenheiro Júlio Frederico Koeler.

Pela planta de Koeler, foram, no Quarteirão Westfália, demarcados e aforados quarenta prazos de terras – do 4001 ao 4040, sendo 20 reservados para os imigrantes colonos germânicos e os demais prazos foram para atenderem a outros foreiros.

Em 1850 houve mais aquisições de terras para o domínio útil particular de Sua Majestade Imperial – o Imperador D. Pedro II e parte destas novas terras que estão localizadas após a Ponte do Retiro à margem direita do Rio Piabanha, foram anexadas ao Quarteirão Westfália.

Com o bom aproveitamento da nova área de terra adquirida pelo Imperador, foram demarcados mais quatro prazos de terras – do 4041 ao 4044, sendo os dois últimos, e em datas alternadas, aforados ao Sr. José Vieira de Christo. A primeira compra realizada por este senhor foi a do prazo n.º 4043 – registro n.º 1486 – com a superfície de 17.689 braças quadradas (equivalente à 38.915,80 metros quadrados), com testada para a margem direita do Rio Piabanha, até sua confluência com o Rio Itamaratí.

Numa breve digressão, vale mencionar que na confluência dos Rios Piabanha e Itamarati encontra-se um marco de pedra denominado “Marco das Carrancas’, sendo este um dos pontos limítrofes das terras da Imperial Fazenda de Petrópolis.

Em 10/08/1871 foi realizada a escritura de aforamento do prazo acima citado e nesta constando o pagamento de foro desde 01/07/1869. A escritura de venda deste prazo encontra-se registrada no livro n.º 3 de notas, às fls. 106 v. e 107 – no 1º Ofício de Justiça da Comarca de Petrópolis.

Quanto a José Vieira de Crhisto, nota-se a sua presença em Petrópolis a partir de 30/04/1862, quando do nascimento do seu primeiro filho, Francisco Vieira Christo. Era este senhor de origem portuguesa, nascido em 1831 em Ilha Terceira nos Açores, filho de Manoel Vieira e de Marianna Theodora. Faleceu em 07/06/1893 em Cascatinha – Petrópolis. Além de Francisco, nasceram mais oito filhos e através destes deixou uma numerosa descendência.

Vale mencionar que o Sr. José foi proprietário de muitas terras na localidade da Cascatinha, pois, além do prazo de terras n.º 4043 anteriormente citado, adquiriu mais um da Imperial Fazenda, o de n.º 4044, do mesmo quarteirão e em 1877, comprou ao foreiro Manoel Joaquim Gonçalves o prazo n.º 5064 do Quarteirão Princesa Imperial. Nestes terrenos construiu muitas casas de aluguel, das quais algumas em condições inalteradas ainda existem, como por exemplo a de n.º 33 da Estrada da Cascatinha, situada no Quarteirão Westfália.

Muitas foram as iniciativas de José Vieira de Christo, pois, em várias ocasiões, promoveu meios para o desenvolvimento do 2º Distrito.

Entre tantos feitos e cooperações, vale mencionar que no final do ano de 1872 ou início de 1873, o Sr. José construiu uma estiva (em condição provisória) sobre o Rio Itamarati, em frente ao seu prazo de terras de n.º 4044, para apenas permitir o transporte de madeiras (compradas da fazenda do Sr. Alexandrino na localidade de Araras), com destino aos seus terrenos, para atenderem as construções dos seus prédios e também para as primeiras obras relacionadas à fábrica de Caymari.

Passados alguns anos, isto é, aos primeiros dias do mês de janeiro de 1878, o Sr. José mandou demolir a estiva, pois esta encontrava-se em estado de ruína e praticamente desativada. Apenas uma ou outra pessoa arriscava-se, de vez em quando, a passar pela mesma.

Porém, num certo dia, o Sr. José foi surpreendido com a visita de um fiscal da municipalidade, que, além de aplicar-lhe multa, intimou-o a reconstruir a estiva. Ora, havia uma passagem mais segura, através de uma ponte construída entre 1873 e 1874 pelo Sr. Bernardo Caymari, dando acesso um pouco mais adiante para o mesmo local, que era para a Estrada Geral de Minas. Portanto, não havia cabimento para tal exigência. Em resumo, o ato do fiscal foi considerado sem efeito e tudo voltou à normalidade.

Em princípio do ano de 1872, o empresário Bernardo Caymari, com o propósito de instalar uma indústria de fiação e tecelagem no município de Petrópolis e aproveitando-se do incentivo e apoio do Governo Imperial, empreendeu a procura de um terreno que tivesse como localização à margem de um rio, para que, com o aproveitamento de suas águas, pudesse obter meios hidráulicos para movimentar as máquinas de sua fábrica.

Entre os vários locais visitados e disponíveis, escolheu as terras que margeiam o lado direito do Rio Piabanha, próximo ao local onde se situam as suas maiores quedas d’água, sendo uma delas conhecida como Cascatinha ou Cascata do Retiro do Bulhões, a qual aparece pela primeira vez indicada na planta “Imperial Cidade de Petrópolis e os seus Quarteirões Coloniais”. Esta planta foi, em 1861, projetada e elaborada pelo Major Taunay.

Vale ressaltar que a denominação “Bulhões” relaciona-se ao nome do Dr. Antônio Maria de Oliveira Bulhões, o engenheiro chefe da construção da Estrada União & Indústria, iniciada por ele em 12/04/1856 e que compreendia o trecho fluminense partindo de Petrópolis, até a divisa com o Estado de Minas Gerais.

Em entendimento com o proprietário das terras selecionadas, iniciou Caymari o processo de aquisição do terreno.

Antes, porém, procurou Caymari um especialista em cálculos de força motriz. Para tanto, em janeiro de 1872, contratou os serviços do Engenheiro André Rebouças, para além dos cálculos citados, fizesse-lhe o estudo do nivelamento do terreno e a planta de construção da fábrica.

Em 04/03/1872 André Rebouças entregou a Caymari os estudos com o projeto completo do empreendimento e, nos primeiros dias do mês de dezembro do corrente ano, iniciaram-se a limpeza e o preparo do terreno para receber as primeiras obras.

A aquisição do terreno ocorreu em 21/11/1872, quando parte do prazo n.º 4043 do Quarteirão Westfália foi desmembrado e deste surgiu o prazo de subdivisão n.º 4043-A, cuja Escritura de Aforamento recebeu o n.º 277. Esta subdivisão passou a contar com a superfície de 5.540 braças quadradas (equivalente à 12.188,00 metros quadrados), fazendo este terreno testada para a margem direita do Rio Piabanha e estendendo-se até a confluência deste com o Rio Itamarati.

Em 25/11/1872 foi realizada a transferência do terreno acima citado a Bernardo Caymari, por compra que fez ao foreiro José Vieira de Christo e sua mulher a Sra. Maria Theodora (Christo).

O prazo de subdivisão acima citado foi adquirido pela quantia de 600$000 (seiscentos mil réis) e do qual Bernardo Caymari pagou o laudêmio e, no ato, apresentou a Escritura Pública.

Precisando Caymari de mais espaço para atender ao seu empreendimento, comprou em 01/01/1873 do Sr. José Vieira de Christo mais uma porção de terras do prazo n.º 4043, formando o prazo de subdivisão 4043-B, cujo título de aforamento recebeu o n.º 282. Esta subdivisão passou a contar com a superfície de 1.028 braças quadradas (equivalente à 2.261,60 metros quadrados), fazendo testada para o prazo de subdivisão e também de sua propriedade de n.º 4043-A. Pagou 100$000 (cem mil réis) pela compra deste terreno. Em 22/11/1873 promoveu a transferência do mesmo na Superintendência da Imperial Fazenda, onde apresentou a Escritura Pública e neste ato pagou 2$000 (dois mil réis) pela dita transferência.

Na Escritura Pública acima mencionada, consta que José Vieira de Christo se obrigou a dar passagem livre para a Estrada União & Indústria pelo caminho (denominado em 1896 de Estrada da Cascatinha) e pela ponte que existiam (esta ponte ficava a uns trinta ou quarenta metros antes da atual) para atender aos transportes de materiais e também ao pessoal concernente à empresa que instalava-se no dito local. Da mesma forma, se obrigou Bernardo Caymari a dar sempre passagem aos outorgantes vendedores pelo Caminho Superior que era apenas em parte cortado pelo terreno vendido.

Vale informar que o Caminho Superior era um dos acessos à Gruta das Saudades, sendo este um dos belos recantos que existiram em Petrópolis e que em meados do século XIX era muito visitado e apreciado.

O Caminho Superior também propiciava meios de comunicações, através do Vale do Itamarati com a Estrada Geral de Minas, principalmente na parte baixa do trecho, hoje conhecido como Rua Quissamã. Este caminho iniciava-se próximo à Ponte do Retiro, margeava em parte o lado direito do Rio Piabanha, adernava a vertente do morro do prazo 4043 do Quarteirão Westfália, precipitava-se em direção à margem esquerda do Rio Itamaratí e tomava rumo, à direita, para a Gruta das Saudades, passando pelas encostas das montanhas dos Quarteirões Princesa Imperial e Mineiro.

Sem querer alongar o assunto, porém, o mesmo merece uma ressalva; nas imediações da Gruta das Saudades, ligava-se o Caminho Superior a uma trilha também conhecida como Picada das Saudades. Iniciava-se esta à margem esquerda do Rio Almeida Torres, no trecho final da Rua de Joinville (atual Av. Ipiranga), e por volta de 1880 a picada teve alguns melhoramentos e a denominaram de Estrada da Saudade.

Dando seqüência ao nosso roteiro de estudos, teremos a seguir tudo o que relaciona-se com a instalação da fábrica de Bernardo Caymari e, para tanto, apresento primeiramente a transcrição da primeira Ata da Assembléia Geral da Companhia Petropolitana, realizada em sessão de 20/09/1873.

” Achando-se reunidos nesta cidade do Rio de Janeiro e no escritório da Rua São Pedro n.º 2 os Senhores: Bernardo Caymari, José Maria Mora e Themistocles Petrocochino, Diretores da Companhia Petropolitana. Em virtude do artigo 17 dos seus Estatutos, aprovados pelo Governo Imperial, por Decreto n.º 5407 de 17 do corrente mês e ano, que, concedeu à mesma Companhia a autorização para funcionar, utilizar as águas do Rio Piabanha e repreza-las para atender ao funcionamento das máquinas hidráulicas.
Foi resolvido por proposta do Sr. Bernardo Caymari que, de conformidade com a última parte do artigo 29 dos Estatutos, se declarasse a Companhia instalada e que a Diretoria assumisse desde já a administração dos negócios.
Foram em seguida nomeados: para Presidente o Sr. Bernardo Caymari, para Secretário o Sr. Themistocles Petrocochino e para Tesoureiro o Sr. José Maria Mora.
Comunicou o Sr. Presidente, ter alugado para a Companhia, o escritório em que se achavam reunidos por 35$000 (trinta e cinco mil réis) por mês. Sendo tudo aprovado.
Resolveu-se mandar proceder a regularização da Companhia, como é determinado por Lei, ficando autorizadas todas as despesas necessárias, bem como as relativas à escrituração, expediente e arranjo do escritório.
Foi também resolvido convidar os acionistas a realizarem a primeira entrada de 50% ou 50$000 (cinqüenta mil réis) por ação até o dia onze de outubro próximo futuro no escritório da Companhia.
Tratando-se da aquisição da Fábrica conforme determina o artigo 1º dos Estatutos. Apresentou o Sr. Caymari os títulos que o constituíam proprietário dos terrenos e edifícios no lugar denominado Cascatinha. Os quais estando na devida forma, foi a sua aquisição para a Companhia, contratada sob as condições seguintes: pela soma de 450.000$000 (quatrocentos e cinqüenta contos de réis)”.

Numa breve digressão, apresento os dados principais da escritura dos terrenos. Estes se encontram registrados no livro n.º 4 às fls. 64 e 65 no arquivo do 1º Ofício de Justiça da Comarca de Petrópolis. A Escritura de venda dos prazos 4043-A e 4043-B, localizados no Quarteirão Westfália, que fazem Bernardo Caymari e sua mulher a Sra. Amália Goicouria (moradores na côrte) e que foram representados neste ato pelo seu procurador o Dr. Antônio José Ribeiro à Companhia Petropolitana, situada no Quarteirão Westfália e representada pelo seu Diretor Tesoureiro o Sr. José Maria Mora, morador em Petrópolis, foi efetuada pela quantia de 600$000 (seiscentos mil réis).

“1º O empresário fica obrigado a passar a respectiva escritura de venda à Companhia, e além do edifício da Fábrica, faz entrega de todos os terrenos, pontes, estradas e tudo o mais no estado em que se acham.
2º Será mais fornecido pelo empresário. O edifício de um só pavimento suficiente para receber 100 teares do melhor sistema com todos os seus acessórios e as máquinas de fiar necessárias para os mesmos, devendo ser de primeira qualidade todos os materiais que se empregarem: prensa e tudo mais necessário para os mesmos teares, uma turbina motor com seu competente encanamento e os trabalhos hidráulicos necessários para o bom andamento da Fábrica.
3º Pela já mencionada quantia de 450.000$000 (quatrocentos e cinqüenta contos de réis), fica o empresário obrigado a entregar todos os trabalhos concluídos e a Fábrica pronta a funcionar dentro do prazo de 18 meses, contados desta data (20/03/1873).
4º As obras extraordinárias e fora deste contrato que posteriormente forem julgadas necessárias, serão pagas em separado ao empresário.
5º Como primeiro pagamento receberá o empresário o produto da primeira entrada, logo que for realizada e deduzindo-se somente a quantia necessária para outras despesas.
Os outros pagamentos serão efetuados quando forem resolvidos pela Diretoria.
Por proposta do Sr. Secretário foi aprovado que, em conseqüência do disposto parágrafo 3º do artigo 21 dos Estatutos, ficasse o Sr. Diretor José Maria Mora residindo em Petrópolis, afim de ativar e fiscalizar os trabalhos da Fábrica, com o vencimento de 1.000$000 (um conto de réis) mensais.
Nada mais havendo a tratar, levantou-se a sessão”.

Seguem as demais atas. Porém das mesmas, extraí apenas as informações relativas aos acontecimentos, principalmente os das construções, instalações e outros dados mais importantes para dar melhores esclarecimentos, intermediando em alguns casos com dados relativos ao nosso roteiro de estudos.

Ata n.º 2 – sessão realizada em 05/12/1873, onde foi determinado o seguinte: construção de uma ponte, macadamisamento da estrada, construção de um “chalet” para moradia do Superintendente da Fábrica, levantamento de um sobrado no centro da fábrica, compra de uma turbina e máquinas necessárias para a oficina de consertos.

O “chalet” acima mencionado, foi construído na parte superior e do lado esquerdo do terreno, situado em paralelo à estrada interna da fábrica e com acesso junto ao portão principal da mesma. Em várias épocas este prédio sofreu modificações e acréscimos, como poderemos verificar em outras datas que adiante teremos. A partir mais ou menos do ano de 1930 em diante, este prédio não teve mais ocupação pela gerência da fábrica, passando a ter outras finalidades e, desde 1980, está ocupado e servindo de depósito para uma empresa do ramo mobiliário.

Do antigo “chalet”, resta apenas uma pequena parte da fase inicial de sua construção. Embora o telhado encontre-se modificado, mesmo assim a parte superior do que restou da fachada dá a entender que ainda é a mesma. Se comparado com algumas antigas fotografias deste imóvel.

Ata n.º 3 – sessão realizada em 05/02/1874, quando resolveram mandar contratar na Europa 3 ou 4 bons mestres operários, para dirigir os trabalhos do estabelecimento e também fazerem diversos aumentos nas obras hidráulicas.

Quanto a contratação dos mestres operários, esta realizou-se na Inglaterra e de lá vieram 4 operários, sendo 3 mestres: W. Forster, Waring e Thomas Robisson e o tintureiro Paul Hermann.

Ata n.º 4 – sessão realizada em 13/05/1874. Devido a inúmeros compromissos extras em relação à construção da fábrica, melhoramentos na estrada de acesso a mesma, aquisição de máquinas e mais outros itens, houve como proposta necessária, realizar o primeiro empréstimo, cuja quantia pretendida era de 100.000$000 (cem contos de réis) para a satisfação das despesas. Nesta mesma ata, foi justificada e resolvida a construção de uma casa para acomodar os mestres operários ingleses, propuseram o aumento da área física do “chalet”de moradia e também o aumento do número de teares de 100 para 200 unidades e foi dito que compraram diversos livros de instruções sobre máquinas e que pagaram pelos mesmos a quantia de 60$000 (sessenta mil réis).

Em relação ao empréstimo acima mencionado, este foi realizado no Deutsch Brasilianisch Bank.

Quanto à casa para os mestres operários ingleses, esta foi construída na parte mais alta dos terrenos da fábrica, ou seja, na parte superior do prazo de subdivisão n.º 4043-B do Quarteirão Westfália, que atualmente, pela numeração predial, é o n.º 265 da Estrada da Cascatinha. Popularmente, o local também é conhecido por “Curva do Coruba”, cuja denominação é devido a uma família com este nome e que por muitos anos também ocupou a casa. Atualmente, esta casa encontra-se praticamente abandonada e em estado de ruína. Embora sem o telhado principal e original, vêm-se ainda meias paredes, alguns cômodos e outras poucas e antigas benfeitorias.

Ata n.º 6 – sessão realizada em 17/06/1874. Nesta data, resolveram anexar à fábrica uma oficina de tinturaria, sendo que o presidente da empresa Sr. Bernardo Caymari, encarregou-se de fornecer a caldeira e tudo o mais necessário para obter bom aproveitamento das máquinas e demais instalações respectivas às mesmas. Resolveram comprar também uma máquina de engomar e outra de dobrar fazendas.

Nesta mesma reunião, foi designado o Engenheiro Antônio Maria de Oliveira Bulhões para ser consultado sobre as obras da construção da fábrica. Porém, anteriormente e em outra reunião, haviam escolhido para este fim o Engenheiro Ellisson.

Ata n.º 7 – sessão realizada em 03/07/1874. Houve nesta reunião algumas informações sobre o bom andamento das obras da fábrica, das obras extraordinárias e do recebimento de parte das máquinas vindas da Europa. Determinaram também a construção de uma muralha junto ao “chalet”, de moradia, para aumentar a área plana do terreno e a utilidade de construir-se uma estrada que partindo da fábrica e passando pelo mesmo “chalet”, fosse terminar na Estrada Geral.

A muralha acima citada, permanece intacta e quanto à estrada, esta, permanece com o mesmo traçado original e leva o nome de Rua Bernardo de Vasconcelos, cuja denominação é referente à resolução n.º 39, dada pela Câmara Municipal de Petrópolis em 01/08/1896.

Ata n.º 8 – sessão realizada em 05/08/1874. Resolveram nesta reunião encanar água em todo o edifício da fábrica e em suas oficinas, sendo adicionados os respectivos aparelhos de incêndios.

Ata n.º 9 – sessão realizada em 04/09/1874. Resolveram nesta reunião substituir por telhas o “schingle” (telhado de ripas), não só do edifício da fábrica, como o de todos os prédios anexos.

Ata n.º 10 – sessão realizada em 03/10/1874. De acordo com a descrição nesta ata, consta que: ” Quase toda a maquinaria já chegou e praticamente está instalada. Devendo o estabelecimento, achar-se brevemente em estado de se poder dar princípio aos trabalhos experimentais, para a regularização do maquinismo e também ultimar os preparativos para se providenciar a matéria prima. Neste início, precisaremos do suficiente para atender ao consumo da fábrica.”

Nesta mesma reunião, resolveram comprar para a fábrica uma balança romana, um cofre de ferro e duas bandeiras.

Ata n.º 12 – sessão realizada em 03/11/1874. Nesta reunião, dão conhecimento que chegaram à fábrica os primeiros 50 fardos de algodão. Além do que, resolveram construir casinhas e fornos para atenderem aos operários, além da aquisição de mobília e mais pertences para o “chalet”. Resolveram também adquirir um carro, duas carroças, dois carretões, vinte e quatro mulas, arreios e encerados para a condução de algodão e gêneros para a fábrica.

De acordo com um dos parágrafos da ata n.º 12, ” Foi resolvido começar nos primeiros dias do mês de janeiro do ano próximo futuro, o trabalho regular da fábrica, assim como também contratar alguns operários, aumentando-se o seu número à medida que for requisitado pelo desenvolvimento da fábrica e também organizar as respectivas folhas de vencimentos e salários com a devida clareza e convenientes detalhes.”

Ata n.º 13 – sessão realizada em 04/12/1874. Resolveram encarregar o Sr. Caymari de fornecer camas, colchões, travesseiros, lençóis, mesas, bancos, cadeiras, louças, utensílios de cozinha e outros objetos diversos para atender aos operários.

Ata n.º 14 – sessão realizada em 28/12/1874. Nesta reunião, informaram que quase todas as máquinas encontravam-se regularizadas. Foram contratados mais operários e terminaram todas as obras extraordinárias.

Ata n.º 15 – sessão realizada em 04/01/1875. Consta que já estavam montadas todas as máquinas e os teares suficientes, além de contratados muitos operários. Resolveram também que os trabalhos regulares da fábrica tivessem princípio a 12 do corrente mês.

Vale ressaltar que a fábrica realmente começou a funcionar em toda a sua plenitude com o início da produção em 12/01/1875.

Quanto à contratação dos operários, este estudo e pesquisas não renderam o esperado, pelo simples fato de que no arquivo de documentos da Companhia Petropolitana não encontrarem-se as primeiras folhas de pagamentos dos vencimentos e salários, cujo paradeiro das mesmas é ignorado pelos atuais empregados da empresa.

Consultando nos arquivos de aço, onde encontra-se a maioria das fichas individuais dos operários, encontrei algumas do período de Bernardo Caymari, enquanto a sua permanência como Diretor Presidente à frente dos negócios da Companhia Petropolitana, que ocorreu de 20/09/1873 à 31/12/1883.

Assim como as folhas de pagamentos, também não encontrei nos arquivos as duas primeiras fichas, ou seja a de n.º 1 e a de n.º 2. Portanto não consegui identificar os dois primeiros operários. Não sendo considerados os quatro mestres operários ingleses, porque estes tiveram um contrato especial de trabalho.

Sabe-se apenas que a partir dos primeiros meses do ano de 1874, deram início à contratação de alguns operários. Primeiramente para trabalharem como ajudantes em diversos serviços e, posteriormente, quando dos testes experimentais de produção, que foi a partir do mês de outubro de 1874, e apenas a partir deste mês é que se intensificaram as admissões de mais operários.

A seguir, darei um breve histórico de cada um dos primeiros operários admitidos na fábrica.

Entre os primeiros operários, consta o de matrícula e ficha n.º 3 – Pedro Martins Pereira. Foi admitido em 23/10/1874, e se aposentou em 1920, no cargo de contramestre de teares, com a diária de 12$000 (doze mil réis), que lhe era abonada quatro vezes por semana. Nasceu em Lisboa – Portugal em 24/08/1864 e faleceu em Cascatinha – Petrópolis em 10/06/1940. Era filho de Manoel Pereira Theometes e de Margarida Martins Violante. Chegou ao Brasil em 1873, casou-se em Petrópolis em 04/09/1886 com Anna Dutra (brasileira) e foram pais de Oscar, Eugênio, Thomaz, Pedro, Marcelino, José e Anna Izabel.

Matrícula e ficha n.º 4 – Porfira Maria Angélica. Foi admitida em 05/02/1875 e se aposentou em 19/02/1941 no cargo de meadeira, com a diária de 5$600 (cinco mil e seiscentos réis) que lhe era abonada 4 vezes por semana. Nasceu em Cebolas (atual Inconfidência – Distrito de Paraíba do Sul – RJ.) em 11/10/1863 e faleceu em Cascatinha – Petrópolis em 12/12/1955 – solteira. Era filha de Antônio José dos Santos e de Deolinda Maria Angélica.

Matrícula e ficha n.º 5 – João Baptista Baitelli. Foi admitido em 15/06/1876 e aposentou-se em 27/01/1941, no cargo de maquinista de teares e com a diária de 6$900 (seis mil e novecentos réis) que lhe era abonada 4 vezes por semana. Nasceu em Triestre – Tirol – Áustria em 01/11/1862 e faleceu em Cascatinha – Petrópolis em 15/01/1948. Era filho de João Baptista Baitelli e de Domenica (Baitelli). Chegou ao Brasil em 05/01/1875 e casou-se em 01/11/1890, em Petrópolis com Anna Nunes da Costa (portuguesa) e foram pais de Maria, Rosa, Adolpho, Amélia, Izaltina, Antônio e Alcindo Baitelli.

Matrícula e ficha n.º 6 – Fortunato Baitelli. Foi admitido em 15/06/1876 e se aposentou em 01/10/1940, com o cargo de mestre de preparação de fios e com a diária de 10$000 (dez mil réis) que lhe era abonada nos dias em que as fábricas trabalhassem. Nasceu em Madrano – Áustria em 02/08/1867 e faleceu em 24/10/1952. Era filho de João Baptista Baitelli e de Domenica (Baitelli). Chegou ao Brasil em 05/01/1875 e casou-se em 03/02/1895 em Cascatinha – Petrópolis com Francisca Carolina (Baitelli) e foram pais de Alberto, Orlinda, Antônio, Helena e Olga Baitelli.

Matrícula e ficha n.º 7 – Domingos Palauro. Foi admitido em 05/09/1877 com o cargo de passador 3. Nasceu na Áustria em 05/05/1860 e faleceu solteiro em Cascatinha – Petrópolis em 12/03/1929. Era filho de João Palauro e de Rosa (Palauro). Trabalhou na fábrica até a véspera do seu falecimento. Morava em Cascatinha com sua irmã também solteira Anna Palauro e esta, a partir do falecimento do seu irmão, foi, por caridade, morar na casa da família de Fortunato Baitelli.

Quanto aos três austríacos de apelidos italianos, mencionados nas fichas/matrículas números 05, 06 e 07, vale uma breve digressão, para a seguir, apresentar algumas informações relacionadas às suas origens.
É de notar-se o grande número de imigrantes italianos que, em várias épocas chegaram a Petrópolis. Porém, alguns deles, podem ter sido súditos da Áustria, como também muitos dos alemães que vieram para várias colônias do Brasil.

A Áustria é um país que tem fronteiras com nada menos do que sete países, que possuem diferentes sistemas sociais e econômicos. Os seus habitantes pertencem aos grandes grupos étnicos europeus dos germanos, romanos e eslavos, com exceção dos húngaros. Limita-se a sudoeste pela Itália, através de aproximadamente 430 km de extensão e durante vários séculos o seu território foi ocupado pelos romanos.

Os ítalos-austríacos que vieram para o nosso país e os que precisamente vieram para Petrópolis, eram em sua maioria oriundos do Tirol do Sul, sendo esta uma região formada pela província de Bozen/Bolzano, e houve também outros austríacos que vieram da região de Trentino.

Quanto ao Comendador e Empresário Bernardo Caymari, cumpre-me abrir espaço para tecer referências especiais a esta grande figura que tornou-se um dos elementos importantes e decisivos do início do nosso progresso industrial no ramo de fiação e tecidos. Além de sua atuação na Indústria, teve participação no comércio e também em vários outros envolvimentos benéficos para a nossa sociedade. Foi um empresário dinâmico e empreendedor. Porém, foi esquecido nas raias da nossa história, sendo relembrado e homenageado em raríssimas citações.

Bernardo Caymari nasceu em Manzanillo – Ilha de Cuba, em 24/06/1838 e faleceu em Petrópolis em 12/02/1907. Aqui foi sepultado no cemitério do 1º distrito. Era viúvo de Amália Goicouria, nascida em Cadix – Espanha e falecida fora de Petrópolis. Era filha de Domingos de Goicouria e de Carlota Mora (espanhóis).

Foram pais de Evangelina, Margarida, Maria América e Maria Luiza Caymari, sendo que Maria Luiza se casou com o escritor, diplomata e membro da Academia Brasileira de Letras, o Dr. Carlos Magalhães de Azeredo.

Quanto a atuação de Bernardo Caymari no desenvolvimento industrial em Petrópolis, nada mais há a acrescentar além do que já consta em capítulos anteriores. Porém, em relação ao comércio, a sua participação maior, entre outros negócios, foi com armazéns de secos e molhados, principalmente na região de Cascatinha até por volta de 1883.

Apenas como exemplo dos seus negócios comerciais, temos através de um requerimento à Câmara Municipal de Petrópolis, datado e assinado por B. Caymari em 23/12/1878 a seguinte descrição:

” Diz Bernardo Caymari, que, tendo em data de 31/07/1878 passado a sua casa de negócio, sita à Cascatinha a José Luiz da Cunha. Vem agora o suplicante solicitar a V.S.as. que se dignem mandar eliminar o seu nome da tabela dos contribuintes”.

Caymari tentou realizar em Petrópolis outros empreendimentos de maior monta. Porém, de alguns não foi bem sucedido, como por exemplo o de implantar em meados de 1880 uma transvia, ou seja, uma linha férrea de bitola estreita para carros puxados por animais, para servir de condução à população e também para atender ao transporte de cargas e bagagens. O projeto chegou a ser aprovado, porém, por uma série de problemas acontecidos, não conseguiu leva-lo a efeito. Outro projeto que também não teve êxito por época de 1882, foi o de iluminar a cidade com luz elétrica.

Bernardo Caymari, sendo um homem versátil, dinâmico, inteligente e bem relacionado, fez sempre acontecer boas oportunidades no seu caminho empresarial. Geralmente era solicitado a participar de vários empreendimentos. Para isto nunca lhe faltavam convites, como por exemplo, o convite irrecusável do seu amigo, o Jornalista, Político e Presidente fundador do Jornal O Globo da cidade do Rio de Janeiro (1874-1883), Quintino Bocayuva para assumir o cargo de administrador deste jornal. Caymari aceitou. E neste, além de inúmeros serviços prestados, pôde demonstrar outras de suas muitas qualidades: a de abolicionista, pois, em sua gestão como administrador deste jornal, em 1882 promoveu meios para a libertação de escravos, criando uma caixa especial que, com pagamentos de um conto de réis por cada escravo, conseguia a carta de alforria para libertá-los. Chegou a realizar a libertação de seis escravos.

Muito mais há para ser dito sobre a ilustre figura de Bernardo Caymari. Porém, encerrarei esses dados biográficos com uma nota publicada no jornal Mercantil.

Petrópolis, Quarta-feira, dezessete de janeiro de 1883. Na primeira página e terceira coluna, consta como título o seguinte:
Associação Hortícola e Agrícola.
” O Sr. Bernardo Caymari ofereceu seis contos de réis para a conclusão das obras e ajardinamento do Palácio das Exposições nesta cidade (Petrópolis – local que em 1884 deu lugar ao Palácio de Cristal).
Em reunião dos diretores dessa associação, presidida por Sua Alteza o Sr. Conde d’Eu e celebrada no Palácio Isabel, na corte, resolveu-se que ficasse consignado na acta (ata) um voto de louvor ao mesmo Sr. Caymari.”

Voltando às descrições das atas, temos:

Ata n.º 19 – sessão realizada em 04/05/1875. Consta nesta ata que iniciaram as primeiras entregas dos produtos da fábrica. Como os primeiros 50 fardos de panos de algodão com vinte e oito polegadas inglesas de largura, contando cada fardo com oito peças de vinte e oito a trinta metros cada uma ao preço de quatrocentos réis por metro corrente.

Ata n.º 21 – sessão realizada em 05/07/1875. Informaram que devido à grande produção, mandaram vir da Europa algumas máquinas, uma caldeira e diversas drogas para atender à tinturaria.

Após o que apresentaram na ata n.º 21 acima citada, as atas seguintes descrevem a regularidade produtiva da fábrica até meados do ano de 1878. A partir deste ano, a situação econômica da empresa entrou em fase de declínio, principalmente por não conseguirem saldar os pagamentos dos empréstimos bancários e também os de alguns fornecedores.

Embora com todos os problemas circunstanciados, a fábrica em momento algum parou os trabalhos rotineiros. Mesmo em menor escala, continuou produzindo e mantendo o operariado até que se concretizasse a reestruturação e a reorganização da Companhia Petropolitana. Com o desfecho final sob a presidência de Bernardo Caymari, com a transição e a transferência de todas as suas ações para outro grupo e nova diretoria, o que em definitivo aconteceu em 01/01/1884.

Para finalizar, apresento uma breve resenha de dados que aconteceram e que restaram, para que ainda possamos ver e admirar do prédio, anexos e demais benfeitorias do primeiro espaço fabril da Companhia Petropolitana de Fiação e Tecidos no Quarteirão Westfália.

O prédio da fábrica, ao longo dos anos e de sua funcionalidade, sofreu inúmeras modificações, não restando muito o que ver, salvo algumas partes do trabalho de cantaria do alicerce à margem do Rio Piabanha.

Dos prédios anexos, apenas alguns possuem disposição original no terreno, porém as suas construções estão bem diferentes do uso a princípio destinados.

Da antiga e primitiva represa, situada no topo de uma das quedas d’água do Rio Piabanha e aproximadamente a uns 400 ou 500 metros a montante do prédio da antiga fábrica, embora em local de difícil acesso e bem escondida, é ainda possível ver o que desta restou. O acesso para o ponto de visada é apenas possível através os terrenos dos fundos do prédio n.º 95 da Estrada da Cascatinha.

Do “chalet” de moradia da gerência, o que dá mais para observar e apreciar é a original e imponente muralha de pedra que sustenta o seu terreno.

Quanto à primeira casa, a que abrigou os mestres operários ingleses, em parte é ainda possível admirá-la. Porém, até quando?

DADOS BIBLIOGRÁFICOS
PUBLICAÇÕES, PESQUISAS ESPECÍFICAS E AGRADECIMENTOS.

PUBLICAÇÕES:
O Mercantil (1876 à 1891), Gazeta de Petrópolis (1892 à 1904), Tribuna de Petrópolis (1907), Jornal de Petrópolis, Jornal de Cascatinha e Jornal do Brasil.
PESQUISAS ESPECÍFICAS:
– Arquivo da Companhia Petropolitana de Fiação e Tecidos (diversos documentos).
– Arquivo da Companhia Imobiliária de Petrópolis (títulos de aforamentos, mapas e plantas de prazos de terras).
– Arquivo de documentos na Biblioteca Municipal de Petrópolis (requerimentos, certidões de óbitos e diversas publicações).
– Arquivo Nacional – Rio de Janeiro (registro de estrangeiros).
– Arquivo da Igreja Evangélica de Confissão Luterana em Petrópolis (Livros: batizados, casamentos, óbitos e confirmações).
– Arquivo da Igreja Matriz Catedral São Pedro de Alcântara – Petrópolis (Livros: batizados, casamentos e óbitos).
AGRADECIMENTOS:
– Aos Diretores da Companhia Petropolitana: por autorizarem as consultas em diversos arquivos na empresa. São eles: Dr. José Soares Maciel (Diretor Presidente) e Dr. João Victorio Pareto Maciel (Diretor).
– Aos funcionários da Companhia Petropolitana: por me facilitarem as pesquisas. São eles: Sr. Walhir Moebus (Assessor da Diretoria), Sra. Arlete Morais Amaral (Escriturária), Sr. Waldehyr C. da Silva (Vigilante) e o Sr. José Carlos Danelon (Chefe de Manutenção da Usina).
– Ao Príncipe Dom Afonso de Orleans e Bragança (Diretor da Cia. Imobiliária de Petrópolis): por autorizar as consultas em diversos documentos do arquivo da Superintendência da Imperial Fazenda de Petrópolis.
– À Sra. Norma Daldin e às demais funcionárias da Cia. Imobiliária de Petrópolis: por me facilitarem as pesquisas nesta empresa.
– À Sra. Marisa da Silva Gomes (Chefe do Arquivo Histórico/Sala Petrópolis da Biblioteca Municipal de Petrópolis).
– Ao Pastor e à Pastora da Igreja Evangélica de Confissão Luterana em Petrópolis: por me facilitarem as pesquisas nos livros eclesiásticos. São eles: Sr. João Carlos Müller e a Sra. Barbara M. Vogel.
– Ao Padre JAC, da Igreja Matriz Catedral São Pedro de Alcântara: por me facilitar as pesquisas nos livros eclesiásticos.
– Ao Dr. Reinhold Godofredo Haack: pela gentileza de reproduzir várias fotografias antigas da localidade de Cascatinha.
– Ao Sr. José Orlindo Depolli: por alguns depoimentos orais e identificação de algumas fotografias.
– Ao Sr. Nilton Vieira Christo: por vários depoimentos orais e me doar em cópias xerox, alguns documentos relacionados ao seu bisavô José Vieira de Christo.
– Ao Alm. Carlos Oliveira Fróes: pelas orientações, quanto às localizações de alguns antigos caminhos no 2º Distrito de Cascatinha.