7 de setembro de 1837
Embarcaram no Havre 238 trabalhadores alemães, a bordo do navio “Justine”, com destino à Austrália. O mau passadio e a natureza do trato a bordo provocaram uma revolta, forçando a arribada ao Rio de Janeiro.
Na oportunidade, o Major Júlio Frederico Koeler conseguiu que o governo brasileiro indenizasse o comandante do navio, para que os referidos emigrantes desembarcassem no Rio de Janeiro.
Após entendimentos com a Sociedade Colonizadora do Rio de Janeiro, foram os mesmos encaminhados às obras da estrada que ligaria Porto da Estrela a Paraíba do Sul, confiadas ao Major Koeler.
Terminadas as obras, instalaram-se os emigrantes no Itamarati. A operosidade desses trabalhadores alemães, certamente animou Koeler a criar uma colônia agrícola em Petrópolis.
8 de setembro de 1877
Foi inaugurada a Igreja do Sagrado Coração de Jesus, em presença de S.S.A.A. Imperiais, e do Núncio Apostólico Dom César Roncetti.
Na ocasião foi celebrada missa solene, cantada pelo Vigário Nicolau Germain coadjuvado pelos padres Paiva. As dezoito horas houve um solene Te Deum.
Além do Padre Esch, grande incentivador da construção da Igreja do Sagrado, o grande protetor da mesma foi o Auditor da Inter-nunciatura, Monsenhor João Batista Guidi, que conseguiu da Província Franciscana da Saxônia, de uma residência franciscana em Petrópolis, iniciando imediatamente a construção do Convento.
A 16 de janeiro de 1896, chegaram a Petrópolis os primeiros frades: Frei Círiaco Hielscher, Frei Zeno Wallbroehl e o irmão leigo, Frei Mariano Feldman, instalando-se provisoriamente, em casa alugada, até o término das obras do Convento.
9 de setembro de 1732
Falece Francisco Fagundes do Amaral, sendo sepultado na Igreja de Paraíba do Sul, no dia seguinte.
Francisco Fagundes do Amaral requereu a 2 de maio de 1723, uma sesmaria junto o rio Fagundes, a qual foi confirmada em Lisboa a 30 de maio de 1725. Foi casado com D. Agueda Gomes de Proença, que passou os últimos dias de sua vida na fazenda de seu genro Leandro Barbosa de Matos, em Cebolas.
19 de setembro de 1889
Nasceu em Petrópolis, no bairro do Alto da Serra, D. Germana Gouveia, filha do funcionário da Leopoldina, Francisco Gouveia.
Fez seus estudos no Colégio Santa Isabel, por cuja Escola Normal se diplomou professora, em 1913. No ano seguinte, ingressou, por concurso, no magistério estadual, como professora adjunta da Escola Complementar D. Pedro II. Em 1926, foi nomeada interinamente para reger a Escola de Ponte dos Fones e, em 1931, foi designada diretora do Grupo Escolar D. Pedro II, cargo que exerceu até 1945, quando se aposentou.
No Grupo Escolar D. Pedro II, realizou notável administração, tendo criado o “Grêmio Literário” e o “Círculo de Pais e Professores”. A 11 de novembro de 1930, foi designada para participar do Conselho Estadual de Educação, tendo integrado diversas comissões do importante colegiado.
Em 1923, foi admitida no quadro de sócios efetivos da Academia Petropolitana de Letras, tendo sido uma das primeiras brasileiras a integrar um quadro acadêmico. Participou efetivamente da referida Academia, proferindo palestras, exercendo o cargo de tesoureira em várias diretorias e permitindo que as reuniões da mesma fossem realizadas no Grupo Escolar D. Pedro II.
Foi ainda sócia fundadora do Instituto Histórico de Petrópolis, cujas reuniões freqüentava com grande regularidade, integrando a Comissão de Contas e exercendo as funções de 2ª Secretária, em várias gestões.
Foi a professora Germana Gouveia uma das mais dignas e competentes professoras do magistério estadual por sua sólida cultura pedagógica.
20 de setembro de 1896
Nasceu em Petrópolis o Brigadeiro Eduardo Gomes. Foi duas vezes candidato à presidência da República, sem sucesso, e por duas vezes exerceu o cargo de Ministro da Aeronáutica, nos governos de Café Filho e Humberto de Alencar Castelo Branco. Participou da revolta do Forte de Copacabana, da revolução de 1930 e organizou o Correio Aéreo Nacional, que veio reforçar a coesão nacional, como um elemento novo no sistema de comunicações do país, aproximando o remoto interior dos grandes centros populosos.
Eduardo Gomes sempre dedicou especial carinho a Petrópolis, sua terra natal. Nos verões era muito comum vê-lo em seu apartamento, no edifício Centenário, ou passeando de bicicleta pelas ruas da cidade e de Itaipava, onde seu irmão Stanley possuía uma residência.
Certa vez, solicitado a dizer algo sobre Petrópolis, assim se pronunciou: “É a minha terra, minha cidade, meu amor maior”. Foi um dos grandes colaboradores da Universidade Católica de Petrópolis, nela integrando seu Conselho de Patronos, desde a sua fundação.
Faleceu no Rio de Janeiro, a 13 de junho de 1981, sendo sepultado com honras de Ministro de Estado, no Mausoléu da Aeronáutica, no Cemitério São João Batista.
24 de setembro de 1938
É fundado o Instituto Histórico de Petrópolis, cujas origens podem ser encontradas na Comissão encarregada de promover as comemorações do Centenário de Petrópolis.
Instalado a 2 de dezembro de 1938, em histórica sessão realizada na sala de sessões da Câmara Municipal de Petrópolis, o Instituto Histórico de Petrópolis tem procurado abrir novos rumos na pesquisa histórica e procurado contribuir para preservar o patrimônio histórico e cultural desta cidade imperial, trabalho árduo que ele tem procurado abraçar com muito empenho.
25 de setembro
a) de 1846
Ida Pfeiffer, excursionista austríaca, iniciou sua viagem do Rio de Janeiro a Petrópolis. Depois de fazer a primeira parte do trajeto num dos barcos que diariamente seguiam para o Porto da Estrela, continuou por terra o percurso até Petrópolis, vencendo a pé uma distância de 12 a 13 quilômetros. A Colônia de Petrópolis, comenta ela, “compunha-se de um pequeno correr de casas alinhadas sobre uma rua e de um grande número de choupanas dispersas pela floresta…”
b) de 1950
É inaugurado o Grupo Escolar Ruy Barbosa, uma realização da administração do então governador do Estado Edmundo Macedo Soares e Silva. A 18 de maio de 1956,começou a funcionar o Ensino Supletivo (Dec. 5329); a 14 de julho de 1961, o Pré-Escolar (Port. 4737); a 25 de maio de 1981, o ensino de 1 ª a 4ª série estendeu-se até a 8ª Série (Port.1757). Finalmente a 8 de novembro de 1982, foi criado o 2º Grau (Dec.6293), sendo a Escola Estadual Ruy Barbosa transformada em Colégio Estadual Ruy Barbosa.
D. Hildegonda Silva Barcelos, sua primeira diretora, realizou proveitosa administração, impondo-se à admiração e ao respeito de alunos, pais, funcionários e professores.
A ação pedagógica de um corpo docente, no qual figuraram e continuam a figurar ilustrados professores, transformou o Colégio Ruy Barbosa num dos mais completos e bem sucedidos estabelecimentos de ensino estadual de Petrópolis.
26 de setembro de 1896
É nomeado Vigário de Petrópolis o Revmo. Monsenhor Agostinho Benassi, mais tarde elevado a Bispo de Niterói.
Dom Agostinho Benassi, natural do Rio de Janeiro, onde nasceu a 17 de novembro de 1868, foi ordenado sacerdote a 17 de maio de1891. Desempenhou seus deveres religiosos inicialmente como professor do Seminário do Rio Comprido e, posteriormente, como vigário da Candelária, de Petrópolis e do Engenho Novo. A dedicação e o zelo com que desempenhou estas funções tão elevadas foram reconhecidas por seus superiores, concedendo-lhe a Santa Sé em 1906, as honrarias de Prelado Doméstico de Sua Santidade o Papa.
Sagrado Bispo em 10 de maio de 1908, na Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro, tomou posse no cargo em 24 de maio de 1908.
Entre as inúmeras obras que realizou durante o tempo em que pastoreou a Diocese Fluminense, merecem destaque, a fundação do Seminário de São José, em Niterói, a criação do Retiro Espiritual dos Sacerdotes, em 1910, e seus esforços pela criação da imprensa católica na Diocese, o que lhe valeu o título carinhoso de Bispo da Boa Imprensa.
Sempre manifestou grande apreço por Petrópolis, não só conferindo à nossa cidade a distinção especial de ser a primeira cidade por ele visitada na qualidade de Bispo, um mês após sua posse à frente da Diocese, bem como, aqui chegando muitas vezes incógnito, para repousar de suas árduas responsabilidades.
Faleceu o ilustre prelado em janeiro de 1927, no Palácio Episcopal de Soledade, em Niterói.
29 de setembro de 1857
É promulgada a Lei Estadual n.º 961, que elevou Petrópolis à categoria de cidade.
Em 1846, Petrópolis elevada à categoria de freguesia, havia sido anexada à Vila da Estrela, mas não tardou a aspirar sua autonomia e sua elevação a cidade. Tal aspiração empolgou tanto a Amaro Emílio da Veiga, então deputado na Assembléia Legislativa da Província do Rio de Janeiro, que este, por ocasião da discussão do projeto de lei que elevava a cidade as vilas de Valença e Vassouras, apresentou uma emenda ao projeto, mandando acrescentar: “e a povoação de Petrópolis”.
Amaro Emílio da Veiga, como comenta Antônio Machado, “sustentou com entranhada firmeza, em calorosos debates a causa que abraçara”, conseguindo que o projeto fosse convertido na Lei n º 961, de 29 de setembro de 1857.