ESTRADA DO CONTORNO – BELVEDERE – PAVELKA

Mariza da Silva Gomes

HISTÓRIA

A antiga Rio-Petrópolis foi considerada, por muito tempo, a melhor rodovia da América do Sul, porém com o grande volume de tráfego passou a ocorrer a necessidade de uma nova via, pois o risco de trânsito em mão-dupla era constante.

De acordo com pesquisas realizadas no “Arquivo Histórico”, através dos periódicos Diário de Petrópolis, Jornal de Petrópolis e Tribuna de Petrópolis, compreendidos entre 1958 a 1960, podemos destacar através das reportagens ilustradas que a “Estrada do Contorno” foi inaugurada oficialmente em 29 de maio de 1960, às 11 horas de domingo na presença do Presidente da República Juscelino Kubitschek, o Ministro da Viação e Obras Públicas Almirante Amaral Peixoto, o Diretor geral do DNER, o Engenheiro Edmundo Régis Bittencourt, o Governador do Estado do Rio Roberto Silveira, o Prefeito de Petrópolis Nelson de Sá Earp, o Bispo de Petrópolis Dom Pedro da Cunha Cintra e outras autoridades. Na solenidade a banda de música do 1° Batalhão de Caçadores de Petrópolis executou o Hino Nacional.

Podemos destacar nas reportagens dos periódicos de Petrópolis que em 11/03/1958 a reportagem da Tribuna de Petrópolis “percorreu a convite do DNER as obras da Estrada do Contorno, que estão sendo realizadas por dez firmas diferentes, por empreitada, cabendo ao DNER o serviço de fiscalização”. No dia 31/07/1958 é destacado no jornal da Tribuna que a “firma Construtora Genésio Gouveia S/A” é a responsável pelos serviços de pavimentação.

Curiosamente ocorre a confraternização entre os engenheiros, operários e empreiteiros da prévia inauguração da Estrada do Contorno, com suculenta feijoada – “A reunião ontem realizada não teve caráter de inauguração, nem cunho oficial, motivo pelo qual não houve convites especiais, notando-se por isso a ausência completa de autoridades e jornalista”. (Tribuna de Petrópolis de 09/10/1959).

Outro fato interessante destacado no jornal da Tribuna de Petrópolis de 15/10/1959 – “Foi entregue ao tráfego a Rodovia “Contorno de Petrópolis”, é inteiramente pavimentada e foi construída dentro dos mais modernos padrões, tendo a extensão de 28 quilômetros”.

É destaque também no dia 03/04/1960 – “Na manhã de ontem, em meio a alegria do povo do Bingen, tiveram início as obras de ligação da Estrada do Contorno com o centro da cidade”, onde estiveram presentes várias autoridades. (Tribuna de Petrópolis).

Finalmente podemos afirmar que a Estrada do Contorno, foi destaque em várias reportagens em datas variadas por pessoas que fizeram parte desta obra de importância magnífica.

ÍNDICE CRONOLÓGICO

11/03/1958 – “a reportagem da Tribuna de Petrópolis, esteve ontem percorrendo as obras da Estrada do Contorno. As obras estão sendo feitas por dez firmas diferentes, por empreitada, cabendo ao DNER o serviço de fiscalização”. (Tribuna de Petrópolis)
09/07/1959 – “O Ministro Lucio Meira, da pasta de Viação e Obras Públicas, anunciou que a Estrada do Contorno será inaugurada na segunda quinzena do mês de setembro”. (Tribuna de Petrópolis)
09/10/1959 – “Confraternização dos empreiteiros e engenheiros da Estrada do Contorno, onde degustarão suculenta feijoada”. (Tribuna de Petrópolis)
15/10/1959 – “Foi entregue ao tráfego a rodovia Contorno de Petrópolis, tendo a extensão de 28 Quilômetros”. (Tribuna de Petrópolis)
23/10/1959 – “a Rodovia Grinfo-Bonsucesso” será inaugurada em janeiro pelo Presidente da República”. (Tribuna de Petrópolis)
16/03/1960 – “Relato sobre as principais obras rodoviárias a cargo do DNER em 1959”. (Tribuna de Petrópolis)
19/03/1960 – “Novas Estradas para o Brasil”. A Rodovia BR-3 (Tribuna de Petrópolis)
03/04/1960 – “Inicio das obras de ligação da cidade – Estrada Contorno”. Na manhã de ontem em meio a alegria do povo do Bingen, tiveram inicio as obras de ligação da Estrada do Contorno com o centro da cidade, onde compareceram várias autoridades. (Tribuna de Petrópolis)
29/05/1960 – “Rodovia do Contorno de Petrópolis e sua extensão” (Diário de Petrópolis)
29/05/1960 – “Inauguração, hoje, Estrada do Contorno de Petrópolis”. (Diário de Petrópolis)
29/05/1960 – “JK inaugura hoje a obra do Contorno”. (Jornal de Petrópolis)
31/05/1960 – “Inauguração do Contorno foi apoteose”. Cerca de mil pessoas participaram das caravanas de Petrópolis. (Jornal de Petrópolis)
31/05/1960 – “Inaugurada a Estrada do Contorno de Petrópolis”. (Tribuna de Petrópolis)
01/06/1960 – “Discurso do Ministro Amaral Peixoto na cerimônia inaugural da Estrada do Contorno”. (Jornal de Petrópolis)

CURIOSIDADES

Tribuna de Petrópolis 11/03/1958 – “Atendendo o convite do DNER, a reportagem da Tribuna em companhia do engenheiro dr. Vitório Capellaro e do sr. Gustavo Bauer percorreram as obras da estrada. As obras estão sendo executadas por dez firmas diferentes por empreitada, cabendo ao DNER o serviço de fiscalização. As despesas com as desapropriações já ultrapassam a 10 milhões de cruzeiros, e o custo da construção da estrada, incluindo a desapropriação, terraplanagem, pavimentação, etc., chega a uma média de 7 milhões de cruzeiros”. Pensa aliás o DNER utilizar vários recantos como atrações turísticas, por exemplo, a Cascata do Véu da Noiva. Já se acham também projetados dois BELVEDERES, com restaurantes, bombas de gasolina, etc., que depois de concluídos, serão arrendados a terceiros. (arrendado por Vladimir Pavelka e sua esposa Helene Pavelka)”.

Tribuna de Petrópolis 09/10/1959 – “Em uma solenidade de confraternização, reuniram-se ontem para deglutirem suculenta feijoada, tendo por cenário o belo panorama que cerca a majestosa obra de engenharia, os empreiteiros e engenheiros construtores da Estrada do Contorno. A festa contou com uma centena de pessoas”.

Tribuna de Petrópolis 16/03/1960 – “Obras concluídas a cargo do D.N.E.R., em 1959 – Rodovia BR-3 Variante do Contorno de Petrópolis que tem início na BR-3 do Rio de Janeiro na altura da Fábrica Nacional de Motores, contorna a cidade de petrópolis e retorna a BR-3 na localidade de Bonsucesso, sendo a ligação de 41km de extensão”.

Tribuna de Petrópolis 03/04/1960 – “Na manhã de ontem em meio a alegria do povo do Bingen tiveram início as obras de ligação da Estrada do Contorno com o centro da cidade. A solenidade que foi simples e rápida, compareceram o ministro Amaral Peixoto titular da pasta da Viação e Obras Públicas, o marechal Teixeira Lott, o prefeito Nelson de Sá Earp onde discursou, deputados estaduais e federais, vereadores e jornalistas”.

Jornal de Petrópolis 31/05/1960 –“Inauguração do Contorno foi apoteose” – “Foi inaugurada domingo, (29/05/1960) ás 11 horas a Estrada do Contorno de Petrópolis. O ato foi presidido pelo Presidente da República Juscelino Kubitschek. E contou com a presença do ministro Ernani do Amaral Peixoto, do governador do Estado Roberto Silveira, que se fazia acompanhar pelo seu chefe de gabinete civil o sr. Cordolino José Ambrózio, do prefeito de Petrópolis Nelson de Sá Earp, do bispo diocesano Manoel Pedro da Cunha Cintra, do Reitor da Faculdade Católica, o sr. Arthur de Sá Earp Netto e do presidente da câmara Municipal de Petrópolis Wagner Rodrigues”. A caravana de Petrópolis superou a expectativa geral, onde cerca de mil pessoas compunham esta caravana, que se locomoveu em 13 ônibus, tendo a frente a Útil que colaborou cedendo 8 carros assim com a viação Autobus, Cascatinha, Esperança e a Imperial e mais de 40 carros de passeio, além de muitos caminhões”.

Tribuna de Petrópolis 31/05/1960 – “No Belvedere do Grinfo – Após descerrar a fita inaugural, no inicio da serra, o presidente da república, de automóvel percorreu o novo trecho até o local denominado grinfo, onde o D.N.E.R. construiu um moderno BELVEDERE, como motivo turístico da montanha. Seguiu-se com a palavra o governador Roberto Silveira, para manifestar ao presidente da república o reconhecimento do povo fluminense pela obra que realizara. Discursaram a seguir, o vereador de Petrópolis Sr. Miguel Pachá e o prefeito Nelson de Sá Earp. Encerrando a solenidade falou o Presidente da República Juscelino Kubitschek, agradecendo a saudação do ministro Amaral Peixoto, do governador Roberto Silveira e demais oradores”.

CONCLUSÃO

Em pesquisas realizadas nos jornais arquivados na sala do “Arquivo Histórico” entre os períodos de 1957 a 1960 destacamos os jornais – Diário de Petrópolis, Jornal de Petrópolis e Tribuna de Petrópolis, que ajudaram no levantamento deste trabalho realizado. No artigo intitulado “Estrada do Contorno” – Curiosidades do jornal Tribuna de Petrópolis de 11 de março de 1958 podemos afirmar pelos comentários feitos pela reportagem do jornal os seguintes destaques: “Já se acham também projetados dois Belvederes com restaurantes, bombas de gasolina, etc., que depois de concluídos, serão arrendados a terceiros”, arrendamento este feito por Vladimir Pavelka e sua esposa Helene Pavelka conforme cópia do documento anexado a este trabalho de n.º 8010 de 08 de julho de 1960. Concluímos que a construção deste maravilhoso ponto turístico foi construído entre o ano de 1958 e 1959, visto que no ato solene da inauguração da Estrada do Contorno o mesmo já estava concluído, conforme é destaque na reportagem do jornal Tribuna de Petrópolis do dia 31 de maio de 1960.

Com relação à inauguração da “Estrada do Contorno” que foi acompanhada pelos jornais em vários dias, podemos afirmar que oficialmente a mesma foi inaugurada no dia 29 de maio de 1960, domingo às 11 horas, com a presença, do Presidente da República Juscelino Kubitschek e várias autoridades.

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Convite para a inauguração oficial da chamada Estrada do Contorno com solenidade no Belvedere do Grinfo,
capa de um impresso contendo dados e fotos da obra.
(Acervo Histórico de Gabriel Kopke Fróes)

BELVEDERE

“Saudades”

Acessando a palavra “Belvedere de Petrópolis” no Google observamos várias comunidades que narram suas passagens e recordações através de depoimentos e fotografias que nos levam a bons tempos onde havia segurança para parar e apreciar a magnífica paisagem que circundava o famoso Mirante – Disco-Voador ou Pé Palito como falavam.

Eu mesma muitas vezes parei com minha família vindo do Rio de Janeiro no intuito de visitar a cidade de Petrópolis e recordo que meu pai parava seu fusca bege no estacionamento onde eu e meu irmão corríamos para a lanchonete e nos deliciávamos com as famosas mil-folhas de creme ou de chocolate que a Pavelka produzia acompanhadas de um gelado guaraná, depois descíamos para o famoso parquinho onde meu irmão brincava no escorregador, balanços e no carrossel de cavalinhos de madeira coloridos, minha mãe sempre acabava por lavar nossa mãos e rosto na também famosa fonte de três estruturas em formato de vitória régia como pode-se ver nas reproduções das fotos anexadas a este trabalho.

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A mãe da autora, em 1972, junto à fonte de três estruturas em formato de vitória régia,
no parque do Belvedere do Grinfo da Estrada do Contorno.
(Acervo particular)

Não poderia deixar de expor não só minhas recordações do local que tanto deixou saudades; como a de expor também a dos internautas que são verdadeiros defensores da continuação e preservação desta magnífica obra.

Comentários

“Tinha tudo para dar certo mas não deu”.

“Lindo local, vista deslumbrante, farto estacionamento, infra-estrutura completa para restaurante”.

“Quando descíamos a Serra em nossa Kombi Standard 1967 ou no Dodge 1951 os cinco filhos imploravam para parar e comprar refrigerantes e lanches”.

“Conheci o local em seus áureos tempos. Passando na Estrada Rio-Petrópolis, uma parada no “disco voador” era obrigatória”.

“O Belvedere fez parte da infância de muita gente”.

“Início dos anos 60 com meus pais parávamos de tarde no Belvedere para comprar amanteigados e tomar chocolate”.

“Achei a construção do prédio tão futurista, mais conhecida como Pé de Palito”.

“Amigos, eu freqüentava este lugar com meus pais na infância, meu pai tinha um DKW vermelho com teto branco”.

“O cenário deste Belvedere serviu para uma cena no filme “L’homme de Rio” com o ator Jean Paul Belmondo em 1964 onde ele entrava na Estrada com um Aero Willys rosa no estacionamento do restaurante”.

“Quantas lembranças de tempos puros e felizes”.

“Quem não sente saudades deste local onde ríamos por pouco, bastava um sorvete ou um doce cremoso para sermos felizes”.

“Quem não lembra do doce mil-folhas de creme ou de chocolate da Pavelka, era macio e seu creme muito leve”.

“Meu pai era inspetor da polícia Rodoviária Federal, e sempre levava para casa os famosos doces mil-folhas e as bombas de chocolate que carinhosamente eram acondicionadas por D. Helene Pavelka (gerente do local). Lembro também que uma vez ele trouxe um pratinho de porcelana com sua foto estampada em frente ao carro da polícia que era confeccionado no próprio local por um japonês”.

“Parece impossível, mas tenho saudades até do guarda que tomava conta dos brinquedos do parquinho e nunca deixava que eu brincasse no balanço devido ao meu peso”.

“Afinal quem nunca se emocionou ao ver alguma foto no álbum de retratos, ou até no Google, da família posando na frente do famoso BELVEDERE”.

“A saudade é a memória do coração”
(Coelho Netto)

Belvedere do Grinfo

É um termo italiano que se refere a qualquer estrutura construída com o objetivo de se poder usufruir da vista. Um belvedere pode ser construido na parte superior de um edifício, podendo assumir a forma de torre ou cúpula.

PAVELKA

HISTÓRIA

Famílias:

(família Pavelka) – origem
Vladimir – Tcheco
Helene – Alemã

(família Kern) – origem
Dona Julia e Stephan – Iugoslavos

Localizada em Petrópolis, no Bairro Quitandinha, no km 82 da BR-040, a Pavelka é hoje uma empresa amplamente conceituada pela qualidade dos produtos comestíveis de origem alemã e tcheca que fabrica e comercializa no local há 54 anos, conforme a certidão registrada no Cartório do 8° ofício da Avenida 15 de Novembro, 925 anexada ao documento n.° 8546 de 24 de junho de 1957.

A história da Pavelka se mescla com a história da Cidade Imperial e suas atividades tiveram início em 1952, por iniciativa de Vladimir e Helene Pavelka que aqui chegaram em uma visita ao Brasil a convite de uma tia alemã, quando buscavam atenuar a memória quanto aos horrores vistos e vividos de duas guerras mundiais; tiveram a colaboração de um casal de amigos os “Kern” que abriram um pequeno kiosque à beira da estrada da Serra de Petrópolis e passaram a fabricar comestíveis segundo receita de origem alemã.

Desde sua fundação, a disposição para o trabalho desta família segue inalterada. A matriarca, dona Helene, iniciava sua jornada de trabalho na fábrica nas horas escuras da madrugada, para após o raiar do dia passar a atender seu número crescente de adeptos atrás do balcão. As especialidades alemãs, lingüiças, embutidos, patês, entre outros, então produtos artesanalmente, ainda o são, dando continuidade à sua linha de produção em pequena e meticulosa escala, preservando receitas tradicionais e antigos processos como o de defumação. A maneira original e correta de defumar alimentos é – como sugere o termo – através da fumaça e, para tanto, todos os produtos Pavelka permanecem sendo defumados no fogão a lenha, método que atualmente tem sido pouco praticado em virtude da perda que ocorre de 30% durante o processo.

Na década de 60 a família Kern se desliga da sociedade e a empresa continua sob o comando do casal Vladimir e Helena Pavelka.

Em 1991, após o falecimento do fundador Vladimir Pavelka, a empresa passou a ser administrada pela segunda geração, sob o comando dos três filhos do casal: Richard, Thomas e Mônica.
Tribuna de Petrópolis – 06/12/1998

ÍNDICE CRONOLÓGICO

Documento n.° 4.877 de 16/04/1952 – “Elfriede Sander d’Aragona” pede licença para em frente ao prédio n.° 1009, no Alto do Quitandinha, construir um Quiosque todo aberto, semelhante a uma pequena “pérgula” (armação de madeira ou alvenaria em filas paralelas de colunas a modo de corredor ou túnel para servir de suporte em pátios ou jardins)cujo construtor é de responsabilidade do Sr. Albino da Cruz Novoa, que se destina a um futuro estabelecimento de pequeno comércio varejista, onde funcionará com artigos de confeitaria fabricados na própria residência, usando o interior do quiosque para sua movimentação, servindo e atendendo os fregueses do lado externo, à semelhança de um balcão. (Projeto do quiosque de n° 10362)

Documento n.° 15.217 de 19/11/1952 – “Mercearia Orion Ltda”, firma estabelecida à Estrada Rio-Petrópolis n.° 1009 (registro n.° 1432 folha 189 Livro n.° 3 do Cartório de Registro de Comercio) vem requerer vistoria final para as obras executadas no local.

Documento n.° 15.218 de 19/11/1952 – “Mercearia Orion Ltda” requer licença para inscrição de publicidade na fachada, com os seguintes dizeres – Mercearia Orion Ltda – Salgados e doces, comestíveis finos, conservas,frutas e bebidas.

Documento n.° 15.219 de 19/11/1952 – ‘Mercearia Orion Ltda” requer licença para colocação de um toldo no estabelecimento para colocar por cima da janela grande.

Documento n.° 15.220 de 19/11/1952 – “Mercearia Orion Ltda” – pede para registrar o Motor G.E. ¼ h.P. 50/60 -115Volts. Mod. 5 KG.49.b.42 cx, cujo motor servirá para a geladeira do estabelecimento.

Documento n.° 8.546 de 24/06/1957 – “V. Pavelka, firma individual de Vladimir Pavelka, tendo adquirido de Mercearia Orion Ltda, o estabelecimento comercial de doces, frios, bebidas etc., vem solicitar transferência para o seu nome. (consta anexado ao documento, a certidão do Cartório do 8° Ofício nos livros de Registros de Comércio, folha n.° 90, n.°3.990) onde, começou a funcionar em 06 de junho de 1957. Certifica que também criará uma filial à Praça D. Pedro n.° 21, explorando o comércio de doces, bebidas, frios etc. Anexada uma declaração do pagamento com a assinatura original do Sr. Vladimir Pavelka.

Documento n.° 6.907 de 16/05/1957 – “Helene Sander Pavelka” requer licença para construir um prédio de dois pavimentos composto: o1° pavimento de loja e depósito, e o 2° pavimento de um salão, com área total de construção de 333m2,4375, conforme o projeto n.° 16.614, cujo autor do projeto é o Sr. Jorge Staico.

Documento n.° 16.443 de 18/12/1957 – “Helene Sander Pavelka” requer vistoria parcial (loja e depósito) das obras da Estrada Rio-Petrópolis.

Documento n.° 7.888 de 22/06/1959 – “V. Pavelka” firma comercial, com sede à Estr. Rio-Petrópolis n.° 1009 para a exploração do negócio de mercearia, frios, etc., tendo adquirido em 1957 o referido estabelecimento da firma “Mercearia Orion Ltda” conforme o Registro Comercial de Declaração da Firma anexado a este documento, pede mandar transferir para o seu nome a licença e a inscrição como contribuinte.

Documento n.° 2.725 de 08/03/1960 – “V. Pavelka”, desejando instalar uma filial para venda de seus produtos na Praça D. Pedro II n° 31, no Edifício Arcádia, loja 21, pede a competente licença para negociar seus produtos.

Documento n.° 8.010 de 08/07/1960 – “V. Pavelka” requer licença para instalar a sua 2ª filial na Estrada Rio-Petrópolis, trecho do Grinfo, no próprio do D.N.E.R. ali construído.

Documento n.° 9.334 de 12/07/1963 – “V. Pavelka”, estabelecido na Praça D. Pedro II n° 31, loja 21, com negócio de comestíveis, inscrição n° 1.220-A, tendo encerrado suas atividades comerciais em fevereiro do corrente ano, pede baixa do lançamento.

Documento n.° 12.032 de 06/06/1968 – “V. Pavelka” comunica a transferência de endereço – O fiscal de obras comunica que indo ao local verificou que a firma está estabelecida em um prédio tipo comercial de sua propriedade e que contém os seguintes números: Loja n.° 999 – entrada para a parte superior; o de n.° 1009 é uma residência particular; ambos estão localizados na Estrada Rio-Petrópolis.