RIOS DA CIDADE DE PETRÓPOLIS – CURSO E ESQUEMA DO RECEBIMENTO DOS AFLUENTES E ORIGEM DOS NOMES

Arthur Leonardo de Sá Earp, Associado Titular, Cadeira n.º 25 – Patrono Hermogênio Pereira da Silva

Com base em escritos de José Nicolau Tinoco de Almeida, Paulo Monte, Guilherme Eppinghaus, José Kopke Fróes, Lourenço Luiz Lacombe, Henrique Rabaço, entre outros, e em consequência de observação cartográfica e direta, elaborei um esquema para mostrar o curso dos rios das principais bacias da cidade de Petrópolis e a localização dos pontos de encontro dos afluentes, com referências atualizadas.

O trabalho, embora visando a ser completo na informação de dados, busca antes a simplicidade para possibilitar o conhecimento fácil e a consulta rápida. Não tem a pretensão de ser o máximo sob algum aspecto, mas a de ser mais um instrumento na formação do homem petropolitano.

EXPLICAÇÕES SOBRE A COMPOSIÇÃO DOS ESQUEMAS

O percurso do rio principal e dos afluentes está indicado pelo nome das localidades e das vias públicas mais próximas, escrito entre colchetes [ … ].

Outras informações também são colocadas neste espaço entre colchetes [ …].

No esquema, suponha-se que as águas correm do topo da página para o pé e das laterais para o centro, o que permite definir imediatamente as nascentes e as margens direita e esquerda de cada curso d’água. As flechas gráficas procuram tornar isto mais evidente e revelar as exceções. As margens são identificadas tomando-se observador que dê as costas para a nascente do rio e olhe no sentido para onde vão as águas.

A expressão “capeado” é usada para indicar que o curso d’água foi total ou parcialmente coberto e não é inteiramente visível.

O local onde o afluente deságua no principal está sumariamente descrito entre parêntesis ( … ) na margem oposta àquela onde o fato ocorre.

Os tributários dos afluentes estão marcados com asterisco * e enquadrados. A inscrição do seu nome acima ou abaixo do afluente respeita a margem do afluente que recebe o tributário.

CURSOS E ESQUEMAS, na ordem crescente das dimensões da bacia, estão nos textos com os títulos:

Rios da Cidade de Petrópolis – Rio Palatino;

Rios da Cidade de Petrópolis – Rio Quitandinha;

Rios da Cidade de Petrópolis – Rio Piabanha.

ORIGEM DO NOME DOS AFLUENTES

A fim de completar as informações esquemáticas sobre os rios de Petrópolis, preparei um resumo referente à origem do nome dos afluentes, feito com o mesmo espírito de facilitar o início de pesquisa.

Serviu de base para o resumo aquilo que escreveu Antônio Machado em “Nomenclatura Urbana de Petrópolis” (in Volume I dos Trabalhos da Comissão do Centenário), parcialmente reproduzido na crônica “Petrópolis e sua nomenclatura fluvial”, publicada sob o pseudônimo de João Fernandes na Tribuna de Petrópolis de 1º de janeiro de 1937.

De modo geral, Koeler homenageou amigos e homens públicos de sua época.

No tocante aos principais rios, valem algumas observações.

Piabanha é denominação anterior a Petrópolis, de origem indígena, significando peixe fluvial da família dos caracídeos ou caracinídeos, de corpo fundo, escamado e maxilares fortes, talvez um dia abundante nas águas deste rio serrano.

Quitandinha, também de antes da fundação, deriva da localização das nascentes na fazenda homônima, rica em produtos agrícolas e dotada de uma quitanda para vendê-los.

Palatino vem da palavra latina palatinus, que quer dizer “palaciano”, “do palácio”, “imperial”, “real”. O nome foi dado por Koeler para substituir o de Córrego Seco porque suas águas, depois de banhar os Quarteirões Palatinato Superior e Palatinato Inferior, entravam na Vila Imperial e seguiam no trecho final junto ao terreno do palácio na parte dos jardins que ia até a Rua do Imperador. Este contato palaciano desapareceu mais tarde, quando os limites dos jardins foram recuados para permitir a remodelação que, entre outras novidades, formou a porção leste da Praça D. Pedro, de denominação hoje destacada daquela e dita Praça dos Expedicionários. O encontro do Palatino com o Quitandinha, na Rua do Imperador, na altura das duas praças e do Obelisco, ainda é chamado pelos mais antigos de “a bacia”.

ORIGEM DOS NOMES, em resumo ordenado alfabeticamente de acordo com a designação dos afluentes está no texto com o título:

Rios da Cidade de Petrópolis – Origem dos Nomes.